Try Again

Noite Selvagem

Capítulo 4

- Noite Selvagem

Os raios de luz atravessavam a janela do quarto em que Sarah estava internada, apesar de tudo ser exageradamente caro, Justin não se importou em pagar o melhor atendimento a ela. Agora ele estava no sofá com uma cara emburrada olhando para Sarah, ela não mexia um dedo, sua respiração era normal e sua cabeça estava enfaixada, mas nenhum sinal da garota que estava cheia de fios em seus braços em cima da cama.

- Você estragou a minha noite Johnson. - Justin a olha com desgosto - Não entendo o porquê que eu resolvi te ajudar, mas considere essa batida na cabeça como uma vingança por matar Tom, ele era um dos principias donos do racha.

Tom não só era o segundo dono de festas como essa, ele também escolhia os seguranças de Justin, protegia a família dele, tinha os mesmos inimigos que ele, era aliado de Kevin – Um dos maiores chefes do tráfico – E principalmente, havia polícias que entravam no esquema dele para deixar tudo isso em secreto e por recompensa, eles ganhavam dez vezes mais do que o seu salário.

- Licença – A enfermeira aparece no quarto com uma fixa na mão esquerda. – O senhor é parente da moça?

- Sou – Ele mente – Me chamo Chaz, um primo distante da Carolina do Norte que veio visitar essa coisinha fofa. – Ele diz com os dentes trincados e logo põe as mãos no bolso dando um sorriso falso a enfermeira.

- Ok Sr. Chaz, preciso que preencha essa ficha com seus dados. – Ela entrega a ficha para Justin que sorri ao ver que a pobre enfermeira acreditou em seu nome. Feito isso Justin passa todos os dados de Chaz e entrega a ficha. – Obrigada Senhor. - Ela sai da sala silenciosamente.

- Que lugar é esse? – Uma voz rouca preenche o ambiente silencioso. Justin corre em sua direção e ela olha para ele confusa – Que diabos você está fazendo aqui? Eu morri? É isso? Estou pagando meus pecados e eles me mandaram você?

- Bom saber que você está viva Johnson – Ele sorri sínico – Deveria ter deixado você morrer – Ele revira os olhos e senta na poltrona ligeiramente incomodado.

- Obrigada Justin, sua delicadeza chega a doer em mim. – Ela sorri com dificuldade. – E a propósito, cadê meu celular?

- Deve ter ficado em casa. – Ele diz – Não deu tempo de pensar em celular quando sua cabeça estava sangrando muito.

- Por que não me deixou morrer? – Ela olha para ele. – Digo você deveria me deixar morrer. Eu não sou uma boa pessoa Justin.

- Se eu deixasse você morrer, eu iria ficar com esse peso na consciência pro resto da minha vida. – Ele responde e logo se encostou-se à poltrona novamente.

- Você é um fraco. – Justin olha para Sarah confuso querendo uma resposta da mesma que estava procurando mais ar para continuar a falar.

- Não entendi.

- Simples você é fraco porque matar não significa ficar com um peso na consciência pro resto da vida Justin. Matar é uma forma de aliviar sua raiva e suas frustrações. – Ela diz – Eu mataria você Justin.

- Você fala isso com uma naturalidade Sarah – Ele a observava atentamente. – Por que você é assim Sarah Johnson?

- Porque são as vozes na minha cabeça que mandam matar você Justin Bieber.

Por fim ela responde e deixa Justin calado por questão de segundos. Até ele aparecer com outras perguntas em sua cabeça fazendo Sarah sentir um leve desconforto com a sua presença ali dentro. Por mais que Justin tivesse ajudado a moça, ela ainda sim sentia vontade de vê-lo sofrer a qualquer custo. Sarah era diferente de todas as garotas, não parecia um E.T óbvio, mas suas qualidades eram diferentes. Na verdade, Sarah tinha mais defeitos do que qualidades e isso a tornava uma garota sozinha.