Psicopata // l.s

three deaths

POV Liam

A tarde estava quente e ventava muito forte. Eu estava dentro do carro de policia esperando mais por uma ocorrência. Fiquei por mais uns 20 minutos quando o Policial Frey me ligou.

- Liam? - ele disse quase gritando.

- Estou aqui Frey, não precisa gritar - revirei os olhos.

- Só para avisar, um menor está ameaçando de matar a mãe aqui, e eu não sei o que eu faço... - Frey era um novato na policia, e eu precisava "cuidar" dele para o caso de alguma coisa dessas acontecesse.

- Já estou indo, só me diz o nome da rua.

***

Quando cheguei em casa, já estava exausto e havia prometido para minha esposa que iriamos assistir à um fime de terror, mas antes, levei Sophia para jantar em uma Hamburgueria que ela adorava.

- Amor... - ela olhou para mim, séria.

- Hum?

- Você, não... sei lá, não está exagerando demais com esse trabalho? - olhei para ela e já ia responder quando ela levantou a mão pedindo para eu não dizer nada. - Quer dizer, olha isso, todo mundo te conhece, todos pedem sua ajuda para investigar algo, ou prender o pior dos bandidos. Uma hora, eles podem se vingar... E o que a gente pode fazer? Colocar mais arame farpado em casa? Mudar pela terceira vez esse ano? Amor... - ela olhou para mim de novo, com os olhos vermelhos - Eu só não aguento mais fugir de algo que eu não conheço.

- Sophia, estamos seguros, é só questão de tempo, tudo vai voltar ao normal - eu me sentia culpado, mas o que poderia fazer? Esse era o meu trabalho, e eu amava ele.

***

Eu estava no banheiro fazendo a barba, e a Sophia ficou lá na sala, me esperando para ver o filme com ela. Eu disse que já iria ir, mas ela falou que não queria ficar sozinha. Sophia dizia que alguém estava de perseguindo, mas o que dizer? Isso poderia ser mais uma coisa para eu me sentir culpado e largar meu emprego, que era o único jeito de nos sustentarmos. Ela me pedia para procurar um melhor, mas eu sempre negava, dizendo que é única coisa que vou fazer a minha vida inteira.

Ouvi uns gritos, mas não me preocupei, afinal ela estava vendo filme de terror, que estava bastante alto por sinal.

- Amor!? - chamei. - Tudo bem ai? - nenhuma resposta. - Amooor??? - nenhuma resposta.

Fui até a sala preocupado com ela. Mesmo brigando as vezes, Sophia continua sendo minha esposa. Cheguei até a sala e a vi sentada no sofá vendo televisão, cheguei atrás do sofá para assustá-la.

- Buuuuu! - disse e mexi no ombro dela. Foi então que sua cabeça caiu, como se fosse a coisa mais redonda do mundo. A cabeça rolou até a parede, eu não conseguia me mexer.

- Puta merda - comecei a chorar e não lembro de mais nada do que havia acontecido, nem quem me socorreu, só lembro de acordar em cima de uma maca, chamando por Sophia. Prometi a todos os deuses que se ela voltasse, largava esse emprego para sempre e viveríamos em qualquer lugar que ela quisesse, mas nada aconteceu, só a minha sede por vingança que passou a inundar meu corpo trêmulo.