Caçadora das Trevas a Escolha (CONCLUÍDO)#Wattys2017

CAPÍTULO 16 - CONHECENDO LÚCIFER parte 2

ALEXIA

Apurando os olhos eu fiquei impressionada com o lugar, duas luas uma grande e outra menor pairavam sobre o céu estrelado, mas com uma constelação irreconhecível para mim, nunca havia visto tantas estrelas brilhantes e em posições tão diferente da Terra. Olhei ao redor e parecia uma belíssima floresta com eucaliptos enormes, continuamos a andar e deparamos com uma clareira enorme com um gramado rasteiro mais muito bem cuidado, continuamos a andar e em seguida um maravilhoso campo coberto de flores silvestres e logo a frente um palácio enorme imponente, murado de fora a fora com detalhes somente vistos em castelos reais da Inglaterra ou equivalente.

- Onde estamos? _ Perguntei confusa.

- Estamos no mundo infernal garota. _ Respondeu Beliel

- Deve haver algum engano, achei que esse mundo deveria ser um inferno, com fogo e pessoas gritando em agonia. Sabe?! É básico que todo o inferno para ter esse nome precisar ser um... _ Parei sem saber qual palavra usar e Azazel completou rindo.

- Inferno!

- Sim! _Respondi um pouco tonta coma a revelação.

Entramos no castelo com toda sua pompa e gloria, parecia tão grande e desnecessário um lugar como aquele. Segui entrando em uma sala enorme de piso amadeirado e brilhante, havia candelabros por todos os lados, a decoração era uma mistura do século 15 e do século 21 como um complemento. Continuamos a andar e entrar em uma antessala após a outra até chegar a uma porta enorme e aparentemente pesada toda feita de madeira pura esculpida, como as igrejas barrocas. Azazel abril um lado da porta e disse para eu entrar que Lúcifer estava a minha espera. Meu peito saltava da minha boca, estava com um misto de medo, surpresa e antecipação, afinal eu nunca tinha visto lúcifer em pessoa, apenas ouvia dizer que tem uma beleza fora do comum. A sala na verdade era uma enorme biblioteca com livros de todos os tipos, enormes estantes uma após outra e após outra. Viajei na visão da grandeza daquele lugar, balaústres gigantescos nas estantes de livros e o piso era também de madeira esculpidos a mão. Candelabros com velas enormes, mas no teto em gesso, iluminação mais arrojada, mais atual. Continuei andando e me deparei com uma enorme mesa com 12 ou mais cadeiras e ao lado uma mesa menor.

Foi quando fui me aproximando que eu o vi, com uma beleza exuberante, mais impressionante do que eu pude imaginar, quando diziam que ele era o mais belo dos anjos, não fazia ideia da real proporção desta afirmação, eu estava de frente com um ser mais que perfeito da criação. Pedi o folego quando ele olhou dentro dos meus olhos, fui tomada por uma luz que cegou meus olhos e preencheu toda a enorme biblioteca de forma tão explosiva que meu peito batia de encontro as minhas costelas, era como estar na presença do próprio sol, ardendo não só minha pele, mas minha alma. Por Deus! O que era aquele homem, anjo, entidade, ser?! Não havia explicação para tamanha luminosidade provinda de uma pessoa como ele.

A luz diminuiu sua intensidade e pude seguir cada parte daquele anjo, seu rosto era quadrado assimétrico em perfeita harmonia, poderia dizer milimetricamente proporcional e perfeito, seus cabelos negros e brilhosos, pareciam sedosos e com certeza convidativos, estava a altura dos olhos a parte da frente e atrás cobria a nuca, o olhos com um anel de um azul escuro em volta e no centro onde a pupila deveria ser negra era de um azul marinho, mas o preenchimento entre o anel e a pupila era de um azul quase branco, seus olhos não eram nada humanos, parecia provir de uma criatura mística ou algo do tipo, nunca em toda a minha vida pude presenciar alguém com olhos tão expressivos e luminosos quanto dele. Prossegui em minha incursão aquela criatura extraordinária digna de contos de fadas ou filmes de magia ou seres meticulosamente perfeitos. O nome Arcanjo tomou outro sentindo ao olhar aquele que deveria ser o senhor das trevas e não da luz como eu estava presenciando. Continuei a vislumbrar aquele rosto, desci dos olhos para boca, vermelha e desenhada tão perfeitamente que nunca imaginei ser possível tantos detalhes em perfeição numa única boca. Engoli em seco tentando compreender essa "Visão", pois aquele anjo era exatamente isso uma "visão", uma miragem.