Capítulo 8

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CAPÍTULO 8 - A profecia desconhecida

Hoje resolvi estudar um pouco no jardim, não estava aguentando mais aquele pessoal desesperado me pedindo para explicar as coisas, só porque estamos em cima das provas. Eu ajudo todos que precisam, mas odeio quando atrapalham muito meus estudos e já perdi mais da metade da tarde com eles.

Poções não é difícil, mas preciso ter um pouco mais te atenção para não cometer os mesmos erros de sempre, por isso preciso me esconder e estudar. Gosto muito dessa matéria, mas isso não me torna incapaz de errar. Pensei em ficar dentro da minha bolsa, mas também não aguento olhar para aquelas estantes o dia todo.

- Posso sentar aqui? - Tiago perguntou e eu assenti - Fugindo do pessoal?

- Como você sabe?

- Umas quatro pessoas já me perguntaram por você - ele fez careta e eu dei risada - Estudando o que?

- Poções - ele fez careta de novo

- Prometo que não vou atrapalhar

Ele começou a estudar também, com a cabeça deitada na minha coxa. Começou a ficar tarde e já passamos da hora de entrar, só para variar, já são 19:00.

- Vamos entrar - chamei Tiago e ele resmungou

- Vamos

Guardamos nossas coisas e seguimos até o castelo conversando, estávamos quase entrando quando olhei para a entrada da Floresta Proibida.

- Tiago... - segurei o braço dele e apontei para Rose, Alvo e Caio entrando na Floresta - O que esses três estão fazendo

- Não sei... Andy... "Ele virá até mim" Será que é hoje? - Tiago falou nervoso olhando o irmão entrar na floresta

- Não sei! - falei nervosa também - Temos que ir atrás deles

Seguimos nos esgueirando para que os aurores não nos vissem, logo em seguida entramos na floresta, ainda está cedo, por isso não escureceu, mas a copa alta das árvores faz parecer que já estamos no mais tardar da noite. Quanto mais densa a floresta vai ficando, mais nervosa eu fico.

- Droga! Perdemos o rastro deles - falei irritada

- Fala baixo - Tiago falou olhando em volta

- O que foi? - sussurrei

- Tem alguma coisa aqui - ele falou com a varinha em punho

- Não deveríamos ter vindo sozinhos - choraminguei

Uma aranha enorme, muito grande, muito mesmo, quase do tamanho de um carrinho de bate-bate apareceu na nossa frente. Com os oito olhinhos nojentos fixados em nós dois.

- Tiago... - falei quase sem voz

- Não se mexe - ele apertou minha mão - O que fazemos?

Repassei mentalmente tudo que já li sobre aranhas e me recordei de um feitiço.

- Arania exumai - falei e ela foi jogada para longe

- Tô com vontade de te beijar agora - Tiago falou sorrindo - Você é um gênio

- Comemora depois, vamos logo antes que apareçam mais

Corremos pela floresta, não estamos perdidos, não podemos estar perdidos! O som de galopes me fez segurar com força na mão de Tiago.

- O que fazem aqui? - uma voz grossa falou, é um centauro

Senti meu corpo arrepiar inteiro, se tem uma criatura mágica que eu mais sinto medo são os centauros, tenho pavor! Me escondi um pouco atrás de Tiago, tentando não começar a tremer e chorar.

Me apaixonei por um MarotoOnde histórias criam vida. Descubra agora