SEGUNDO CAPÍTULO

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André despertou com o som da campainha de seu apartamento tocar. Ele olhou para o relógio digital que ficava ao lado da cama, e se informou que eram quatro horas da madrugada. Levantou-se e caminhou até a entrada quando ouviu novamente o toque da campainha. Meu Deus, tudo me diz que é a Natasha. O que terá acontecido?— pensou preocupado. André abriu a porta e Natasha, em prantos, jogou-se nos braços dele.

            — O que foi, Natasha? O que foi?

            — Acon... Aconteceu uma coisa horrível.

            Natasha se afastou de André e continuou:

            — Eles o mataram, André. Eles o mataram.

            André percebendo que a namorada estava muito perturbada, pegou na mão dela e a dirigiu até a sala acomodando-a no sofá. Após, disse:

            — Tente se acalmar, Natasha. Eu vou preparar uma água com açúcar para você.

            Depois de André preparar o que havia prometido, entregou o copo à namorada que bebeu o conteúdo rapidamente. Ele se sentou ao lado dela no sofá e disse:

            — Calma. Primeiro se acalme e depois conte o que aconteceu.

            Natasha se virou ficando de frente ao namorado e contou tudo o que havia lhe acontecido ao perseguir Gabriel Lins.

            André ficou alguns minutos em silêncio abraçado a Natasha pensando o que deveria ser feito dali por diante, quando finalmente decidiu:

            — Nós temos que ir até a polícia.

            Natasha demonstrou inquietude com o parecer do namorado e perguntou:

            — Mas e se eles me viram, André?

            — Se eles tivessem te visto, teriam...

            Natasha se mostrou um pouco aliviada com a dedução do namorado e falou em um tom mais sossegado:

            — Você tem razão. Fiquei tão nervosa que nem me dei conta disso. Mas... Se eles então não me viram, eu acho que é melhor não procurarmos a polícia.

            — Não sei, Natasha. Eu ainda acredito que é o melhor é irmos.

            — Eu sei, André. Mas é que eu já vivenciei isso de perto acontecer. Quantas notícias já publiquei de testemunhas que foram mortas após contar o que viram. Não foram poucas. É por isso que hoje eu trabalho numa revista de fofoca. Deus me livre passar por tudo aquilo de novo.

— Entendo. Mas... E quanto amanhã? O quê vai fazer?

            Natasha ficou pensativa por algum tempo e depois respondeu:

— Bem que eu precisava de um dia de folga. Mas eu não posso faltar amanhã. Tenho mil coisas para resolver no trabalho.

— Essa não foi a melhor escolha — disse meneando a cabeça.

—Não se preocupe, amor. Com o tempo esse susto vai passar. Ficarei bem.

            André se aproximou de Natasha e a abraçou.

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DEPOIS DA MEIA-NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora