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⋆ ˚。⋆୨ 𝐒𝐄𝐏𝐀𝐑𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 (𝖽𝗋55) ୧˚
𝙿𝙰𝚁𝚃𝙴 𝟷
Carlos Sainz Jr. Era um verdadeiro cavalheiro, um companheiro leal e gentil, um amante amoroso. Um homem cativante que me conquistou à primeira vista, com seus olhos cor de chocolate e seu sorriso milionário. Eu não sabia quem Carlos realmente era até me envolver profundamente com ele, até perceber que o amava tanto que não faria diferença se ele fosse um príncipe, um pescador ou um mafioso.
Conheci o Carlos na galeria de arte onde eu trabalhava em Madri; ele era charmoso, carinhoso e perfeito demais para ser verdade. Ele se esforçava para criar encontros perfeitos e demonstrar todo o carinho que tinha por mim; amar o Carlos era tão fácil quanto respirar.
Ele sempre foi muito aberto sobre seus sentimentos e planos para o futuro, mas evitava ao máximo revelar qual era sua profissão. Tentei adivinhar, afinal, não há muitas opções de emprego no mercado que justificassem uma mansão enorme e a necessidade de muitos seguranças ao seu redor, mas nunca consegui.
Demorou um ano para que ele se abrisse sobre suas atividades ilícitas comigo, talvez pressionado pelo destino com gestos sutis. Antes que eu pudesse descobrir por conta própria, Carlos se abriu. Eu o amava profundamente, mas uma mulher tem seus limites e há coisas que eu não tolero. Eu o amava infinitamente, mas pensar em todas as coisas que ele fez ou em que esteve envolvido me deixou doente. Tive que abrir mão de muitas coisas para estar com ele porque, afinal, eu o amava, e era isso que importava, certo?
"Um monstro não é um monstro quando você o ama." Essa frase nunca foi tão verdadeira. Carlos nunca foi um monstro para mim, mesmo depois de me contar todas as coisas terríveis que tinha feito. Eu ainda o amaria de qualquer maneira.
Carlos me amou por cinco anos, me amou enquanto nos conhecíamos timidamente, me amou quando tentei sair da vida dele, me amou com toda a minha bagunça quando me mudei para a casa dele, me amou no dia do nosso casamento enquanto trocávamos lágrimas, me amou durante três aniversários de casamento. Mas ele não me amou quando eu tive que amadurecer, quando percebi que na vida que vivíamos, ou você morde ou é mordido, quando percebi que manter as mãos limpas só me traria sofrimento e tristeza.
Ele começou a se distanciar gradualmente: a cama parecia longe demais, ele mantinha os abraços à distância, ficava até tarde no escritório para não dividir a cama, saía cedo de casa para não tomar café da manhã juntos. Eu não poupava esforços para mantê-lo por perto, planejava jantares para os quais ele inventava desculpas para não comparecer, tentava surpreendê-lo no escritório só para ser mandada embora. Então chegou o dia em que ele decidiu mudar de quarto. Levei um susto ao entrar no quarto que dividíamos, onde tínhamos sido tão felizes, agora vazio, sem suas roupas, sem seu travesseiro, sem seus produtos de banho.
Doeu demais vê-lo tão distante. Ele alegou que precisava de um tempo para pensar, mas não havia emoção em suas palavras. Nós dois estávamos com medo do que havia acontecido nos meses anteriores. Depois do incidente em que tentaram me machucar, eu precisava da ajuda do meu marido. Eu queria que ele me protegesse, eu precisava do apoio dele, precisava ser forte como ele e não apenas como sua esposa indefesa.
Mesmo depois de todos os meus esforços para fazê-lo me amar novamente, ele nunca mais voltou para o nosso quarto. Então a garota entrou na história. A intuição feminina é engraçada; eu sabia, no momento em que ele chegava em casa, num certo dia, que tinha encontrado outra mulher. Mesmo com todas as vezes em que tentei mudar a opinião de Carlos, usando todos os meios possíveis e me humilhando mais do que eu permitiria em qualquer outro momento, nada impediu que aquele momento chegasse.
— O que é isso? — pergunto, sem ousar tocar no envelope à minha frente.
— São os papéis do divórcio, s/n... — Carlos suspira, aparecendo pela primeira vez em muito tempo para o café da manhã. — Tentei ser o mais justo possível, mas você pode dar uma olhada e depois negociamos.
— Não vai haver negociação, Carlos! Porque não vai haver divórcio — respondo, tentando me manter firme. Este dia parecia próximo, mas algo em mim ainda se recusava a acreditar que chegaria. Algo em mim se recusava a aceitar que eu teria que me divorciar de Carlos. Era apenas uma fase, algo que acontece com qualquer casal; não precisávamos ser extremistas.
— S/n... por favor, seja racional. Não podemos prolongar isso; é a melhor saída para nós dois — ele tenta negociar.
— E eu discordo da sua opinião. Meu Deus, Carlos! Estamos falando do nosso casamento! Você nem tentou nos dar uma chance — respondo, frustrada. — Não tem mais solução, s/n... — ele murmura para mim, e isso me quebra ainda mais.
— Não vou assiná-los, Carlos — empurro o envelope para longe de mim. A aliança brilha na minha mão esquerda com o movimento, um simples toque de ironia em toda a situação.
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𝗧𝗨𝗠𝗕𝗟𝗥: @spngi
Que autora é essa engraçada? Que fica meses sem postar? 🥹 Depois de MESES sem postar, olha quem apareceu, é impressionante como eu não consigo ser constante. Todos dia nesse 6 meses eu senti vontade de postar, e hoje eu resolvi criar vergonha na cara. 😭 Sentiram saudades? Querem a continuação?