Walker scobell e Sidney carpenter se odeiam, porém precisam fingir ser um casal, graças a alguém...
Sidney é uma garota rica e famosa por conta de sua mãe, Sabrina Carpenter, mas não deixa a riqueza nem a fama subir sua cabeça, ela vive se mudando e...
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A porta se fechou atrás de mim com um estalo abafado, o som perfeito para resumir o caos que era minha mente. Deixei minha mochila cair no chão do corredor e fui direto para a sala. E lá estava ela: minha mãe, jogada no sofá, rindo de alguma comédia romântica esquecida da Netflix, como se não tivesse com a agenda lotada esse mês, na verdade, o ano todo.
— Mãe! — Gritei, atropelando as palavras. — Você não vai acreditar... O Walker voltou pra escola!
Ela pausou o filme, e se virou pra mim com um sorriso bobo no rosto, tipo aqueles que só aparecem quando ela está prestes a dizer alguma besteira.
— O Walker? O seu Walker?
— Mãe, ele não é "meu". — Cruzei os braços, mas meu coração ainda batia rápido, como se eu estivesse correndo há horas. — Eu quase cruzei com ele no corredor. Foi por pouco.
Ela piscou algumas vezes, como se estivesse absorvendo a informação. E aí veio o inevitável.
— Ai, Sidney, isso é ótimo! Quem sabe vocês não voltam? Eu sempre gostei dele...
Surtei.
— Mãe! — Quase gritei, me jogando no outro canto do sofá. — Não seria ótimo. Nem um pouco! Eu não quero passar por tudo de novo. Não quero sentir nada disso de novo. Eu já sofri o suficiente!
Ela me olhou com aquele olhar de "mãe que sabe mais", e isso só me deu mais raiva.
— Você ainda gosta dele. Vai acabar voltando, Sid. Vocês ainda vão acabar juntos, você vai ver. — Ela disse com a maior calma do mundo, como se estivesse prevendo o final de um livro que eu nem queria mais ler.
Não respondi. Só levantei, peguei minha mochila do chão e fui direto para o quarto.
Mas a frase ficou.
"Vocês ainda vão acabar juntos."
Fechei a porta e encostei nela, respirando fundo. Tentei ignorar o coração apertado, o turbilhão de lembranças. Walker rindo. Walker dizendo que me amava. E a última vez que eu vi ele.
O celular vibrou no bolso. Leah.
— Sid? Tá tudo bem com... bom, com ele voltando?
Suspirei.
— Tô. Acho que tô, pelo menos.
Mentira? Verdade? Nem eu sabia.
Walker pov:
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A sensação de voltar pra casa depois do primeiro dia de aula depois de muito tempo sem ir foi mais estranha do que eu imaginava. Tudo parecia igual… e ao mesmo tempo, nada estava igual.
Joguei minha mochila no chão da sala e fui direto pra cozinha, onde o cheiro de molho de tomate denunciava que minha mãe estava em seu modo "mãe italiana dramática". Tanner e Leena estavam sentados na bancada, brigando por causa de algum jogo besta no tablet.
— E aí — Falei, tentando soar normal. — Voltei.
— Como foi? — Leena perguntou primeiro, olhos curiosos. — Encontrou todo mundo? Tem muita gente nova?
Assenti. Peguei uma maçã da fruteira e dei uma mordida antes de soltar:
— Entrou bastante gente nova no grupinho da Leah e do Aryan, e da Sidney... e falando nela, ela canta agora.
Silêncio.
Tanner parou o que estava fazendo, olhando pra mim como se eu tivesse acabado de dizer que o cantor favorito dele tivesse ido na minha escola.
— Canta?
— E canta bem. — Acrescentei, lembrando da voz dela ecoando no auditório quando passei no corredor. Eu nem tinha certeza se era ela no começo, mas... era impossível esquecer aquela voz. — Tipo, muito bem.
Leena suspirou.
— Mas também, ela é filha da Sabrina Carpenter e do Shaw Mendes. E eu tô com saudades dela..
Tanner também murmurou:
— É, eu também.
Fiquei quieto. Depois de alguns segundos, quase sem querer, concordei:
— Eu também.
Minha mãe apareceu do corredor, limpando as mãos num pano de prato.
— Era tão bom ver a Sidney por aqui… — Ela sorriu com um ar nostálgico. — Sinto falta das risadas de vocês. Das tardes assistindo filme. Do jeito como ela sempre trazia vida pra essa casa.
Fingi que minha maçã precisava de mais atenção do que a conversa. Mas a verdade é que tudo aquilo apertava alguma coisa dentro de mim. Algo que eu passei dois anos tentando enterrar.
— Vou pro meu quarto. — Murmurei, já subindo as escadas.
— Querido, não vai querer almoçar não?
Não respondi.
Fechei a porta atrás de mim. O quarto estava do mesmo jeito de dois anos atrás. Mesma cama. Mesmos pôsteres. As mesmas lembranças.
Me joguei no colchão, de braços abertos, encarando o teto. Como se fala com alguém depois de tanto tempo? Depois de tudo que aconteceu?
"Ei, como você tá depois de ter tido o coração partido por mim?"
Não.
Suspirei. Talvez eu não estivesse pronto pra falar com ela. Mas, no fundo, eu sabia que ia tentar.