01

1.3K 77 7
                                    

20 de Abril de 2011 - Quarta-feira - 14:30.


Era loucura!

Era assim que Anahí pensava. Olhando para aquele cartão branco, com escritas em preto, incansáveis vezes, lendo o nome dele e suspirava logo em seguida.
Na verdade era muito mais que loucura, era surreal.
Ela jogou o cartão em cima de sua mesa, e encostou-se a sua cadeira lembrando-se mentalmente todas as vezes que teve vontade de ligar para ele.

"Não, eu não posso jogar quatro anos de namoro no lixo." - Ela pensou.


Maite: Dá para ser menos idiota Anahí, e ligar de uma vez por todas para esse cara?

Anahí mordeu o lábio inferior: Como se fosse fácil. – cruzando os braços e olhando para o cartão em cima da mesa.

Maite deixou a caneta na mesa: É claro que é fácil. O telefone está do seu lado, os números eu aposto que você já gravou, de tanto ficar olhando para esse cartão. E bem, burra você não é para não saber como ligar né?

Anahí: Mas eu tenho um namorado Tita.

Maite: E? Nada te impede de convida-lo para um café ou um suco. Amigos também fazem isso, sabia? E alias, há quanto tempo você não sente nada pelo Tom? Um, dois, três anos? Ou todos esses anos de namoro morno?

Anahí: Não é assim Mai.

Maite: É claro que é. Ian concorda comigo, a Sophia também. Você vai ficar ai mais quanto tempo pensando no que poderia ser, em vez de tentar?

Alguém entra na sala delas.

- Café?

Maite: Você concorda comigo, Ian e Sophia, não concorda Kristen?

Kristen deixando café na mesa da Anahí e outro na mesa de Maite.

Kristen: Ela ainda não ligou para o bonitão?

Mai: Não, ela ainda não ligou!

Kristen: Quer que eu diga a verdade, Anahí?

Anahí se endireitou na cadeira: Diga!

Kristen: Se tu sentisse algo ainda pelo Tom, bem, se você ainda amasse ele, esse telefone não estaria ai na sua mesa, e você nem estaria se remoendo lembrando do bonitão e muito menos teria o conhecido. Beijos meninas.


Escritório da Editora São Domingos



Ele estava ansioso, muito mais que ansioso. E era loucura, não era?

Quem em sã consciência iria jogar o noivado assim para o alto por causa de uma lembrança, que ele se quer acreditava que era real.

Dulce: Dá para parar de mexer nessa merda de caneta Poncho, ou tá difícil?


Alfonso joga a caneta na mesa e passa mão no rosto respirando fundo: Desculpa, Dul.


Dulce: Ela vai ligar, cedo ou mais tarde, ela vai ligar.


Alfonso encostou-se na cadeira: Eu estou á um ponto de enlouquecer.


Dulce levantou e foi ate uma outra mesa que estava desocupada: Quer saber a verdade Alfonso?


Alfonso: Pode dizer!


Dulce escorou-se na mesa e olhou para o amigo: Você está apaixonado, é exatamente isso que eu sinto todos os dias que eu vejo Christopher.

MaioOnde histórias criam vida. Descubra agora