Capítulo 2

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O menino mais gato da escola. Thiago era a visão perfeita para qualquer garota, alto, musculoso (não exageradamente), olhos azuis, loiro, era arrumadinho, e Alice era linda, parecendo uma boneca de porcelana, com sua pele branca, olhos cor de mel como os do seu pai, cabelo liso cacheado e castanho com uma californiana cor de mel, magra e com altura de 1,57.

Mesmo assim Thiago nem se quer ligou para ela, entrou na sorveteria e olhou a tabela em busca do que desejava.

— Eu quero um milkshake, e o sabor.... ah, quero de ovomaltine, quero um de 550ml.

Não falei nada, apenas fui preparar o pedido dele e depois que terminei o entreguei.

—  Deu 7,50 senhor. - falei meio desajeitada.

—  Eu sei! Não sou cego. Toma aí, e pode ficar com o troco. - disse ríspido e colocando o dinheiro sobre o balcão, ele virou as costas e saiu.

Fiquei com nojo dele, que garoto babaca! Coloquei o troco que era dele no pote e por fim uma garotinha entrou na sorveteria, ela me olhou e disse:

—  Oi titia, quelo um sovete de molango com cobetura de chocolati. Por favor. - disse ela sorrindo.

Eu fiquei encantada, isso me fez lembrar de como eu gostaria de ter uma irmã. Infelizmente mamãe perdeu o bebê quando eu tinha 5 anos, depois disso ela desistiu de ter outro. Me lembro dela não querer comer nada por dias, até que eu e papai insistimos tanto que ela aceitou. Depois disso ela começou a ir ao psicólogo com frequência e dentro de 6 meses ela já era uma mulher renovada, não sei o que o psicólogo disse ou fez, mas fez da minha mãe novinha em folha!

—  Tá bom linda, vou pegar seu sorvete. Só um minutinho. - sorri e fui preparar o sorvete dela, em seguida pus a cobertura e envolvi a parte da casquinha com guardanapo. Depois entreguei a ela.

— Obligada tia, aqui o dinhero. Tchau! - disse-me ela sorrindo e em seguida saindo da sorveteria.

—  De nada linda. - sorri e pus o dinheiro na caixa registradora.
Minha chefe chegou e fui liberada.
Caminhei algumas quadras e logo cheguei ao meu lar. Abri a porta e entrei.

—  Que dia! - diz Allyce para sua mãe.

—  Estou vendo que lá foi meio tenso hoje né meu bombonzinho? - responde a mãe sorrindo e abraçando-a.

—  Só um pouquinho, como é o último dia das férias e está bem quente o pessoal quer aproveitar! - diz ela cansada e retribuindo o abraço.

—  É assim mesmo filha. Mas, mudando de pau para cavaca, eu preciso conversar com você, mas agora não... depois. Vou ir ao mercado com seu pai que virá mais cedo do emprego hoje, e depois que eu chegar conversaremos. - diz meio desconcertada.

—  Papai cedo em casa? Conversar? Ih... lá vem bomba! Sou inocente e não sei de nada! E na boa mãe, pau para cavaca? Que coisa de velha! - diz rindo e indo para o quarto.

—  Olha o respeito menina, e lembre-se que um dia você também ficará velha! - diz a mãe rapidamente.

—  Sei, sei... vou tomar um banho. Não esquece que a Vic virá hoje. - fala alice gritando do quarto.

—  Iiih é! Droga! Já vi que vai render resmungação - a mãe de Alice pega as chaves e olha pela janela, observando que o marido acabara de chegar. Logo, fecha a porta e vai em direção ao seu esposo.

—  Oi meu bem - diz dando-lhe um beijo e um abraço apertado.

—  Oi minha querida! Está pronta? - diz sorrindo retribuindo o beijo e abraço.

—  Sim, vamos... - diz entrando já no carro.

—  Você não sabe da maior, esquecemos completamente da Victoria, ela vai dormir lá em casa hoje, como vou contar a ela que iremos nos mudar daqui a 3 meses? - diz ela preocupada para seu marido.

O pai e mãe de Allyce formavam um belo e jovial casal, seu pai, Gustavo, havia cabelos pretos, liso, lindos olhos cor de mel de quem Allyce herdara, branco, com uma altura de 1,71m, com a idade de 35 anos. Sua mãe, Beatriz, era extremamente bela, embora tenha tido Alice e houvesse 34 anos, ainda havia um semblante de 25 anos, era magra e sua altura era de 1,65m, morena, com lindos cabelos ondulados e castanhos, seus olhos eram castanho escuro.

—  Relaxa meu amor, você consegue. Ela vai entender. - Diz Gustavo com uma voz calma, preocupado em mostrar sua tensão, ele apenas sorri e acaricia suas mãos. Logo dando partida no carro e indo em direção ao mercado.

—  Você tem razão. Allyce sempre foi compreensível. - Diz meio aliviada e receosa.

Alguém como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora