3 - Anabella

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A submissão não fazia parte de mim. Ela era eu. Era a única coisa que eu era. A única que eu poderia ser. Eu de fato, não era Anabella. Anabella era apenas um nome. Eu era uma submissa, isso transigia tudo na minha vida.

Eu era submissa acima de tudo. Só não era submissa acima de todos. Eu sempre estava abaixo do mestre.

Foi submissa de vários e de várias. Ao mesmo tempo, nunca fui submissa de ninguém. Eles apenas estavam me treinando, nunca puderam de fato me chamar de "sua". Nenhum deles.

Mas ser treinada por eles foi positivo, eu me tornei a melhor submissa possível para quando um mestre me quisesse. E depois de tanto tempo sendo treinada, a senhora Tanya finalmente me informou que eu tenho um mestre, um senhor, alguém para me designar e a quem eu possa obedecer com toda a minha alma.

- Ele mandou você arrumar uma mala pequena. Ele te quer hoje.

- Sim, senhora.

- Sente-se, querida. - Eu automaticamente me sentei na beirada da cama e ela sentou ao meu lado.

- Me responda, querida, há quanto tempo está aqui?

- Há cinco anos, senhora.

- E por que você está sendo treinada por todo esse tempo?

- Porque quando eu cheguei aqui, a senhora me disse que eu precisava treinar muito, para ser perfeita e agradar o meu dom.

- Exatamente. E você é perfeita, Anabella. Já foi treinada por vários dominadores e agora pertence de verdade a um. O aluguel vai ser de alguns meses, querida. Seja perfeita e se entregue a ele de corpo e alma, só não se apegue.

- Sim, senhora.

- Vou sentir sua falta, assim que entrar naquele escritório, você será dele. Então, me dê um beijo, Anabella.

- Sim, senhora. - Cheguei com meus lábios perto dos dela, para nós beijamos, me deu um longo e molhado beijo - ela sempre dominando, minha língua apenas seguia a dela.

- Muito bem, minha menina doce. Se fossem em outros tempos, eu a mandaria dar um beijo desses em minha boceta, mas você agora tem um senhor. Dê a ele beijos como esse, e tenho certeza que ele virá prolongar o seu contrato.

- Sim, Senhora.

- Agora, arrume suas coisas rápido e vá atrás de seu mestre.

(...)

Dei apenas duas batidas fracas na porta do escritório e ele mandou que eu entrasse.
Assim que entrei, me coloquei de joelhos, com a cabeça abaixada e as mãos atrás das costas, esperando por uma ordem dele.

- Venha até mim. - Senti minha boceta molhar com o tom autoritário, e me obriguei a ir composta de quatro até frente a ele, que estava sentado na poltrona.

- Linda. - Senti um afago gostoso na cabeça - Tão doce. - Acariciou a minha bochecha. - Você fala? - Assenti ainda de cabeça baixa. - Pois bem, fale comigo.

- Olá, Senhor.

- Por um momento pensei que nunca falaria comigo, doçura. Sabe que vai para a minha casa, certo?

- Sim, Senhor.

- E está feliz com isso?

- Sim, Senhor.

- Olhe para mim! - Mandou e quando olhei para cima, vi o quanto eu tinha sorte de ter um dom como ele. Lindo e que me olhava com tanto desejo que eu poderia explodir.

- Doçura, eu estou tão duro, tão sedento por você. Te desejei imediatamente assim que a vi. E quando formos para a minha casa, vou te foder tão forte, bater nessa sua bunda deliciosa porque você foi uma menina malvada.

- Me perdoe, Senhor. - Respondi apavorada por ter cometido um erro, apesar de não saber qual era.

- Seu erro foi me fazer te desejar tanto que vai me obrigar te levar para a minha casa hoje mesmo para te foder. Por ser uma menina tão deliciosa, que foi a única que eu quis. Vamos para casa agora, tenho um quarto especial te esperando lá.

A Submissa PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora