Apenas uma recaída

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Thomas Haas

A minha primeira amiga foi a Lauren Kill.
Ela parecia tão frágil, parecia que em qualquer momento ela iria se desmanchar,então eu sempre que ela chorava eu corria para abraçar-la.
Abraça-la me dava a sensação de ser forte e de poder lutar por alguém.
entanto no meu aniversário de dez anos havia apenas uma pessoa que eu queria que estivesse ali , não importava se ela fosse sem presente.Eu só queria que ela me visse crescer por que eu também fui gerado dentro dela .
um mês antes do meu aniversário , eu e Dona Maria estávamos escrevendo os convites , quando eu recebi uma ligação :
- Alô. ..
- Mamãe... meu sorriso estava de orelha a orelha.
- Filho , você está bem?está com saudades da mamãe ?
-sim, eu sinto a sua falta...Eu vou vê a mamãe em minha festa?
- sim, eu estarei ai... conversamos por um longo tempo.
Finalmente no dia do meu aniversário eu estava ansioso para vê lá ,para abraça-la ,mas ela não estava lá ,eu corri para onde ela sempre me levava quando estava triste, mas ela também não estava lá ,as lágrimas caiam sem minha permissão e a fúria crescia dentro de mim.
Lauren veio até mim,porém ela não notou o que estava se passando ,apenas queria brincar.
Nem a Lauren ,nem os meus pais notavam meus sentimentos.
- Thomas, vamos brincar?
- Não ,vá embora me deixe em paz.
- CLARO QUE EU VOU...NÃO QUERO MAIS BRINCAR COM VOCÊ.
- Pra que viver se sou um incômodo para os outros...sussurrei.
A Lauren não escutou e voltou para a festa, eu estava voltando para a festa um tempo depois, meus pensamentos não fazia sentido,eu não queria está ali,eu não queria existir.
Lembro de estar escuro,eu vejo uma luz e corro para frente dessa luz. Depois disso a minha vida mudou!
Quando abri os olhos eu estava no hospital e o meu pai estava dormindo sentado em uma cadeira.
- Pai...pai...
Meu pai acordou dando um pulo da cadeira.
- Está tudo bem, tudo bem meu filho.
eu logo voltei a dormi a nestessia da cirurgia ainda estava fazendo efeito.
Eu estava Ferido,com a perna quebrada ,mas o que mais me doía era a saudade que eu sentia da minha mãe.
Quando eu acordei meu pai se apressou em me contar a notícia.
Eu iria morar com meus avós,isso foi um choque para mim! o meu pai também quer abrir mão de mim. com tantas coisas passando pela minha mente eu não tive forças para protestar apenas abaxei a cabeça e concordei.
-Pai...
-Hum?
- Posso ligar para Lauren ,já faz tempo que não falo com ela ,ela deve estar chorando
- ok, pode ligar.
Eu estava chorando e a mãe da Lauren notou .
- Thomas ,você está bem?Você está chorando?
- Não tia, eu tô bem...apenas estou resfriado. (mentira)
-Lauren você tem uma ligação. -Disse a Mãe da Lauren
- Thomas ,Thomaaas!- Disse a Lauren com uma voz alegre
- Eu...eu vou para longe Lauren.
- pra longe onde?
-longe...nos não vamos mais nos ver. - lágrimas pingavam no lençol .
- EU NÃO QUERO MAIS TE VER ...NUNCA MAIS ...VOCÊ É MAL...VOCÊ É UM GAROTO MUITO MAL!
Ela chorava e soluçava muito, desliguei o telefone pois não suportava o desespero dela.
Assim que recebi alta meu pai me levou para a casa dos meus avós, lá eles me receberam bem e cuidaram de mim , morei com eles durante quatro anos .
Meus amigos eram os animais da fazenda do meu tio , eu me divertia com os cavalos quando chegava da escola.
Em uma tarde de sábado o meu pai chegou na casa dos meus avós .
- Thomas, essa aqui é a Lúcia e nós vamos nos casar.- meu pai falou sorrindo junto com Lúcia.
-não, não pai...Por favor não . - eu me expressava violentamente. esse foi meu primeiro ataque.
Depois disso eu tentava suicídio constantemente, se fosse para perder o meu pai para outra pessoa eu preferia morrer.
Meu pai começou a me acompanhar até meu psiquiatra, eu estava sendo observado por três meses.
Depois de tanta observação fui digniasticado com Transtorno de personalidade borderline (TPB).
três meses depois da notícia do meu problema meu pai encerrou o seu noivado e ficava sempre a meu lado quando podia .
Os surtos ao invés de melhorarem estavam cada vez pior ,o psiquiatra achou melhor me interna... a partir dos meus 14 anos e meio a clínica psiquiatra era minha segunda casa .

Sou FelizOnde histórias criam vida. Descubra agora