#1 - PILOT

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Capitulo 1. - PILOT



Dizem que tudo que existe e que é bom é obra de Deus e que aquilo ou quem é ruim está possuido por um demônio. Na verdade, creio eu, que se alguém é ruim é por livre e espontânea vontade, não precisa estar possuido para querer arrancar a cabeça da sua inimiga da escola.



Diz a Biblia que Deus criou todas as coisas vivas do céu e da terra, isso era verdade, até agora...

HOSPITAL DE CRISTOFF



Nos corredores cheio e avoraçados do hospital, a Vadia e sua assistente conversavam sobre minha mãe que estava prestes a dar a luz a mim.



- Dr. Katy, a mulher de quem se referia ontem está em trabalho de parto!

- Ótimo, faça o parto. Estarei no laboratório com outra paciente gestante. - A Dr. Falou. - Sabe o que fazer.



A Enfermeira assentiu e entrou na sala de parto.



- Este hospital esta cada vez mais insolente! - Katy comentou em um sussurro.



A Vadia da Dr foi para seu laboratório fazer mais uma mãe e seu bebê vitimas de sua experiência de merda enquanto na sala de parto minha mãe gritava de dor.



- Contrações frequentes, o bebê já vai sair!

- Droga, essas lâmpadas continuam com problemas! - Reclamou outro enfermeiro referindo-se às lâmpadas que piscavam sem parar durante alguns partos.



A mulher ali deitada esperneava de dor. "Força querida, não vai demorar!" dizia a enfermeira para lhe acalmar.



Relatos disseram que um curto-cirquito aconteceu e todos na sala adormeceram, menos eu. Eu me lembro, eu me lembro de empurrar algo com aqueles pequenos pés e forçar a cabeça por um espaço onde eu sabia que seria por onde eu deveria sair. E sai, sozinha e berrando alto, muito alto. Lembro de olhar para a mulher que me abrigou em seu útero e de agradecer por ter dito tantas vezes que me amava, eu queria retribuir com palavras mas, infelizmente alí naquele parto ela faleceu.



16 ANOS DEPOIS



Sara, meu nome é Sara que também era o nome de minha mãe. Papai diz que quando me olha vê ela em mim pois sou a "réplica" dela.



- Sara, vai se atrasar para a escola! - Disse meu pai.

- Ah, relaxa. - Falei. - Chego lá rapidinho. - E pisquei.

- Garota...

- Fica sussa, Coroa. - Falei e sai.



Eu levava 15 minutos de casa à escola com um Skat de 200 Doláres. Nunca fui uma garota exatamente normal, sempre me achei diferente das outras garotas, elas gostavam de maquiagem e de correr atras dos garotos mas eu sou mais criativa, eu gosto é de voar.



Não sei como e nem o porque, não sou uma super-herói e nem alienigena mas eu não vivo somente na gravidade da terra. Apenas um impulso no chão e lá vou eu pelo céu. Quando estou lá em cima esqueço de tudo, o vento batendo em meu rosto dando a senssação de liberdade, mas pelo céu o meu único trajeto é menor. Sempre desco atras da escola onde ninguém possa presenciar uma garota aparentemente comum pousando do céu como se fosse um pássaro. Bem, dessa vez não dei sorte. Havia uma garota a qual não percebi a presença lá de cima, a expressão facial dela era "Nível 100 de 'QUE PORRA É ESSA?' ".



- Você... Meu Deus. - Ela falou.


Ninguém pode saber disso, serei a aberração do mundo. Ela tem que guardar segredo ou praticarei o pior do ser humano, cometer um assassinato.

MUTANTESOnde histórias criam vida. Descubra agora