Aquela noite

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- Esse é pra vocês dois, meninos! - Disse Irmão.

- Obrigado tio, fico muito honrado com isso. - Guilherme agora estava corado.

- Imagina! Sem formalidades, é de coração. Os dois estão grandinhos agora, mas sempre deve se comemorar!

Lady começa a chorar, mas de alegria.

- Eles crescem tão rápido, não é, querido? - Ela abraçou Irmão.

- Sim, querida... - Irmão dá um beijo na testa de Lady. - Vamos cantar os parabéns?

- Não, pai! - Igor ficou nervoso. - Isso é constrangedor!

Guilherme do lado, começou a rir. - Nada disso! Vamos cantar sim, bobo. - Eu puxo!

- Isso aí, Gui! - Irmão fez um sinal de "okay" para ele.

Lady acende as velas, e Guilherme começa. De repente, Igor também vai junto com eles e começa a cantar.

- Vamos, os dois! Façam um pedido e apaguem as velinhas! - Disse Lady, animada e sorridente.

Os garotos fecharam os olhos. E depois assopraram. Igor abraça Guilherme. Irmão e Lady vêem aquilo e dão um sorriso de lado, e Igor mais uma vez fica envergonhado.

- Vamos partir o bolo! - Lady pegou uma faca no armário. - Você corta, Igor.

- Err... Bem, eu... - Ele pegou a faca, tímido ainda. - Vamos lá!

Enquanto ele cortava a primeira fatia, Irmão diz:

- Para quem será o primeiro pedaço?

Igor parecia que ia explodir de tanta vergonha.

- Bem, ele vai pra o Gui... - Disse ele, sem jeito, entregando o pedaço para o garoto.

- Isso aí! Hahaha! - Irmão riu. - Ótimo ver que em tão pouco tempo vocês se tornaram melhores amigos.

- É mesmo, não é, Gui? - Igor olhava para Guilherme, sorrindo, ainda sem jeito naquela situação.

- Verdade... - Guilherme olhou para Igor e sorriu.

Todos sentaram-se na mesa e começaram a conversar enquanto comiam. Já tinha ficado tarde da noite, quando terminaram. Os garotos, como de costume, tomaram banho, escovaram os dentes e foram para o quarto.

- Ufa! - Igor se joga na cama. - Hoje foi um dia e tanto, não é mesmo, Gui?

- Verdade! - Guilherme estava fechando a janela do quarto. - Está bem tarde, não é mesmo?

- Sim, está, mas se tem uma coisa que eu não estou, é com sono.

- Eu também, acho que é a agitação do dia... E logo depois de hoje, seria impossível dormir, né? - Guilherme riu, enquanto apagava a luz do quarto e acendia o abajur.

- Sim, sim... Eu estou tão feliz, Gui!

- Eu também estou, Igor. - Guilherme vai para a cama, mas não se deita. Ele vagarosamente vai se aproximando de Igor e fica por cima dele.

- Enfim... Aqui estamos. Quanto tempo já temos de convivência?

- Eu não sei dizer ao certo, Igor. Mas já faz uns meses. Bem, eu jamais imaginaria que encontraria a pessoa perfeita desse jeito, e logo aqui, onde menos eu imaginava.

- Eu que digo, Gui. - Igor põe a mão no rosto de Guilherme e o olha carinhosamente. - No começo eu me sentia estranho, não sabia que sentimento era esse que desabrochou tão rápido, mas agora tenho a certeza.

Uma nova vida (Romance Gay/Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora