Sai do consultório e fui para casa, não tinha paciência para andar pela rua, não tinha nada para fazer, nem via algo que me interessasse mesmo em lojas ou cafés.
Entrei em casa, fechei a porta, e olhei em volta estava exausto e sentia as pernas a tremer e só pensava: Será que aqueles barulhos voltam? Então, subi as escadas e fui para o meu quarto escrever, sento-me no grande cadeirão e bebo um copo de água ao mesmo tempo que vou escrevendo, havia muita paz e silencio então concentrei-me.
Pouco depois já estava exausto, e adormeci.
"De repente, estava eu no meio do nada, cansado de correr a gritar para me acudirem, não sei porquê mas estava maluco, parecia que não era eu, falava com pessoas, mas elas pareciam imóveis. Não estava a acreditar, aproximava-me delas para pedir ajuda, mas não resultava, só me sentia tonto, e mal conseguia ver, a visão estava turva e caí no chão."
Nesta mesma noite, acordei, estava eu com a cabeça na secretária com um livro por acabar, estava tudo igual ao que deixara, olhei em volta ofegante, e com uma dor de cabeça forte. Tudo não passou de um pesadelo. Decidi beber algo e tomar um comprimido para as dores e deitar-me e esperar que o novo dia chegasse e esquecer aquele terrível pesadelo.
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De manha, não parava de pensar naquela noite, fui para o trabalho, mas era como se não estivesse lá, estava pálido, cansado e tonto, não fazia coisa com coisa, até o meu chefe reparou e já farto das minhas parvoíces mandou-me para casa mais cedo. Concordei e lá fui eu, para o mesmo sítio do costume.
Mais uma vez vou para a minha casa, o meu refúgio, e aproveito a situação de ter ido mais cedo para acabar o livro, mas logo no preciso momento em que vou pegar em algo para fazer umas anotações, a ponta do meu lápis parte-se: Cristo! Parece uma maldição, nem para estar em casa a escrever, nem para trabalhar, nada! Não percebo.
Atirei tudo ao chão já farto de tudo quando começo a ouvir vozes e outra vez aqueles barulhos, comecei a entrar em desespero, então, resolvi sair de casa.
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Fui espairecer a cabeça, apanhar ar fresco e esquecer todo o sucessivo. Sentei-me numa esplanada a beber um café, estava tudo tão estranho, até o empregado estava com cara de caso, mas, fiquei ali como se nada fosse, pois com certeza não era comigo.
Terminei de beber o café, paguei o que devia e pus-me a caminho, passei por vários sítios, achei que me podiam animar, mas..enganei-me, logo após senti outra vez o de costume, não havia controle, já nem sabia o que fazer mais, então entrei num café e fiquei lá durante duas horas, e essas mesmas a beber para esquecer, achei que pelo menos por umas horas consegui-se dormir em paz, e assim foi , já tarde, estava completamente fora do normal, mal me conseguia mexer, e adormeci no sofá.
Logo, quando acordei já não me lembrava de nada do que tinha acontecido, mas uma coisa era certa, estava com umas dores de cabeça tão fortes que nem conseguia abrir os olhos.
Não me importei, com certeza um comprimido me fará bem e pôr-me-á novo.
Bem, como estão a ver a história está a ser escrita na primeira pessoa. Espero que estejam a gostar..
O que acham que vai acontece a seguir?=?? comentem...
-Jess