Sempre arranquei cabelo às Barbies

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Na mesa nenhum som era emitido. Apenas o barulho dos talheres a baterem uns contra os outros é audível. A Dona Fifi já tinha colocado na mesa os sumos naturais, a fruta, o leite, os cereais e os pães. Não consigo perceber a necessidade de tantos produtos diferentes para o pequeno - almoço. Para mim uma maçã é o sufeciente.

Apercebi - me que o ambiente à mesa estava bastante tenso. Alguma coisa se tinha passado.

" Anne, prepara - te que hoje vais voltar à escola." Para variar, aquilo que o Ian disse não me agradou, nem um bocadinho.

"A sério? Agora que estava a pensar que nunca mais ia pegar em livros e em cadernos, tu dás -me uma notícia destas. Se queres que eu começe a gostar de ti, estás a usar a estratégia errada."

" Apenas prepara - te. Na escola já tens os livros e os materiais. O Matt vai - te levar."

" Mas..ss"

" Mas nada. Tu vais e ponto."

*

*

*

Eu estava num autêntico inferno. Só via loiras oxigenadas nos seus saltos altos de agulha a andar de um lado para o outro e rapazes a andar atrás delas como autênticos caezinhos. Cada pessoa que passava por mim e olhava para mim mostrava uma cara de nojo. Eu limitava - me a ignorar. 

" Já te podes ir embora, não preciso de guarda costas pessoal." Falo friamente para o Matt, pois estar neste lugar, está me a enervar profundamente.

" Não penses que todo o mundo gira à tua volta." Disto isto, vem ter conosco um grupo de rapazes, com bolas de futebol na mão. Todos eles cumprimentam o Matt e depois olham para mim. Já disse que odeio ser observada? Não. Então já ficam a saber que odeio que as pessoas fiquem especadas a olhar para mim.

" Muito bem Matt, parece que trouxeste produto novo."

" Produto novo o caralho. Pensas que estás a falar com quem."

Saí dali, pois não estava com cabeça para aturar uma cambada de adolescentes que pensam que tudo o que tem cu e mamas é comida.

Depois de muito procurar, encontrei a sala onde ia ter aulas e a vontade de ter aulas era infinitamente negativa. Mal entro vejo logo o Matt sentado com alguns daqueles rapazes de a um bocado. Ignoro os risos deles e sento - me em qualquer lugar distante. Se estivesse com paciência até me sentava à beira deles para lhes mostrar que não ma afeto. Mas isso fica para outro dia. 

A aula ainda ia a meio e a voz da stora de matemática estava - me a irritar profundamente. Hoje não estou mesmo nos meus dias. 

Durante as aulas senti o olhar do Matt sempre em cima de mim. Não sei porquê, mas senti.

Finalmente é hora de almoço. Preciso de me alimentar, só espero que a comida daqui seja melhor do que a da minha outra escola.

E mais uma vez estou completamente enganada. A comida é completamente intragável e acabei de achar um cabelo que tenho a certeza que não é meu.

" Desculpa querida, mas esta mesa é nossa, vais ter que sair. Já" olho para o meu lado e vejo uma rapariga que mais parece a irmã gémea da Barbie.

" Ai sim. Obriga - me." Neste momento já toda a gente estava a olhar para nós e mais olhares se voltaram quando ela mandou o meu tabuleiro pelos ares.

" Parece que já acabaste. Agora sai."

" E saio, mas não sem antes fazer isto." Pego num pequeno  bolo que ela tinha no tabuleiro dela e espeto - lhe mesmo no meio da cara dela. Todos riam e filmavam par depois colocarem em algum lado e toda a gente ficaria a saber disto.

Enquanto eu me admirava pelo meu ato, foi apanhada desprevenida e aquilo que eu tinha feito à segundos atrás acaba por me acontecer a mim.

Cabelos eram puxados, risos eram ouvidos e aquilo que se podia observar era comida pelo ar.

" Vou - te arrancar todo esse teu cabelo com pontas espigadas." Estas foram as últimas palavras que ouvi da Barbie 2, pois alguém nos separou e quando dei por mim estava num gabinete, que provavelmente seria do diretor. Bonito Anne, primeiro dia e já fizeste merda.

*

*

*

" A sério que nem um dia aguentaste? Eu sabia que isto ia acontecer mas pensava que fosse mais tarde."

" Tu é que me obrigaste a ir para aquela escola."

" Porque isso são coisas que pais normais fazem."

" Pois Ian, mas tu não és pai. Ser pai não é só fazer os filhos também é criá - los e tu nem sequer me conheces, que é diferente."

Um silêncio profundo instalou - se no carro. Hà verdades que são para ser ditas e esta é uma delas.

" Mas porque é que fizeste aaquilo? O que é que a rapriga te fez?"

" Digamos que sempre arrancava o cabelo das Barbies e agora não podia ser diferente."

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O capítulo está horrivel. Tenho composições de 1º ano que são melhores do que isto. Mas enfim.

COMENTEM E VOTEM fofuxas <3

Queria agradecer a uma leitora super fixe. Ela é demais. Não sei o nome dela no Wattpad mas vou deixar aqui o twitter dela ( @larryshupeta)

Se tiverem alguma pergunta sobre a fic, perguntem no meu twitter que eu respondo sempre    (@callmeespinosa)

Xauzinho

•Bad Boy• [ Matthew Espinosa Fanfiction]Onde histórias criam vida. Descubra agora