Jack desceu para comer e me deixou lá sozinha. Eu precisava falar com o Bryan, mas como? Não estava com o meu celular e não havia telefone no quarto.
Olhei para todos os lados a procura de algum meio para me comunicar com ele e vi o celular do Gilinsky, eu poderia usar e depois apagar o histórico. Estiquei o corpo e o peguei em cima de um pequeno criado-mudo. Eu devo ligar do celular dele? Ele poderia ser preso.
Fiquei encarando o telefone nas mãos, decidindo se deveria ou não. Posso ligar como número privado.
Disquei o número do Bryan e, no terceiro toque, ele atendeu.
- Prossiga.
- Bryan, é a Jennifer.
- Jennifer? Por que você não está ligando do seu celular? - eu bufei - Onde você está?
- No hospital.
- O que? Por que?
- Cameron me deu um tiro na perna.
- Estou mando seus colegas imediatamente. - Bryan falou.
- NÃO. - eu falei alto de mais, merda - Quer dizer... Não precisa, estou me recuperando bem, eles precisam fazer o trabalho deles. - estava protegendo Jack de novo, mas que droga. - Só liguei para avisar e para passar algumas informações.
- Pode falar.
- Eles trabalham para uma gangue que está tomando posses. Querem poder e dinheiro de pessoas importantes, e foram criados pelo chefe nesse meio. Estou a um passo de conseguir a informação mais importante dessa missão.
- Bom trabalho, agente Monteith. Sinto que você precisa de mais alguém te ajudando nessa.
- E quem poderia me ajudar, Bryan? - perguntei.
- Katherine. Ela estava sendo treinada, mas agora está pronta para sua primeira missão.
Kat, minha amiga que ficou no departamento. Ele não poderia escolher pessoa melhor.
- Ótimo, Kat deve estar preparada. - eu disse.
- Vou conversar com ela agora, tenho que desligar. Tenha uma boa recuperação. - ele disse antes de desligar.
Apaguei o histórico do celular do Jack e deixei no mesmo lugar em que o peguei.
P.O.V. Katherine
Eu estava no meu quarto no alojamento, quando escuto uma batida na porta. Que saco, nem dormir se pode mais.
- Quem é? - se for o Barton, vou dizer que morri.
- Bryan, quero falar com você.
Opa, é o chefe.
Abri a porta, o deixando entrar e esperei ele se sentar na cadeira da escrivaninha.
- Então, por qual motivo lhe devo a honra de sua visita? - falei. Sou sempre assim, brincalhonha, tenho medo de isso ser má com ele.
- Tenho uma missão para você.
CARAMBAAAAA, UMA MISSÃO, eu esperei muito tempo por isso.
- Uma missão? Ai meu Deus, me conta. - não conseguia esconder a empolgação.
Bryan me olhou como se mandasse eu ficar quieta, e logo fiquei séria.
- Era pra você achar que estou animada.
- Preciso que vá para Paris ajudar a Agente Monteith.
- Ei, vai com calma, eu não estou pronta para aqueles dois.
- Tudo bem, posso colocar a Li...
- NÃO, EU VOU, AMO LUTAR, IUPIII - o interrompi e fui arrumar as minhas malas. Lisa era a pessoa que eu mais odiava naquele departamento.
- Quero que, quando terminar, vá ao meu escritório para eu te passar as informações. - eu assenti.
(...)
Dei três batidas na porta do Bryan, logo ouvindo seu convite para eu entrar.
Sentei na cadeira de couro preta e prestei atenção em tudo o que ele me dizia, iria tirar proveito de cada uma de suas palavras. Não poderia chegar e acabar com a missão da Jenn. E nossa, que saudades dela. Ela sempre me apoiou aqui e me incentivou a ser forte. Entrar nessa missão vai ser incrível.
Bryan me explicou tudo e me contou que ela estava no hospital porque recebeu um tiro do Cameron. Nem o conheço mas já o odeio.
- E ela está bem?
- Ela não me passou muitos detalhes, por isso preciso que você a ajude.
- Tudo bem, eu aceito.
- Você irá para Paris agora.
Bryan me conduziu até o carro, me entregando a passagem e as coisas de que eu precisava.
Eu estava anciosa, era minha primeira missão. Era a lado da minha melhor amiga.
Assim que entrei no avião, me acomodei e dormi logo em seguida, precisava descansar para essa missão. Para a minha primeira missão.
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Slow Motion
Fanfiction— E se eu dissesse que gosto de você? - ele diz, me encarando com seriedade. — Eu não acreditaria, eu não acredito em nada que você fala. — Para de bancar a insensível, nós sabemos que não é bem assim. Eu ri e saquei a pistola escondida no cós do...