capítulo 8

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Capítulo especial.

8 anos atrás.

Hoje é dia de festa, meus pais irão me levar ao aniversário da Karol para comemorarmos o seu aniversário, 8 aninhos, o meu anjinho está crescendo. Corro para o quarto e peço a minha mãe para usar o meu melhor vestido.

-mamãe, mamãe? Posso ir com meu vestidinho branco que o papai me deu? Posso? Posso?

Minha mãe me olha feliz, e balança a cabeça sorrindo.

- claro filha, pode sim, deixa eu terminar de ajeitar a roupa do seu pai aqui, e logo irei ajeitar a sua.

Vou para o meu quarto muito feliz, pego o meu vestido branco e coloco sobre a cama, vou tomar banho e quando saio do banheiro o meu vestido ja está passadinho, e sem nenhuma marquinha. Coloco-o devagar para não amassa-lo e depois desço as escadas para esperar minha família termina de se arrumar.

Quando todos terminam, vamos caminhando para a casa da Karol pois ela mora pertinho de mim.

Quando chego lá, vejo-a cumprimentando todos os nossos amigos e também a sua família. Ela está radiante, com um vestido lindo, azul turquesa. Parece mesmo um anjinho. Corro para dar-lhes os parabéns.

Ela está muito linda.

- Karol, Karol...

-Ellieee... oi você veio. Seus olhos estão cheios de água, eu não posso deixa-la chorar, não hoje, não agora, que estamos em sua festa, e ela está tão feliz, eu não vou deixar nada estragar isso.

- Claro né! Eu não perderia por nada, nem se hoje fosse o dia mais chuvoso, nem se os zumbis invadirem o mundo.

-Ellie, zumbis não existem. Ela diz ja sorrindo.

- Eu sei disso, mas eu to dando um exemplo, e não estrague o meu discurso.

- Ok, ok. Continue então.

- Bom, como eu estava dizendo, eu não faltaria o seu aniversário nem se um E.T me abduzise, eu fugiria desse E.T com todas as minhas forças, na verdade eu morreria de medo dele, mas por você, eu faço tudo.

- Ellie, eu posso dizer que E.Ts não existem? Ela diz com aquele seu sorriso irônico.

-E por acaso você ja viu um minha filha? Digo ironicamente.

- Não! E é por isso mesmo.

Ficamos conversando por um tempo, até que o seu tio Ney veio dar-lhes os parabéns.

Ele a olhava de uma maneira...eu sei que nem era comigo, mas me deixava constrangida. Também sei que ele é o tio dela e tal. Mas eu não gosto dele, algo nele me deixa desconfiada.

A festa começou e nós estamos brincando de esconde-esconde. Eu começo a contar enquanto todos se escondem.

Conto até 30 e saio para procurar os meus amigos que se esconderam, bem alguns não se escondem muito bem, ja encontrei sete, falta três.

Um, dois, três, Felipe. O Felipe se escondeu embaixo da mesa, mas seu pés ficaram à mostra. Foi muito fácil encontra-lo rsrsrs

Um, dois, três, Milena.

Ja encontrei quase todos menos a Karol. Que garotinha esperta, se escondeu perfeitamente.

Procuro-a em todos os lugares, dentro de casa, na sala, quartos, banheiros, até no porão. Mas eu não a encontro. Eu vou para o jardim detrás da casa e quando chego lá, escuto sons abafados, algo parecido como gemidos de alguém que sente dor.





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