First

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Louis só queria que naquele dia, ele não tivesse descoberto o que havia no "quarto proibido".

Aos 2 anos, quando ainda mal falava o garoto caminhou com seus passos desajeitados até o final do corredor, girou a maçaneta uma ou duas vezes e nada acontecia, então ele escutou murmúrios vindos de trás da porta e logo em seguida um tranco.

Que monstro vivia lá?

Harry não sabia onde sua mãe estava e queria que ela voltasse para casa pois seu pai bebia todas as noites.

Só que quando sua mãe voltou ele não imaginava que as coisas iriam continuar do jeito que estavam só que piores, depois de Harry passar uma madrugada inteira ouvindo gritos de sua mãe no quarto ao lado, e pensar que isso se repetiria por dias, semanas, meses.

Que monstro vivia lá?

Louis, 6 anos.

-Louis, hoje você vai passar a tarde com a vovó, mamãe tem coisas importantes a fazer.-a mãe de Louis dizia enquanto eles comiam na mesa.

-Porque não posso ficar com o papai no trabalho?-Louis perguntou de maneira infantil.

-Papai vai ajudar a mamãe.-ele disse depositando um beijinho na testa do pequeno menino.

Depois do almoço Louis foi com vovó até sua casa que ficava um pouco para baixo da rua, Louis como bom curioso que era esperou sua avó dormir no sofá-como costumava fazer toda a vez em que Louis ficava lá uma vez por semana.

Seus pezinhos batiam com força no chão da calçada, ele precisa saber o que seus pais iriam fazer, se aquilo tinha a ver com o monstro do quarto proibido.

Louis tirou a chave reserva de dentro do vaso e abriu a porta com calma, tirou os tênis e subiu a escada calmamente.

Seus pais estavam em frente à porta e Louis se encolheu para eles não o verem, sua mãe estava com a chave na mão e o pai tinha uma longa injeção contra os seus dedos.

-Deixou os tranquilizantes preparados?-ela perguntou e ele assentiu.

-Vamos logo com isso.-ele resmungou, Louis viu sua mãe abrir a porta e o que ele viu não foi um monstro.

Foi um garoto.

Parecido com ele.

-Sai!-o meninos berrou e simplesmente  explodiu para cima da mãe.

Ela o empurrou no colchão que existia ali e se ajoelhou nos pulsos dele, o pai rapidamente aplicou a agulha no pescoço do garotinho e suas pernas pararam de bater tanto no chão, ele apagou.

A mulher levantou e o pai pegou o garoto no colo, Louis se escondeu atrás do vazo de plantas que existia no canto do corredor e ficou espiando por entre as folhas.

Eles entraram no próprio quarto e Louis os seguiu, ficou espiando até eles entrarem no banheiro, o homem o colocou na banheira e Louis correu para debaixo da cama e ficou olhando.

A mulher tirou sua blusa e logo em seguida a calça, foi tirando tudo com calma e jogando no cesto de roupa suja.

-Droga, Phillip.-ela gemeu.-Ele está se machucando de novo, deve ter alguma coisa no quarto dele, vamos ter que revirar aquilo de novo.

-Eu olho, Jay.-ele disse baixo e quando saiu do banheiro ele parou.-Louis?

Louis se encolheu mas seu pai se abaixou e o viu, o menino se contraiu tentando não parecer culpado e o pai sorriu triste.

-Venha meu amor.-ele sussurrou.-Já está na hora de você saber.

Louis se arrastou lentamente até o pai que o abraçou, eles olharam para dentro do banheiro e sua mãe tinha os olhos marejados.

Psycho-AU Larry Stylinson (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora