Capítulo 2

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Se passaram algumas horas e Lucas não havia voltado eu queria ter ido a procura dele mas já era noite e Maya não poderia ficar sozinha, decidi então ficar acordada e orando para que nada estivesse acontecido, então eu dormi ali mesmo sentada no chão a espera de Lucas.

-Claire, se apresse!

Me levantei depressa e assustada e corri até a porta, Lucas gritava desesperadamente.Logo me deparei com ele, estava ofegante e transpirava como se estivesse correndo por horas, então tentei saber oque se passava.

-Lucas, oque ouve? -Fui abraça-lo mais ele me evitou.

-Não temos tempo pra isso, precisamos nos apressar, eles estão a caminho eu vi !

-Lucas, quem está a caminho ?

-O grupo de resgate!- Ele gritou muito alto e então Maya acordou assustada e correu até nós.

-Claire o que ouve? Por que Lucas está gritando ?

-Eles vão nos buscar Maya, Finalmente! - Lucas disse quase cantando e pegou Maya no colo e começou a rodar, ele estava muito feliz e isso me incomodava, ele era muito esperançoso e eu não acreditava em um possível resgate.

Maya ficou muito feliz, assim como Lucas, os dois estavam a beira da loucura de tanta felicidade, então começaram a juntar alguns trapos.

-Onde pensam que vão ?

-Venha Claire pegue suas coisas, todos estão se reunindo no Lincoln Park.

-E oque faremos lá?

-Vamos esperar o Resgate.

-Lucas, oque te faz acreditar que vão nos resgatar ? E se vieram nos matar? O vírus ainda existe, lembra? Qualquer um de nós pode estar infectado.

-Claire! Pare com isso, você precisa ter...

-Parem de discutir! - Maya gritou, ela parecia nervosa e assustada e ela tinha razão em instantes nossas vidas poderiam mudar e nós estávamos em meio a uma discussão inútil.

-Tudo bem, Maya eu e Lucas precisamos conversar, me espere aqui dentro.

Puxei Lucas e o direcionei para fora. Nós precisávamos conversar se ele quisesse ir mesmo para Lincoln Park se encontrar com os tais Resgatadores precisava ter noção de o que estava prestes a fazer.

-Lucas preste atenção, você está prestes a ir para Lincoln Park se encontrar com um grupo de pessoas que acredita ser um grupo de resgate. Tem certeza do que está fazendo ?

-Sim Claire, eu tenho certeza e você precisa me escutar pelo menos uma vez!

-Lucas eu, eu não sei.

-Claire para com essa teimosia!

-Eu tenho medo Lucas! Medo de perder Maya, ela é a única família que me resta.

-Claire eu também sou sua família, eu estou com vocês.

-Eu sei mais..- Lucas me calou com um beijo intenso e profundo, sua mão estava em meu rosto acariciando, eu não evitei precisava disso, precisava de Lucas.

-Desculpa Claire, eu estou indo e se não fizer isso por você, faça por Maya.

Então ele entrou e me deixou sozinha lá fora, eu estava boquiaberta apesar de não ter evitado eu não esperava isso de Lucas, eu tinha acabado de receber meu primeiro beijo assim do nada e era de meu melhor amigo, aquilo era estranho.Parecia que tinham borboletas em meu estômago, então eu respirei fundo pensei bem e entrei.

-Eu vou ir com você Lucas.

-Eu sabia Claire.- Ele sorriu docemente e então continuou juntando suas coisas.

Eu fui fazer o mesmo precisa juntar tudo, então fui para meu quarto improvisado e peguei algumas coisas e enfiei na mochila, entre tais coisas estava o porta retrato de meus pais, já estava velho e uma mancha amarelada já avia tampado parte do corpo de meu pai. Me Lembrava muito bem daquela foto, naquele dia tínhamos saído para jantar mamãe acabara de descobrir que estava grávida de Maya, então após o jantar fomos caminhar pela praça e encontramos um carrinho de balão, eu pedi um a papai e ele decidiu fazer uma aposta, comprou dois balões me entregou um e ficou com o outro, ele tirou uma moeda do bolso e me perguntou " Cara ou coroa?" eu escolhi cara e ganhei e então ele perguntou se eu queria uma irmã ou irmão eu disse que queria irmã, e então ele disse que os balões representavam o sexo escolhido o meu era feminino e o dele masculino e o primeiro balão que estourasse perderia a aposta. Minha mãe havia achado graça de tudo aquilo e decidiu registrar o momento, então ela pegou os dois balões e abraçou meu pai e então eles disseram "X" e eu bati a foto. Meu balão foi o primeiro a estourar e então eu perdi a aposta e fiquei muito chateada pois acreditava que o bebê seria um menino. Era uma coisa sem sentido mais na época eu tinha sete anos e levava as coisas a sério, então alguns meses depois minha mãe descobriu que era uma menina, era Maya.

Peguei minha mochila e fui ver se Maya precisava de ajuda, me surpreendi ela já tinha juntado tudo e estava a minha espera com um sorriso contagiante. Lucas apareceu e então seguimos nosso caminho até a Lincoln Park. Lincoln Park ficava ao norte de Chicago, onde antes funcionava uma exposição de flores e plantas que ficava aberta ao público o ano inteiro, agora era só um abrigo de algumas pessoas.

Fomos caminhando em passos lentos, o Lincoln ficava um pouco longe mais não queríamos ficar cansados rápido porque não estávamos preparados fisicamente e não sabíamos oque nos esperava, já que haviam muitas pessoas e boatos que apenas uma equipe de resgate viria. Chegamos até o Lincoln, não demorou muito a caminhada creio que foram quarenta minutos incluindo os cinco que paramos para descansar, O Lincoln estava um pouco cheio em média umas mil pessoas tirando as que estavam a caminho, se via pessoas de todo tipo desde idosos a crianças pequenas, agarrei a mão e Maya e não me distanciei dela nem um minuto.

Logo se ouviu barulhos de Helicópteros eram mais de um haviam cinco, as pessoas comemoravam estavam felizes e até eu sorri por um instante, até que os Helicópteros pousaram e eu percebi algo estranho e olhei para Lucas, ele também me encarava. Os "resgatadores" usavam roupas pretas como de soldados e não se via nenhuma pessoa com máscaras e identificação como no primeiro resgate.

-Talvez tenham mudado o uniforme, só isso.- Lucas disse um pouco tenso.

Então um homem na multidão gritou.

-Corram são os ремонт !

E então ouve grande confusão, pessoas gritando e correndo por todo lado, empurravam todos que viam pela frente, todos queriam correr os ремонт estavam bem diante de nós, então alguém me empurrou muito forte e caí no chão fiquei tonta e perdi Maya de vista, levantei rápido e comecei a procurar desesperadamente, eu gritava por seu nome bem alto.

-MAYA! MAYA!

Foi inútil, era impossível de se escutar com toda aquela confusão, então alguém me puxou e eu olhei para trás queria ver quem era e ao mesmo tempo me livrar de tal. Por sorte era Lucas, ele agarrou meu braço e me puxou em direção contrária a multidão.

-Claire venha, eu encontrei uma saída bem ali!- Ele apontava para o fundo do local.

-Lucas a Maya, eu a perdi, a perdi de vista!

-Claire!

-Lucas eu não posso deixá-la.

-Ah Claire, por você! Apenas por você.- Então ele me empurrou para uma parede e saiu correndo.

-Onde você vai?

-Achar Maya, não saia dai!

Lucas desapareceu na multidão e eu fiquei apavorada, estava sozinha e não sabia por onde Maya andava, eu não podia perde-la e se isso acontecesse nunca me perdoaria. Nunca!

Passaram-se alguns minutos e os soldados ремонт já aviam dominado o local, eles estavam obrigando as pessoas a se ajoelharem e arrastavam algumas para longe do Lincoln Park, eu estava perto de um grupo de pessoas no fundo onde eles ainda não haviam chegado, estava torcendo para Lucas aparecer logo com Maya, até que alguém me puxou tampando minha boca tentei gritar mais era impossível, então senti uma picada e fiquei tonta tinham aplicado calmantes em mim, no mesmo segundo adormeci.

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