Com destino ao inferno!

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Passamos mais ou menos oito horas na estrada até chegar no Havaí. Eu já fiz algumas viagens mas nenhuma tão quieta quanto essa. Vendo a destruição dos rebeldes pelo caminho percebemos que realmente os rebeldes tinham invadido o mundo inteiro. Mal conseguia prestar atenção na estrada quando pensava nas garotas soltas por aí apenas com John para ajudá-las, ou será que ele tinha as abandonado? Eu não sabia, e o fato de não ter nenhum tipo de informação me incomodava muito. A única coisa que me confortava era que meus pais talvez me ajudariam a encontrá-las.
Chegando na cidade já de noite vi muita destruição. Parei o carro, Arthur estava acordando ainda meio sonolento, Jefferson continuou dormindo e eu estava super acordada. Não conseguia nem piscar.
- Você não está cansada? Não quer dormir um pouco? - me perguntou Arthur
- Não obrigado, só quero achar os meus pais querido. - eu respondi colocando a mão em seu ombro
Desci do carro, acordei Jefferson e todos nós três começamos a procurar meus pais pelas ruas destruídas.
Andamos por mais de uma hora e nem sinal deles. Encostamos um pouco para descansar e do nada um homem de capuz saiu de uma viela e me pegou. Tapando minha boca e segurando minhas mãos ele saiu me arrastando até um beco. Arthur saiu correndo atrás de mim mas o homem conseguiu ser mais rápido que ele.
Quando me dei conta já tinha apagado totalmente.
Acordei com alguém mexendo no meu rosto, meio sonolenta abri pouco os olhos e consegui ver o vulto de uma barba. Não precisei nem abrir bem os olhos para saber que era o meu pai. Pulei no colo dele como uma criança, ele abriu um sorriso e sussurrou:
- Minha princesa...
- PAI!
Vi minha mãe e Joseph no fundo da pequena sala que estávamos. Sai correndo para abraçar meu irmão e minha mãe. Os abracei forte, sem querer soltar nunca mais. Olhei dos lados e perguntei:
- Que lugar é esse?
- Hmmm... Bem... Digamos que esse é nosso lar e QG provisórios...
- QG? Lar? Que papo é esse? - eu falei estranhando
- Venha aqui querida... Precisamos conversar!
Ele pegou na minha mão e me levou até uma outra sala que estava trancada. Uma sala moderna, com computadores e rádios.
Fiquei imaginando o que seria tudo aquilo, já que estava tudo destruído.
- Uou! Isso sim é um QG! Mas afinal, o que é tudo isso? - eu falei assustada
- Querida eu espero que me entenda - ele disse trancando a porta - sei que você sabe mais que sua mãe e seu irmão
- Do que você está falando?
- Rebeldes!
- Sim, eu sei o que são os rebeldes, mas o que eles têm a ver conosco e com tudo isso?
- Querida você não está entendendo... Eu sou um rebelde
- O QUÊ????
- Exatamente isso que você ouviu - ele disse se sentando numa cadeira e ligando um dos computadores
- Meu Deus papai! Como pode esconder isso? Como pode se tornar um deles? - ele deu uma risada baixa - do que está rindo?
- Você acabou de falar como uma princesa!
Me assustei e dei um passo para trás ao analisar as minhas palavras. Realmente falei de um jeito mais requintado do que o normal, mas porque ouvir meu pai dizendo aquilo me afetou tanto? Afinal ser princesa era um boa coisa não?
- Querida, a partir de agora, precisa me ajudar - meu pai disse um pouco aflito- você se tornou importante naquele palácio, e pelo que percebi tem ajuda do príncipe também! Você é o nosso novo alvo...
- Alvo? Desde quando eu sou um alvo? Aí meus Deus está tudo tão confuso! - eu disse já chorando
Meu pai percebendo a minha angústia, colocou as mãos sobre a minha cabeça, secou minhas lágrimas, e disse:
- Querida, quando você era criança, te disse uma vez uma coisa que imagino que você talvez tenha esquecido, e agora quero repetir essa frase... Não precisa ter medo do que se vê...
- Pois os olhos podem ser fechados com apenas duas mãos! - eu completei
- Fico feliz que ainda se lembre. Querida, preciso que vá atrás daquelas garotas, precisamos mostrar ao rei que ele não manda em tudo como ele pensa.
- Se eu fizer isso, vou ver a paz de novo?
- Pode demorar um pouco, mas sim... Verá.
Tomei uma decisão naquele momento. Não tinha nenhuma resposta para as tantas perguntas que queria fazer ao meu pai sobre os rebeldes e sobre todas as outras coisas, mas aquilo não importava agora, pois poder ouvir a palavras paz de novo me trazia um conforto indescritível. Eu iria atrás daquelas garotas, eu iria mostrar ao pai de Arthur o que ele precisava ver, eu iria ajudar Terrária, eu iria mudar as coisas. Às vezes não precisamos de muitas respostas para entender o sentido de várias perguntas!

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2016 ⏰

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