capitulo 7

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Mayson ON.

Ellie me deixou na porta do Colégio em que eu estou matriculado, é um lugar bem legal, porém os jovens que estudam aqui, são filhos de gente milionária, e que só por isso pensam que mandam no mundo.

Eu não queria estudar aqui, mas eu não consegui dizer isso a Ellie, ela parecia tão feliz em me ajudar, planejando tudo, ela me matriculou aqui, porque segundo ela, eu teria de tudo, e assim poderia facilitar a minha escolha para um curso superior, faz pouco tempo que estou morando com ela, eu não suportava mais morar com o meu pai.

Eu sou um peso morto pra ele, sempre fui, e depois que minha mãe morreu naquele acidente de carro, eu me tornei um verdadeiro estorvo em sua vida.

Tomo coragem e entro no Colégio, as pessoas me olham como se eu fosse um E.T, passo entre alguns jovens, e o burburinho começa.

Sinceramente... eu não esperava mais que isso.

Demoro um tempo até achar a minha sala, o sinal ja tocou faz um tempo e tenho certeza que quando eu entrar, todos os olhares serão direcionados a mim. Então é isso, vamos lá.

Entro na sala, e como eu ja sabia todos me olham com um olhar superior. Como se eles fossem diferentes de mim... ah não pera... eles são... eu não sou metido e muito menos filhinho de papai... graças ao bom Deus.

A professora levanta-se e vem ao meu encontro ela se apresentra como Elisa, e me apresenta a classe e todos falam um Oi! Com um desânimo estampado na cara.

- Mayson, tem quatro carteiras desocupadas, você pode escolher a sua se quiser. Diz a professora Elisa. Bom pelo menos ela me olha de igual pra igual.

Olho em volta e vejo uma carteira na frente, uma no meio, e duas atrás, sendo que uma fica em um canto de parede.

Opto pelo canto de parede, ele aparenta sem mais acolhedor do que os outros lugares. Me sento em minha carteira, e pego os meus materiais pondo-os sobre a mesa.

Alguns olhares ainda me seguem me deixando um pouco constrangido. O primeiro dia de aula é totalmente chato, não tem nada a não ser apresentações de professores e alunos. As primeiras aulas passaram rapidamente, ouvi vários comentários no decorrer da mesma. Eu sinceramente espero que esse ano passe em um piscar de olhos. de repente sinto algo bater na minha cabeça... serio isso? Quanta infantilidade!!! Me acertaram com uma bolinha de papel, ouço algumas risadinhas no outro lado da sala.
E eu pensava que estava estudando com jovens, mas pelo visto eu me enganei... e muito.

O sinal toca, indicando o término das aulas, me sobe um grande alívio, não aguento mais esse bando de crianças mimadas me encarando como se eu fosse um monte lixo.

Saio do colégio e espero por Ellie, encostado em um poste de luz, em frente a instituição.

Quinze minutos depois a Ellie chega, eu olho para ela e percebo que ela me olha preocupada, eu não sei disfarçar muito bem... e esse é um grande defeito meu.

- Tudo bem primo? Como foi o primeiro dia de aula? Conseguiu se enturmar com os jovens da sua sala?
Ela pergunta curiosa e ao mesmo tempo preocupada.

- Sim, foi legal. Eu minto para tentar disfarçar o meu desânimo.

Acho que ela percebeu, pois não perguntou mais nada, eu gosto disso nela, ela sabe respeitar o meu espaço.

Mayson OFF


Ellie ON

O Mayson parece triste, será que ele não conseguiu fazer nenhuma amizade em sua sala. Ele não quer falar sobre isso e eu vou respeitar sua decisão, até porque ele sempre respeitou a minha.

Vamos para casa, e dessa vez o trânsito está terrível, chegamos em casa quase uma hora depois que saímos do colégio.

Tem uma mulher loira em frente a casa ao lado da minha. Uma nova vizinha?? Serio?? Poxa porque eu não posso ter um vizinho da minha idade, poxa que preconceito comigo, ora. Ela aparenta ter uns 38 anos, seus cabelos são lisos e ela tem um corpo bem definido, esquece o que eu disse, ela parece ter uns 23 anos. Eu queria um vizinho gostoso, mas tudo bem vamos as
boas-vindas, desço do carro para comprimenta-la.

- Oi, tudo bem? Eu sou a Ellie, moro na casa ao lado, você é minha nova vizinha?

- Oi! Tudo ótimo! Prazer Ellie, meu nome é Maria, sim seremos seu vizinhos.

Seremos? Será que ela tem filhos, nesse momento uma garotinha desce as escadas da casa correndo, ela deve estar bem brava.

Oba! Uma criança imperativa! Que sorte a minha. Penso comigo mesma. Ela me lembra alguém...

- Mamãe, mamãe, o Gustavo não quer sair de frente da televisão, mamãe diga pra ele sair, eu quero assistir um desenho, e o Gustavo não quer sair.
Ela diz toda chorosa.

- filha, calma, olha essa é a nossa vizinha Ellie. A garotinha olha para mim, e eu sei agora quem é que ela me lembra.

- Oi! Ellie, prazer meu nome é Karolina, mas você pode me chamar de Karol.

- Karol...
Digo ja com os olhos cheio de lágrimas ... as lembranças da minha amiga de infância coberta de sangue fazem com que uma lágrima escorra pelo meu rosto. Olho para a garotinha, agora totalmente confusa com a minha reação.

- Desculpe-me, foi prazer conhece-las, eu preciso ir agora.

Ando em direção a minha casa, mas antes eu escuto a garotinha dizer para a sua mãe.

- Mamãe? Eu fiz algo de errado?

- Não filha, a Ellie deve estar cansada.

Subo escadas e entro em casa, enfim mais um dia de vida.

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Gente perdoem os meus erros ortográficos.
Obrigado a você, por ler minha história e se você estiver gostando comenta ai.

Beijinhos até o próximo capítulo. '') ^-^




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EllieOnde histórias criam vida. Descubra agora