Parte Três

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Ao voltar pra casa naquele dia, percebera a besteira que fiz de ter permitido ele se casar com outra. Quem estávamos querendo enganar? Mas agora não tinha mais jeito, e mais uma vez uma ação que fiz onde quem iria ter que limpar a bagunça seria eu. Empurrei tudo pra debaixo do tapete quando ele apareceu uma semana depois na minha casa falando que não vivia sem mim.

E mais uma vez voltamos a ficar juntos. Mas ele, em nenhum momento, tocou no assunto em pedir o divórcio ou algo assim, e eu também nada comentei.

E agora eu tinha que dividi-lo com uma terceira. E gostaria de saber o que se passa pela sua cabeça em perceber que nem freqüentar mais sua casa eu faço. Não tenho coragem de olhar para sua cara depois de tudo que eu fiz.

Sabia que não era certo o que eu fazia, e por várias vezes tentei e mandei ele ir embora da minha vida, mas era difícil. Eu o amava. E disso eu tinha certeza.

O lado ruim de está nesse relacionamento era o vazio que sentia todos os dias. Nunca me sentia completa em nada.

Não sei quanto tempo fiquei ali olhando o nada. Mas a escuridão havia invadido aquela madrugada. Era a hora mais escura do dia, a hora do mais silêncio. Acabei despertando ao sentir meu celular vibrando, ao olhar a tela, vi seu nome. Abri a mensagem: “Vou te buscar amanha às 8 da noite, vamos jantar juntos.” Respondi com apenas um ok.

Cansada de ficar acordada naquele dia, apenas acompanhada com a nostalgia, resolvi ir pra cama. E assim que fechei os seus olhos, rezei para não sonhar com ele.

Obviamente meu desejo não foi aceito.

VazioOnde histórias criam vida. Descubra agora