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Louis estava no seu estado de tédio matinal, era uma segunda feira comum, ele se levantou, tomou o seu café, desceu as escadas e sorriu para a sua mãe e seu pai, eles sorriram de volta e Louis pegou suas torradas.

Uma família comum.

Até um certo ponto.

-Louis, querido, preciso ir mais cedo trabalhar, você poderia ... Dar o café para o seu irmão?

-Tudo bem, onde está o remédio?-ele perguntou se levantando.

-Na terceira gaveta.-ela sussurrou para que o garoto lá em cima não ouvisse.

-Tudo bem.

-Obrigada, filho.-ela disse o abraçando com força e indo em direção a porta junto com o marido. -Tchau meu amor.

-Tchau mãe, tchau pai.-Louis disse desanimado.

Ele caminhou até a cozinha e abriu a terceira gaveta, tirou de lá algumas coisas que mamãe colocava por cima dos remédios, pegou os três vidros e tirou de dentro os comprimidos, com calma tirou uma colher de geleia e abriu todos os comprimidos em cima dela, mexeu com calma até o pó branco sumir e espalhou por cima da torrada.

Fez mais 3 torradas sem os comprimidos e colocou tudo num prato de metal, procurou pelo copo de metal no fundo da prateleira e colocou um pouco de suco.

Subiu as escadas desanimado e abriu a pequena janela que ficava na parte superior da porta, Louis tinha que se colocar nas pontas dos pés pra alcançá-la.

-E ai cara.-ele disse num tom normal.

Ele viu o garoto encostado na parede olhando para o nada com os olhos focados em algo inexistente ali, mas existente em sua mente.

-Trouxe o seu café da manhã.-o garoto disse abrindo a abertura que existia no final da porta, colocou o pequeno prato primeiro e depois o copo.

-Não gosto de copos de metal, o suco fica com gosto estranho.-ele disse num tom que Louis ouviu sempre.

-Se você não quebrasse os de vidro e tentasse se matar com os cacos, talvez tivesse a opção, não acha?-Louis disse com a bochecha escoltada no chão enquanto empurrava o prato para dentro. -Come tudo, ein?

Louis viu seu irmão sorrir lá de dentro mas não se comoveu, quando tinha 10 anos sua mãe lhe ensinou a dar o almoço e o irmão de Louis acabou o seduzindo, fazendo de conta que era sim um bom garoto e que amava Louis, e o dia que o mais novo entrou, sem perdição no quarto do garoto e o mesmo o atacou, prendeu dois dedos de Louis com a mão e apertou com força, jogou o garoto contra a parede e prendeu o seu antebraço contra o pequeno pescoço fazendo o garoto sufocar.

Sua mãe apareceu minutos depois com uma seringa e injetou o conteúdo no pescoço do garoto, Louis só se lembra dos olhos do garoto antes de apagar.

Eles não amavam Louis.

Eles odiavam.

Louis afastou os pensamentos da cabeça, mas ele sempre lembraria, lembraria dos dedos que foram fraturados em 3 partes diferentes, da marca roxa no pescoço, da mãe chorando por horas, do irmão dopado, dos olhos dele.

Louis pegou a mochila e o celular e saiu, trancou a porta e ligou o alarme, caso seu irmão fugisse, vovó estava alerta, se ouvisse o alarme ligava para os médicos.

Louis colocou os fones e andou calmamente até a escola, quando estava a algumas quadras viu a figura morena no final da rua.

-Hey!-Louis gritou e Zayn tirou os fones olhando para trás assustado, Louis correu até o garoto e eles se cumprimentaram, e logo em seguida Zayn começou um assunto aleatório e os garotos chegaram a escola minutos depois.

Psycho-AU Larry Stylinson (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora