Depois que Victoria saiu daqui, eu fiquei sem rumo. Ela veio aqui em casa, me devorou e foi embora. Parecia um sonho, mas não foi. Só de pensar que aquilo realmente aconteceu, eu já ficava duro novamente.
Eu preciso ter essa mulher pra mim de qualquer jeito, e eu não estou falando mais no sentido de sexo, e sim no geral. Eu estava de quatro por Victoria. Desde que eu a fiz gozar em minha mão, eu não parava de pensar nela.
Vê-la tão entregue pra mim, sentir seus beijos e ouvir seu gemido, me deixou com uma inquietação que eu sabia que não era só tesão. Eu estava preparado para tê-la em meus braços. Então decidi ser um completo babaca.
Eu fiquei a semana toda ignorando minha garota, porque eu queria que ela viesse até mim. E meu amigo, ela veio. Ela veio igual um furacão, passando por cima de mim, me quebrando, me torturando. E foi ai que eu percebi que Victoria, é minha.
Assim que cheguei a seu apartamento eu a vi bebendo com um projeto de homem, fiquei cego na mesma hora e quis ir lá acabar com aquele bastardo, e falar que aquela garota que ele estava dando em cima era minha. Mas, eu precisava fazer as coisas com calma, ou eu ia afastar Victoria de mim.
Eu fiquei de longe, observando cada passo que o babaca dava. Quando eu o vi indo em direção à sala pra dançar com ela, eu precisei sair dali. Fui andando pelo corredor e entrei na primeira porta, assim que fechei a porta, eu percebi onde estava. No quarto da minha menina.
O quarto é bem a cara dela, eu acho. Tem varias fotos em uma parede, a maioria com Mia, outras dela no palco, mas tinha uma que era uma garotinha e uma mulher. Meu coração saltou por ver o sorriso da menininha na foto, era ela.
Eu me aproximo do quadro pra puxar a foto e a porta se abre, eu pulo me deitando no chão ao lado da cama. Victoria sai correndo para o banheiro e nem me vê.
É agora.
Levanto e fico de frente pra porta e espero ela abrir, assim que ela abre, meu pau acorda.
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— Primeira vez que vozê ficou bêbado?
Victoria me pergunta deitada em sua cama, enquanto eu estou sentado na ponta, estamos no escuro.
— Aos 14 anos. Eu e Matheus estávamos bebendo suco de uva no aniversário da minha avó. Minha mãe bebia vinho ao meu lado, eu troquei os copos sem perceber. Quando bebemos o vinho, achamos o gosto diferente na hora, mas agradável, então continuamos bebendo, e quando vi já estávamos bêbados dançando na varanda de cueca.
— Eu tinha 16 anos. Foi na social da Zulia. Estávamos brincando de verdade ou consequência, e em uma das vezes, eu escolhi consequência e me fizeram beber doses de vodka. Num foi nada bonito o resultado depois. Primeira paixão?
Estamos fazendo perguntas aleatórias um para o outro. Eu consegui convencer Victoria de continuar comigo no quarto e até agora o projeto de homem não veio atrás dela. Deve ter encontrado uma mulherzinha pra comer. Melhor assim, não estava afim de bater em alguém hoje.
— Nunca me apaixonei. — eu respondo e ela se senta na cama de frente pra mim.
— Nunca me apaixonei também. Primeira transa?
— Isabelle. Eu tinha 14 anos. Estávamos brincando de 7 minutos no paraíso. Aca...
— Que? — ela me interrompe gargalhando. — Sua primeira transa durou só 7 minutos?
— E se tivesse? Você esta rindo de mim, Victoria?
— Com certeza. Se com 14 anos durou apenas 7 minutos, hoje deve du...
Eu levanto imediatamente e subo na cama em cima dela pressionando seu corpo embaixo do meu. Seguro suas mãos em cima de sua cabeça.
— Termine essa frase Victoria, e mostrarei pra você o que são 7 minutos no meu paraíso.
Ela engole seco e cai na gargalhada de novo e eu acabo rindo também. Aproximo meu rosto do dela, e dou um beijo no canto de sua boca. Ela geme baixinho e sussurra.
— Benjamin...
Eu passeio meu nariz pelo seu rosto, dando beijinhos de leve até sua boca. Meu pau está exatamente em sua entrada. Eu começo a roçá-lo bem devagar ali, e ela morde o lábio. Eu passo minha língua por seu lábio inferior e a beijo.
Dessa vez meu beijo não vai como fogo, desespero, vai calmo. Eu vou saborear cada parte da sua boca atrevida. Eu solto suas mãos, e seguro seu rosto. Ela coloca suas mãos atrás do meu pescoço e brinca com meu cabelo. Eu nunca havia beijado ninguém desse jeito, sempre foi avassalador, nunca calmo e seguro. Ela afasta sua boca da minha, e eu levo meus lábios até seu pescoço.
— Benjamin... v-a-amo-s devagar. — ela sussurra com a voz rouca.
Eu paro de beijar seu pescoço e a olho nos olhos. Mesmo estando no quarto escuro, seu rosto está na direção da claridade da luz que entra pela janela.
Você é linda, Victoria.
— Tem razão. Desculpa, vamos devagar. Devagar é bom, mesmo sabendo que tudo o que eu penso é que quero te tocar em cada parte do seu corpo. Beijar-te, estar dentro de você, mas eu... posso ir devagar.
Ela se remexe em baixo de mim e da um sorriso tímido e bêbado. Meu coração dá um pulo dentro do meu peito.
— Vamos voltar a conversar, vou me comportar. — eu dou um selinho em sua boca e saio de cima dela, deitando do seu lado, imitando sua posição. Agora estamos os dois olhando para o teto.
— Primeira transa? — eu falo quebrando o silêncio.
— 17 anos. Jonas pau pequeno Monteiro. — eu dou uma risada e ela ri também. — Ele era conhecido por ser o popular da escola, ele... — ela começa a bocejar. — O coitado tinha pau pequeno, e não sabia foder. Um medo?
Eu me viro de lado e fico olhando pra ela. O que eu vou revelar agora eu nunca contei pra ninguém, eu não sei o porquê, mas eu sinto a necessidade de contar pra ela.
— Câncer. — ela se vira de lado também e me encara. Ela faz com a cabeça pra eu continuar, e eu prossigo. — Meu pai morreu de câncer no pulmão quando eu tinha 15 anos.
O olhar dela não é de pena, mas sim compaixão. Ela coloca uma mão em meu rosto e se aproxima colocando sua cabeça em meu pescoço. Eu me ajeito pra ficarmos confortável. Ela suspira.
— Minha mãe se foi quando eu tinha 8.
Eu a abraço mais forte agora desejando que ela não tivesse que passar por isso. Eu não digo que sinto muito, porque ela sabe. As vezes na vida, as palavras não tem peso algum, mas as atitudes sim.
— Um medo? — eu pergunto.
Ela demora a responder, acho que já dormiu, mas então eu sinto seu hálito quente no meu pescoço, e ouço sua voz sonolenta.
— Te amar.
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Entregando-Me
RomanceÀs vezes é preciso render-se ao amor. Victoria Cooper é atriz. Vive da seguinte frase: no boyfriend, no problem. Benjamin Dantas é ator. Vive da seguinte frase: no girlfriend, no problem. A paixão pela arte o...