A Rainha dos Cinco

Capítulo IV

Sorri enquanto, descia as escadas em direção à cozinha. Quando chegamos a cozinha eu me senti realmente surpresa com a quantidade de comida que se dispunha a mesa, Ethan sentou-se em uma cadeira e me puxou para a cadeira ao seu lado.Na mesa estavam Tia Amy, Matt, Abby,as duas irmãs Fauna e Flora, Jaclyn, um homem alto e barbudo e um garoto que deveria ter uns 14 anos e possuía cabelos terrivelmente arrepiados e quase tão brancos quanto o de Matt, eu nunca fui muito ligada em mim arrumar ou ficar como uma louca passando maquiagem a toda hora, mas eu tinha que admitir , o cabelo daquele garoto mas parecia ter sofrido uma descarga elétrica.

–Então, essa é a famosa Jenny! – O homem falou sorrindo. Ele era grande e sua voz era tão grossa que não combinava com seu bom humor, e seus olhinhos pequenos.

–Bom, sim! , Quer dizer... Não famosa só Jenny. – Falei meio gaguejando, aquele Homem me deixava assustada.

– Cara, Ethan, você tinha mesmo razão, ele é muito gata. – Senti minhas bochechas queimarem com o comentário.

– Eu não disse que ela era gata, não que você não seja bonita é que... Droga Bob pare de mudar minhas palavras. –Ethan falou parecendo envergonhado.

– Gata, você está com calor? –Bob me perguntou erguendo a sobrancelha com um olhar que deveria parecer malicioso, mas que em conjunto com seu cabelo bagunçado e sua pouca idade, mas parecia está drogado.

–Não. –Falei erguendo a sobrancelha.

–Eu acho que você está, por que o seu calor está derretendo o meu gelo. – Ele falou piscando para mim. Ouve alguns segundo de silêncio, antes que todos começassem a rir.

– O que vocês são uns bobos que não tem inteligência o suficiente para ver a minha beleza.

–Estou começando a achar que todos os garotos dessa casa são convencidos demais. – Falei rolando os olhos.

–Isso depende do ponto de vista. – falou Matt agarrando alguns pães da cesta sobre a mesa.

– Sei. – Falei sarcasticamente.

–Bom vamos comer. – O Homem falou e todos começaram a comer.

Devo admitir, eu esperava ensopado de gambá ou carne de dragão, mas cabei me deparando com as velhas enchiladas com pães caseiros e bolo de carne.

–Querido como foi o trabalho hoje? – Tia Amy perguntou ao Homem barbudo.

– É Tio Jack, muita movimentação lá nos arquivos. –Abby perguntou sorrindo com seu jeito infantil.

– Bom sim, os fatos são quase sempre os mesmos, mas vendemos muitos jornais, tivemos um pequeno problema com uma jovem que tentou fazer magia sozinha e acabou congelando a casa toda, mas, fora isso o dia foi calmo.

–Desculpe a pergunta, mas o que o senhor faz? – perguntei.

– Bom pode me chamar de Tio Jack e nada de senhor, faz eu me senti velho, você está de bom tamanho. Mas respondendo a sua pergunta, trabalho no jornal da cidade. –Ele falou, sorrindo orgulhoso.

– Hum... Parece legal. –Falei sorrindo, eu tinha que admitir aquela era o melhor bolo de carne que eu já tinha comido.

–Legal?! – Matt falou parecendo indignado – é um dos cargos mais altos, só esta abaixo dos anciões. Governadores e hãm... Protetores.

–Oh, Eu não queria que parecesse que eu... Eu não tive a intenção... Desculpe. – Gaguejei.

–Não se preocupe, Matt tem fascinação por isso desde pequeno. – Tia Amy falou sorrindo. Matt rolou os olhos e bufou, devorando um grande pedaço de carne, como para enfatizar sua indignação pelo meu comentário. 

– Já que vamos à escola amanhã por que não matriculamos a Jenny? – Abby falou um pouco animada demais para meu gosto.

– Vamos estudar juntas, isso não é incrível! – Fauna soltou um gritinho de excitação–Bom por mim parece bom, mas seus pais sabem que esta aqui não é Jenny? – Tia Amy perguntou um pouco séria.

– Isso é mais do que incrível, é fantabuloso! Você vai sentar comigo não vai?! – Flora falou batendo palminhas e sorrindo.

– Essa palavra não existe seu broto burro, é claro que ela vai sentar comigo que sou uma pessoa culta e não com você – Fauna falou secamente.

– É clado que existe e ela não vai sentar com você, ao menos que ela queira ficar fedendo a esterco. – Flora ergueu uma sobrancelha para Fauna.

– Vocês duas, já chega! –Tio jack falou sério, e então soriu para mim – por mim parece ótimo, mas seus pais sabem que esta aqui não é Jenny?.

– Na verdade eu moro com minha tia, e sim ela sabe que estou aqui. - Menti, ainda não havia ligado para tia Sally avisando onde estava, na verdade eu tinha esquecido totalmente.

– Jenny é uma montanhense – Ethan falou com a boca relativamente cheia. – Ela vem do lado norte.

– Entendo, fique o quanto quiser minha querida, sei o quanto a vida nas montanhas é difícil – Tia Amy falou sorrindo docemente.

–hum... Obrigada. – Falei um pouco desconfortável, eu não era nenhuma montanhense, na verdade eu nem mesmo fazia ideia do que isso significava e pelo modo com tia Amy falou, não me pareceu algo muito legal.

Jantamos normalmente, e falamos banalidades, até  tia Amy nos mandar para a cama, e assim que tive certeza que estava sozinha em meu quarto, liguei para casa. Tia Sally ainda deveria estar no hospital, eu tinha quase certeza que ela enlouqueceria se chegasse em casa e não me encontrasse.

–"Aqui é Sally e Jenny, deixe seu recado logo após o bip e responderemos assim que pudermos" – nossa voz soou do outro lado da linha.

– Tia Sally, estou na casa de uma amiga, não posso ir para casa agora, estou resolvendo alguns problemas assim que eu puder, vou explicar tudo. Te amo. – Suspirei desligando o telefone e me jogando na cama, uma batida baixa soou do lado de fora da porta.

– Sim? – falei me sentando na cama e observando enquanto Ethan colocava a cabeça para dentro do quarto.

– Só vim ver se estava tudo bem, se precisar de alguma coisa, é só gritar por mim, vou estar aqui o mais rápido que imaginar.

– Você esta louco para que eu grite por você e noite não é?– Falei sarcasticamente.

– Na verdade não, a não ser é claro que você queira gritar meu nome a noite, posso providenciar isso se quiser – Ele sorriu sedutoramente.

– Idiota! – Joguei um dos travesseiros nele, que sorriu e fechou a porta.

– Boa noite baixinha.– Ele falou do outro lado da porta, e eu escutei seus passos ecoarem para longe.

– Boa noite seu bobo –Bufei me deitando novamente. Tudo havia mudo muito repentinamente, há algumas horas atrás eu estava indo para casa, e então, do nada tudo mudou, e por mais que eu estivesse confusa, pela primeira vez, eu me senti bem, como se aquele fosse realmente meu lugar, eu só não sabia até quando aquela sensação duraria, ou se ela era realmente real, mas naquele momento, eu queria apenas aproveita-lá.