Diario da Manu - Confusões Apaixonantes .

Capítulo 7

" Faltam 82 dias, e hoje são 15 de maio, aniversário da Nathy. Ela me convidou pra sessão cinema na casa dela hoje e eu fui. O filme programado era a Saga Crepúsculo. Siiim os 5 filmes e na minha mente vinha: #saco. A história é linda... no cinema! Mas as garotas cismam em achar que vão conhecer um vampiro, vegetariano e rico! Faça-me favor néh? A Nathy diz que eu não acredito no amor... Mas como eu poderia acreditar depois da puta decepção que eu tive? O primeiro e único cara que eu me apaixonei ficou comigo só pra me sacanear, me "trollar" como dize o pessoal. O nome dele era Fernando, o Fê. Lindo, moreno com os cabelos castanhos, os olhos levemente verdes e a boca bem carnuda. A Turma inteira sabia que eu gostava dele. Até porque, eu não sou a melhor do mundo em disfarces. Então ele me fez uma proposta ridícula.E le namoraria comigo se eu mudasse de nome. Como ele mesmo disse "Não quero colocar no face que eu estaria em um relacionamento sério com Amanuitína". Eu apaixonada caí e foi por ele que fui ao cartório a primeira vez. No mesmo dia mais tarde fomos a uma festa e eu vi ele ficando com outra menina. Quando fui questionar, ele disse a seguinte frase: "Você achava mesmo que o que a gente tinha era sério?Você até que é gatinha, mas com esse nome.. Nunca que eu iria ficar sério com vc..." Saí de lá correndo e chorando horrores, e no dia seguinte eu era a maior chacota da escola...

Voltando ao aniversário da Nathy, até que gostei de ver os 5 filmes com toda a galera. O Júnior e o Rafa só sabiam zuar e eu ria muuuuuito! E foi assim meu dia. Ainda bem que o Fernando não foi, mas também acho que a Nathy nem convidou. Boa noite :)"

È Manu, desilusões, todo mundo tem. Eu tive uma recentemente. Espero que comigo ela descubra o quanto é bom se apaixonar.Porque eu descobri esse prazer com ela. Acabei desviando meu pensamento para: Como seria se eu e a Manu ficássemos juntos? Minha mãe chamou pra almoçar, limpei minha mente e fui.

Desci e como sempre minha mãe tinha posto a mesa. Ela sempre trabalhou na parte da tarde e a noite para deixar as manhãs livres pra mim. Ela nunca ganhou muito como enfermeira. Mas era só ela, eu e os salários das mil clinicas em que ela trabalhava.Meu pai nunca deu assistência e minha mãe orgulhosa como só ela nunca aceitou qualquer ajuda dele. Então desde sempre foi assim: Ela trabalha e cuida da casa, e eu estudo e trabalho. Agora com o estágio no cartório e as aulas de reforço que eu dou na faculdade o orçamento aqui em casa melhorou bastante.

- Seu pai ligou hoje - disse ela com um ar de rispidez na voz.

- O que ele queria? - pergunto bem na hora em que coloco uma garfada na boca.

- Saber de você e seu ombro.- diz ela ainda ríspida- E pare de falar com a boca cheia.

- Ah mãe, eu já cresci, você não viu isso? - respondo bem emburrado e percebo que estou parecendo um adolescente mimado.- Agora? Quase um século depois da lesão? - volto ao assunto inicial.

- Pra você ver Pipito o quanto ele é atrasado. Eu disse que você esta ótimo e que não precisa dele pra nada.

Conversamos um pouco mais sobre diversas coisas cotidianas. Falei sobre a ideia que eu estava de contratar uma diarista pra ela relaxar um pouco e ela gostou. Termino a conversa dizendo que vou subir pra procurar algumas agências de serviços domésticos, lavo a louça e subo para o meu quarto. Tiro um cochilo, acordo com o despertador e sigo minha rotina.