capítulo 6°

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Caroline*

Acordei de manhã com um polícial batendo nas celas e dando risada, olhei em volta não vi nada, quando olhei pro chão vi brenda, dormindo. Confesso que fiquei com dó da cena que vi, mas depois de me fazer ir sozinha na viatura ela não merece mais minha pena, não merece nada, afinal eu não fui no porta malas, fui no meio de dois policiais no banco traseiro e um deles botou a mão na minha coxa durante a viagem e tentei tirar a mão dele mas só foi um motivo para ele subir mais a mão então parei ali, com medo do que acontecesse.

(...)

Passamos o dia todo quietas, cada uma no seu canto, era noite e eu só conseguia pensar oque faria se caso saísse daquele lugar, onde moraria? Oque comeria? Oque vai ser de mim agora, sem casa, sem família...na cadeia. Acho que não caiu a fixa ainda de estar presa. Mais uma noite se passou na cadeia ela no chão no mesmo local sem tocar a comida( que por sinal é horrível) e eu comendo não por opção mas por ser preciso. Estava sentada mexendo no cabelo quando um polícial, chega a minha cela.

- Anda, vem, as duas! - ele ordena e Brenda se levanta e vai, ele continua me olhando esperando que eu vá.

- Aonde? - digo.

- Não interessa vem agora se não você vai experimentar outra coisinha - ele diz passando a mão em seu órgão, na hora me levanto e o sigo esperando sair daqui e recompor minha vida. Achei que estava livre mas pelo visto a ideia deles são outras, entramos na viatura e logo um pano preto cobriu minha cabeça, meu coração saltou como um pulo e só conseguia pensar em que agora eu morreria de vez, comecei a chorar e ouvi Brenda chorar também.

- Vai desce - disse alguém quando senti pequenos grãos entre meus chinelos "estamos na areia" pensei.

- Ajoelha aí - o policial me mandou parar e as cegas eu torcia para não morrer, choro feito uma criança. Ouço um tiro e meu corpo se contraí com o barulho.

- Breeenda !!! - grito alto chorando.

- Calma Cah eu to aqui - a voz dela vem do meu lado e logo em seguida alguém tira minha venda, a cena é a seguinte um campo de areia com um polícial morto um carro preto e dois guardas particulares nos levantam do chão e nos desamarram, eu não entendo mais nada , achei que eu fosse morrer , achei tanta coisa mais isso eu não sei oque é. Quem são esses homens, oque eles querem?

Os dois homens nos desamarram e eu agarro Brenda e a puxo para trás, ela me abraça e ficamos as duas abraçadas olhando os homens um deles pega o telefone.

- chefe, o serviço foi concluído chegamos a tempo, elas estão bem. - não ouvi a resposta mas ele desligou o celular rapidamente e se dirigiu a nós.

- Posso garantir que não faremos mal, meu chefe quer ve-las e gostaria muito que nos acompanhe até sua casa, então se não for de interesse das moças poderão seguir embora. - confesso que o discurso me convenceu, eles não tinham cara de matadores fui acompanha-los e Brenda segurou meu braço me pedindo pra ficar a puxei e disse em seu ouvido "vamos amor vai ficar tudo bem" essas palavras a convenceram e entramos no luxuoso carro preto. No caminho deitei sobre a janela e fiquei observando a paisagem, nunca tive tempo para isso, uma música fraca resoa ao fundo mas eu nem presto atenção, tento reformular os últimos acontecimentos e me intriga o fato de dois policiais quererem matar duas mendigas... fico pensativa quando sinto uma mão em meu braço, quando me viro para olhar Brenda me beija, um selinho rápido mas que pra mim foi longo, ela ficou me olhando esperando uma resposta, mas eu só a abraço e fico ali, sentindo seu carinho...

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Da água pro vinho - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora