Fúria vermelha

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O sol adentra em seu quarto pela janela, o despertador toca, solta um bocejo e com dificuldade abre os olhos. Levanta da cama pondo seus pés no chão friu, olha em seu calendario e vê o número 4 de janeiro marcado como começo das aulas. Um grande sorriso se abre em seu rosto, e rápidamente corre para o banheiro pra tomar um banho e se arrumar. Pega sua bolça com seu material escolar e seu casaco, desce correndo as escadas e em seu armario pega um biscoito treloso e sai comendo ele.
Quase chegando na parada onde pega o ônibus escolar vê o último aluno entrar nele, e então corre na tentativa de não perder seu primeiro dia de aula. Não consegue alcança-lo, mesmo assim continua correndo, talvez consiga chegar a tempo.
Chega no colegio e continua correndo procurando o terceiro ano, chega na sala 3°B Proucura seu nome na lista ao lado e não ver se nome nela, corre a procua de outro e encontra o 3°E e seu nome também não esta lá, corre e acha o 3°C, e finalmente é a certa. Ao entrar ver que o professor já esta lá, pede licença para entrar, todos olham a atrasada e logo em seguida para o professor que também a olha.

-Ahh você veio; Hinata Hayato! Risadas abafadas se espalham. Entre e procure um canto vago para se sentar.

Com o rosto corado vou em direção de uma vaga na terceira fila na quinta carteira. Olhos curiosos me acompanham até meu trageto, sento e me agacho um pouco por estar com mais vergonha do que nunca. O primeiro tempo acaba e o professor nos libera para o intervalo, na área de recreação corro em direção para onde todos estão brincando.

-Posso brincar com vocês? Pergunta com alegria para algumas garotas que brincavam de boneca.

-Claro que não, minha mãe disse para eu nunca brincar com você! Com inguinorancia diz uma delas e as outras concordam. Seus olhos se enchem de lágrimas enquanto vê as meninas, com quem tentou fazer amizade irem embora e ao ver todos a sua volta se afastarem.
À espera do professor na sala de aula, cuchichos e risadas vem lá de trás logo em seguidas uma bolinha de papel é jogada, que ao colidir em sua cabeça cai no chão. Ela a pega e abre com curiosidade.

-Esquisitona, vá embora daqui! Lê em seu pensamento e esculta várias risadas, o professor entra na sala e senta-se em sua mesa, naturalmente ela se levanta e vai em direção dele. Os risos seçam em imediato, ao se apriximar do professor faz um disviu para o lado e joga o papel no cesto de lixo. Ao voltar para seu canto encara os rostos sérios. O sinal de retirada toca e ela guarda seus materiais para ir embora, chega perto de seu ônibus e repara lá de fora todos lá dendro, parada olhando toda aquela bagunça dicide voltar pra casa a pé, caso o contrario seria envergonhada novamente.
O dia amanhece com o tempo chuvoso, levanta sem animação nenhuma, esta desanimada por saber que exatamente nada mudou. Vai para cozinha e enche uma tigela de sereais e mistura com leite, chaqualha a caixa de leite e sente que ficou pouco, então toma direto na boca. Depois de comer a refeição se agazalha e vai ao parque, fica observando pais brincando com seus filhos e fazendo suas vontades, mimando-os. Imagina como seria sua vida com seus pais para ajuda-lá, para protege-lá e como seria ter o conforto de pai e mãe em sua casa.

-O que faz aqui estranha? Pergunta um garoto acompanhado de mais dois, tirando-a de seus pensamentos. Começam a rir com o que seu amigo fala, todos aparentavam ter aproximadamente 11 anos.

-Pelo o que eu sei o parque é publico! Fala séria.

-Não pra gente como você! Riem de novo. Sem cabeça para discutir sai de perto dos valentões. -Ei aonde pensa que vai, ainda não acabamos. Sem olhar pra trás começo a correr e eles vão atrás. Chego em uma floresta, penso ter despistado, paro pra descansar, me apoio em uma árvore, esculto suas vozes e começo a correr novamente.

-Ali esta ela! Um deles grita, olho em sua direção, tropeço e caio ladeira a baixo, fico caida no chão com vários cortes espalhados no corpo. Chegam até mim, sem folego o maior deles fala.

-Você corre muito rápido para quem tem pernas curtas, mas não aceite isso como um elogio.

Me levanto e recuo mais um deles me empurra por trás então os outros entram na brincadeira, e eu era a bola!

-Parem com isso, parem! Gritava entre lágrimas e soluços.

-Por que parar agora? Estamos nos divertindo, sua chorona! Cairam na gargalhada, um deles me deixa cair. -Ora ora, mas que colar bonito. Se agacha e o arranca de meu pescoço. -Ele fica bem melhor em mim!

-Esse colar era de minha mãe, por favor devolva é a única lembraça que tenho dela! Susurro.

-Agora ele é meu! Fecho os olhos, sinto algo queimar dentro de mim, Meus cabelos muda de louro dourado para vermelho sangue, começando da raiz até as pontas. Seguro seu braço fortemente e me levanto junto a ele, quando abro os olhos seus companheiros eles saem correndo, eles estavam parecidos com olhos de gato só que vermelhos, meus cortes soltaram uma leve fomaça e em seguida se regeneraram.

-Nunca mais vou deixar ninguém me humilhar desse jeito! Digo enquanto tomo o colar de sua mão, aperto bem forte seu braço até ele gritar.

-Ahhhhhh..... Pare, pare por favor, eu prometo que nunca mais irei mexer com você! Solto seu braço e ele sai correndo desesperadamente.

-FÚRIA VERMELHA! FÚRIA VERMELHA! Grita. Meu cabelo volta ao normal, minha visão fica turva, então desabo e perco a consiencia.

Lótos vermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora