•Bad Boy• [ Matthew Espinosa Fanfiction]

Então vens ou não?

Anne Pov

Estava a cumprir a minha primeira suspensão e não podia estar a correr melhor. Não sei porque é que não me lembrei de fazer isto mais cedo.

Acordo à hora que me apetece, faço aquilo que quiser enquanto os outros estão todos na escola. É como estar doente, mas sem a parte do doente. Podia fazer isto a minha vida toda.

Sei que isto não fica bem numa candidatura à universidade, mas também não tenho vontade de ir para uma. O Ian nem deu muita importância ao assunto. Ele sabia que isto ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Só me disse que se houver outra situação igual eu fico lixada!

*
Tinha acabado de lanchar e já estava cheia de fome. Nunca mais chegava a hora do jantar.

" Não se faz nada nesta casa" gritei no meio daquela casa enorme onde só estava eu sozinha visto que todos os outros se encontravam ocupados a fazer algo fora de casa.

Estar suspensa não era mau, muito pelo contrário, mas quando não temos nada para fazer, tudo se torna aborrecido e chato.

" Se quiseres vir aqui acima, tenho em mente coisas interessantes para fazermos!" Uma voz fala do andar de cima e quando olho para lá vejo a criatura loira que mais me irrita neste mundo.

" Antes morrer virgem!!"

" Não me digas que és dessas que espera pelo casamento?" A ironia que se fazia sentir na sua voz era bastante percétivel.

" Vai - te foder meu! E o que estás aqui a fazer?"

" Eu vou, mas só se vieres comigo. E caso não te lembres eu também vivo aqui"

Para não me enervar ainda mais fui para o enorme jardim deixando - o a falar sozinho.
Sentei -me por alguns minutos e só conseguia pensar em como a minha vida tinha mudado em tão pouco tempo. A minha mãe faz -me tanta falta, mais do que alguma vez pensei.  Numa questão de dias vim viver para um mundo novo que me obrigou a andar constantemente armada e sempre a pensar na possibilidade de um dia ter que por fim à vida de alguém.
Uma pequena lágrima cai me pelo canto do olho de forma involuntária. Chorar não é comigo mas perante as circunstâncias era inevitável.

" Estás bem?"

" Sim estava só a pensar." Digo enquanto rapidamente limpo o meu rosto para nao mostrar a parte fraca.

" Eu sei que não vais muito com a minha cara mas se precisares de falar com alguém eu estou aqui." Esta simpatia toda era de desconfiar.

" Que raio de bicho te mordeu para estares assim comigo."

" Ninguém te pode dizer nada só discutes e és uma mal agradecida, vai à merda Anne."
Acabei por voltar a ficar sozinha e vi que não fui correta com o Matt ele estava a oferecer ajuda e eu tratei-o mesmo mal.

Sem pensar duas vezes meto -me a pé e volto para o interior da casa. Subo a enorme escadaria central e vou em direção ao quarto dele.

Bato uma vez à porta e não obtive resposta. Repito novamente e tudo igual. Acabo na mesma por entrar e deparo - me com ele semi nuo no meio do quarto.

" Porque raio é que entraste, eu não te disse que podias." Sei que zangado ele não estava mas com aquilo à minha frente eu nem conseguia pensar. Ele tinha um corpo completamente definido e extremamente pálido o que lhe dava ainda outro grau de beleza. Mas era mesmo daquela cara de que eu não conseguia tirar os olhos. Como é possível ser -se assim tão lindo.

" Eu s...ó queriiaa pedir te desculpa" não podia ter gaguejado mais enquanto falava mas com aquilo era impossível uma pessoa permanecer normal.

" Sei que sou bom mas não precisas de ficar assim" Convencido, tem razão, mas não deixa de ser convencido.

" Querias tu. Eu vou indo, desculpa mais uma vez." Enquanto caminho para fora do quarto, que por sinal é bem maior que o meu, sinto o meu braço a ser agarrado e todo o meu corpo a ser puxado contra o dele.

" Não vás já. Eu ia tomar um banho anda comigo." Cada pelinho do meu corpo se levantou com esta voz tão calma e serena ao ouvi -lo dizer tal coisa. Ele pensa que eu sou uma das amigas dele que é assim dada e faz tudo o que ele quer para o bom proveito dele. Vi que olhava para mim à espera de resposta e obviamente que ia ouvir um não. " Então vens ou não?"

" Sim!" Quando tomei consciência do que disse nem podia acreditar. Era suposto eu dizer que não. Eu odeio-o não posso ir assim tomar banho com ele. Que raio me passou pela cabeça.

" Anda" Levou -me em direção à casa de banho privada dele e tirou a pouca roupa que tinha ficando completamente nu à minha frente. Todo o meu ser me dizia que isto era uma má ideia.

"Se foda." Dito isto tiro toda a minha roupa e junto -me a ele na banheira, onde estávamos cobertos de espuma, nus e a encarar a cara um do outro.

" Então diz-me lá quem é a verdadeira Anne Carpenter."