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- Então? O que vais escolher? - Perguntou Harry olhando para a ementa que fazia com que fosse impossível ver a sua cara 

- Posso comer o que tu comeres.. - Disse olhando á minha volta, o restaurante era bastante bonito e cada decoração parecia ser escolhia ao dedo no entanto é muito simples, não há muita gente mas há o suficiente para se ouvir bastantes conversas, o empregado veio até nos e Harry pediu - Ah.. sumo de laranja por favor - Respondi ao empregado que pelo que vejo chama-se Dylan e este anotou indo para trás do balcão, olhei para Harry e este estava a olhar para mim - Sim?

- Nada - Deu um pequeno sorriso e começou a batucar com os dedos na mesa e esta pequena "música" prolongou-se até o empregado, desta vez diferente, trazer o nosso pedido. 


Uau, que jantar emocionante, até já estou cansada de tanto conversar e os meus ouvidos choram por estar a ouvir o Harry desde que chegamos, limpo a minha boca e bebo o resto do meu sumo pondo os talheres lado a lado para anunciar que acabei de jantar .


- Pensei que mal entrasses no carro me fosses perguntar o porquê de te ter devolvido o solo mas, até agora vejo que te consegues conter bastante - Ele ri e eu olho para ele 

- Já que estas disposto a dar uma explicação, estou há espera - Encosto-me á cadeira e cruzo os braços 

- Bem, quando fui levar a tua mãe ao seu lugar ainda estivemos a conversar um pouco e ela contou-me muito de ti, o suficiente para admitir que se fosse outra pessoa se não a tua mãe a contar nunca acreditaria.. A tua mãe também me contou que vem raramente a casa e que quando vinha no avião só pensava em ti e em como deverias estar mudada e entusiasmada com o espetáculo que se aproximava - Fez uma pausa para beber um pouco do seu sumo que nem sei de que é - E por momentos senti-me arrependido de te ter tirado algo que tu tanto trabalhaste, palavras de Mr.Black quando lhe disse do que fiz.. Mas quando terminaste o solo, logo me arrependi de me ter arrependido 

- Porquê? - Fiquei confusa, pelas palavras que ouvi foi bom e quando fui eu a cria-lo ainda melhor foi, voltei-me a pôr debruçada sobre a mesa pois finalmente o jantar estava a ter o seu prepósito 

- Foi demasiado triste, sem vida..

- Lamento informa-lo mas nem tudo são flores e borboletas, fui eu que fiz o solo e por breves segundos pergunto-me se percebe alguma coisa de contemporâneo ou até mesmo de ballet.. Aquele solo tem a sua história e pelo que vejo o senhor não a percebeu, o que lamento imenso. 

- Não lamenta não - Ele diz cerrando o maxilar

- Pois não, da minha vida já sabe demasiado - Levanto-me e fui até ao empregado que nos atendeu primeiro pedindo a conta e pagando, saí do restaurante e fui até ao seu carro


Momentos depois Harry aparece, este abre o carro e eu entro pondo rapidamente o cinto rezando para que a viagem para casa seja mais rápida que a vinda para aqui, ele liga o rádio e baixa o volume.. Ele sai do estacionamento e começa a conduzir até eu ver centenas de luzes vermelhas, as duas vias de carros estavam ambas impedidas e pela impaciência de alguns condutores isto já deve estar assim há algum tempo, vejo pequenas gotas caírem pelos vidros e percebo que irá chover.. já estava a demorar, pois davam chuva para o dia todo . 


De pequenas gotas passaram para grandes e ruidosas gotas, Harry teve de aumentar a velocidade do limpa brisas e apenas 10 minutos se tinham passado.. 


- Parece que isto não vai ser rápido - Depois disto a fila anda, não muito mas chega para eu ver as luzes da ambulância, encosto a cabeça ao vidro fechando os olhos esperando que quando os abrisse já estivesse na rua de minha casa

« i just wanna dance » h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora