Parte I

20 2 0
                                    

Ele entrou. Verônica trajava uma camisola-lingerie preta de seda pura. O tecido parecia abraçar seu corpo de curvas suaves. Ela foi até um canto da sala de estar, abriu uma garrafa de vinho tinto e encheu uma taça.

— Estou com sede, encha mais.

— Vá com calma, Bartô.

— Eu não queria que isso acontecesse, sabe disso, não é? Tentei de tudo para cair fora, mas até o universo parecia conspirar contra mim, Verônica. Hoje descobri o quanto odeio meu chefe!

Ela fingiu não ter escutado.

— Tem certeza que você...?

Ela o interrompeu:

— Que tal uma música para animar, Bartô?

Logo, ouviu-se o som de jazz pelo apartamento. Bartolomeu levou a taça aos lábios e bebeu tudo num só gole. Verônica se aproximou e o beijou na testa. E, antes que ela pudesse se afastar, Bartolomeu a enlaçou com os braços, beijando-a demoradamente.

— Nossa... Você está tão linda — ponderou Bartolomeu.

Bartolomeu era um quarentão charmoso e robusto, que, sabia, a fazia muito feliz. Mas ele iria embora para sempre e Verônica teria que deixá-lo ir. Teria que ser assim, não havia alternativa melhor.

— Tem algum pedido especial, Bartô?

Verônica começou a desabotoar a camisa dele com sutileza, deixando-o nu da cintura para cima. Ele a fitou, contemplativo.

— Verônica, prometa que irá fazer desta noite uma noite inesquecível.

— Eu prometo.

A Última NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora