Will be a shame to hurt you.

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Ficamos impressionados com a quantidade de imprensa na porta do salão. Havia um tapete vermelho na entrada. Como eu e Marcos seríamos um "casal" ele pegou minha mão para entrarmos. Devo admitir que não me importei com isso.

Entramos na festa e fiquei encantada. Estava tudo organizado: mesas decoradas e iluminadas por velas em candelabros, lustres espalhados pelo teto branco e buffet impecável.

Vimos Benjamin, dono do banco, conversando com alguns caras. Eu e Marcos demos uma olhada discreta pelo salão e decidimos sentar no segundo andar, onde poderíamos observar tudo que acontecia. Peguei meu celular e olhei novamente as fotos dos bandidos. Agora só faltava encontrá-los.

Marcos resolveu pegar uma bebida e eu fiquei na mesa vendo o que acontecia lá em baixo. Um garoto de mais ou menos dezoito anos de cabelo castanho escuro e olhos cor de mel parou na minha frente.

Não pensei que seria tão fácil assim localizar o Gilinsky. Meu coração começou a bater mais rápido. Era agora, meu alvo estava bem a minha frente me olhando com um sorriso meigo.

- A senhorita está acompanhada?

- Hã... sim. Bom, meu namorado, hum, foi pegar uma bebida e...

- Seu namorado é aquele ali? - ele apontou para Marcos. Droga, aquele idiota estava conversando com uma loira oxigenada.

Mas que bela missão.

- Sim, é ele - eu disse, olhando para baixo. Ele vai me pagar.

- Então acho que posso sentar um pouco aqui, certo? Afinal, parece que ele vai demorar - disse e puxou uma cadeira.

Concordei com a cabeça e ele se sentou de frente para mim.

- Qual seu nome? - ele perguntou.

- Jennifer, e o seu?

- Jack, prazer Jennifer - ele estendeu a mão para me comprimentar.

- Prazer Jack - estendi a mão também.

- Está gostando da festa?

- Sim, é bem legal.

- É mesmo. Benjamin sabe dar uma festa. - ele não parava de me olhar

- Você o conhece?

- Mais ou menos. Nos encontramos uma vez para falar de negócios, mas não deu muito certo.

- Você me parece novo para falar de negócios - o olhei com curiosidade, tendo o olhar retribuído.

- E eu sou, mas sabe como é, a gente te que começar cedo para ter um futuro garantido.

- Sim, sei como é. Mas que negócios são esses? - e ele fez uma cara estranha, como se ficasse intrigado pela pergunta - Perdão. Sou curiosa demais, não queria me intrometer - na verdade, queria sim.

- São só algumas parcerias, nada de mais.

- No que você trabalha? - perguntei tentando ser discreta.

- Eu trabalho fechando acordos com bancos. Meu pai é quem comanda tudo, eu só ajudo - percebi pela sua voz que ele havia inventado.

E desde quando roubar arquivos confidenciais e matar pessoas é compatível com fechar acordos bancários?

- Parece ser legal.

- Sim, eu gosto.

Olhei as horas em meu celular, era 23:30 e Marcos ainda não tinha voltado.

Jack começou a falar alguma coisa, mas logo foi interrompido por, nada mais nada menos do que Cameron Dallas. Ele parecia nervoso.

- Jack, pode me acompanhar?

- Claro - ele se levantou e veio até mim.

Me levantei também. Ele me deu um beijo na bochecha e falou no meu ouvido:

- Foi um prazer conhecê-la, Jennifer. Espero vê-la mais vezes. - se afastou e desceu as escadas com Cameron, entrando em um quartinho perto dos banheiros.

Peguei meu celular e liguei para Marcos, sendo atendida no segundo toque.

- Seu imprestável, acabei de conversar com um dos caras e você nem estava aqui. Precisamos agir, agora - disse entre dentes e desliguei. Fui para a escada e Marcos me encontrou ali mesmo.

- Desculpa, me destraí.

- Foco, Marcos. Foco.

Fomos para a portinha onde eles entraram e a abrimos, dando de cara com Cameron e Jack. Eles estavam com Benjamim, sorrindo com falsidade.

- Quem diria, agente Monteith - Jack falou.

Merda. Merda. Merda.

Peguei minha pistola e joguei a bolsa em um canto.

- Uma moça tão bonita se colocando em perigo. Isso deveria ser proibido - Cameron se redigiu a mim.

- Deixa o cara em paz, ele não fez nada contra vocês.

- Não se metam no nosso trabalho e deixamos vocês irem - vi a raiva nos olhos de Jack

Eu ri, ri mesmo. Uma mistura de medo e adrenalina.

- Pena que não vai rolar - Marcos disse.

- Vocês que decidem, nós avisamos.

Jack se aproximou de mim:

- Será uma pena machucá-la.

Slow MotionOnde histórias criam vida. Descubra agora