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Enfim, depois de meia hora no meu quarto, estamos já na estrada, rumo ao aeroporto, para pegar o próximo avião e irmos à Paris.
O que não me deixa muito contente é que vamos para Paris não para comemorar meus 15 anos, mas sim à negócios do meu pai.
Ele é um puta empresário na Support&Logistc. É muitos assuntos, até fico confusa.
Eu estava a ouvir My Immortal quando eu resolvi pausar a música e ouvir um pouco da conversa dos meus pais.
-Sheron, ela precisa saber. Foi à tanto tempo...ela era pequenina. Me dói ouvir suas orações e saber que sempre pergunta por ela. -ela. Minha irmã. Saber o quê? Eu já sei de tudo, ela foi-se por causa do nojento do seu namorado. Finjo não estar a ouvir quando vejo meu pai me observar pelo espelho retrovisor interno.
-John, ela não pode saber. Se ela souber, me culpará pela eternidade. Aliás, fui eu quem te pediu para guardar segredo. Me sinto péssima. -Minha mãe está a chorar? Sim. Sempre sinto um aperto ao ouvir sobre minha irmã ou ver minha mãe chorar.
Fecho os meus olhos e coloco a música novamente. Sinto o meu coração bater forte ao tocar You and Me-Lifehouse. Lembro do Stephan. Aquele maldito. Passo meus dedos pelos meus pulsos, dor e arrependimento toma conta do meu corpo.
Por ele fiz isso e muito mais. Por ele, fiz o que minha irmã me aconselhou não fazer.
Aprendi também, com ele. E muito. Quando suspeitei uma gravidez, foi porque eu havia perdido minha virgindade, algo precioso para mim, com ele. Eu posso dizer que era louca por ele. Eu afirmo isso. Eu não merecia aquilo.
Sem querer deixo uma lágrima escapar do meu olho direito, dor.
Seco-a e me pergunto o por que de me deixar apaixonar-me. Fui tão tola, tão usada.
Minha mãe me julgava fraca, me julgava ingênua. Eu sei que era, mas doía ouvir a verdade.
-Bebê, chegamos. -Meu pai me avisa, se esticando e fazendo, logo após, festinhas no meu cabelo.
Eu lhe sorri.
-Ok pai. Obrigada por avisar.
Eu abro a porta, sendo a primeira a sair do carro e vou até a traseira do mesmo pedindo ao meu pai que abrisse-a.
-Senhora? -um homem de meia idade me chama. -Eu vou levar as malas até o avião para a Senhora.
-Oh... não é preciso, deixe apenas este... ahm...este... porta-malas? -eu e o tal homem rimos.
-Ok querida. Qualquer coisa, Steven. -ele despediu-se de mim com um sorriso, virou-se e foi embora.
Comecei a arrumar as malas no porta-malas -segundo a mim- quando meu pai me abraça e sussurra ao pé do meu ouvido:
-Eu preciso falar contigo. No avião, pode ser? -Me arrepiei ao imaginar sobre o que seria. Ela.
-Pode pai. -sorrio-Eu te amo.
-Oh meu amor. Eu te amo tanto! -ele sorri e me abraça mais forte, como se logo fosse acontecer algo para nos afastar. Beijou o topo da minha cabeça e dirigiu-se ao porta malas e empurrou o mesmo.

F*ck Me DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora