Cap. 12

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O Harry me faz rir sempre nos piores momentos. Incrível.
-Pára Harry! -Eu estava rindo como nunca antes. Estávamos cochichando sobre uma mulher que estava com um rasgo na calça, num lugar bem desconfortável.
-Aah é engraçado. -ele fez beicinho. Realmente, muito engraçado.
-Bem..-suspirei. -Vamos? -ok. Estava morrendo de vontade de ir para casa.
-Vamos sua parva. -ele ama me provocar.
Saímos do Je't Coffé (eu inventei o nome amores ueheu) e fomos para sua casa, cuja eu não conhecia.

Chegamos até seu prédio e...É MUITO GRANDE.
Seu prédio era totalmente espelhado e acho que havia no mínimo 20 andares.
-Hey. Não se surpreenda. -ele havia notado que eu estava de boca aberta olhando por através da janela do carro.
-Como não? Isso é demais, cara! -não tinha como não fazer um comentário que não deixaria seu ego maior do que já é. -Há quantos andares?
Ele terminou de estacionar o carro, tirou a chave da ignição e pousou sua mão na minha coxa, a qual eu baixei os olhos e sorri.
-35 andares, Anjo. -Anjo? Ele me chamou de Anjo? Aw meu Deus. Meu pai me chamava assim...Ah papai.
Sem perceber deixei que meu sorriso se desfizesse e tirei sua mão da minha coxa.
-Temos muito o que conversar, Harry. -levantei meu olhar até encontrar o seu, que, de uma hora para outra se tornou negro e frio. Ou seja, o Harry empresário.
-Sim. Temos, Gabriela. -abriu a porta do carro e quando desceu do mesmo, bateu-a.
Logo eu sai quase que correndo do seu carro e entrei logo à sua frente no prédio, mesmo não conhecendo-o.
O Harry logo me passou e me levou até o elevador, clicou no número 35 (seu andar) e logo depois o elevador começou a subir.
-Harry...-quebrei o silêncio. Ele se virou para mim e apertou seus lábios, formando uma linha reta, com os mesmos. -Caso tu não consiga ouvir sobre meu passado...ahm...não precisa. -baixei a cabeça. Sempre fui assim: fraca demais para olhar alguém nos olhos por muito tempo. Sempre me sinto fraca, ingênua, pequena e desprotegida perto de pessoas que sei que são melhores que eu.
-Gabbe...-ele soltou um longo suspiro, fechando os olhos e abrindo um belo sorriso. -...já aguentei tanta coisa...que seu passado não me traria mal algum. -de certa forma, isso me aliviou. De outra, desprezou minha dor.
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*Harry*
Eu olho para a Gabbe e vejo sua cabeça baixa, pude ver um pouco seus olhos e estavam fechados. Seu queixo estava tremendo, até que ela levou suas mãos ao rosto e limpou as poucas lágrimas que haviam escapado. Foi nesse frágil momento que eu percebi que aquela pequena boneca, aquele pequeno Anjo indefeso havia sofrido mais do que eu pensara.
Eu não a abracei nem nada do tipo. Por quê? Por que eu não fiz nada? Porque sou um merda de homem. Não sei lidar com sentimentos.
Saímos do elevador e entramos no meu apartamento, Gabbe sorriu e olhou para mim, o que me fez sorrir também.
-Harry...isto é demais! -Oh pequena...ela mal sabe que ela que é demais. Mal sabe que ela vale ouro. Mal sabe que é pior que cocaína.
-Gabbe...-travei.-Não sei o que falar. Então, vamos direto ao assunto..estou curioso. -tentei quebrar o gelo. O que não deu muito certo.
-Ok...bem.. lá vai!

F*ck Me DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora