Sábado, 0:30 AM.
"Vira! Vira! Vira!" As pessoas a minha volta pareciam desesperados para eu virar aquela garrafa em minha boca, então foi isso o que eu fiz.
"Uhuuuul" Todos gritaram feito loucos e se espalharam pela casa de fraternidade.
Mas uma vez eu me arrependi de ter bebido tanto. Como sempre.
Fui até a cozinha e peguei um copo de água, e bebi.
"Ta bem?" Wem perguntou e eu assenti com a cabeça.
"Só preciso de um pouco de ar." Falei e ele me deixou só na cozinha, peguei um isqueiro que estava em cima do balcão e fui para fora.
Me sentei no chão do jardim.
Peguei um cigarro em meu bolso, coloquei entre meus lábios e acendi, guardei o isqueiro e o maço em meu bolso.
Posso dizer que já tive experiências com drogas mais pesadas, muito mais pesadas, mas as tais não foram de o todo boas, então eu apenas fumo de vez enquanto, mas cigarro e uma coisa que não me falta.
Me levantei dalí e andei por um lado e por outro, tirei uma mecha de cabelo do meu rosto e coloquei atrás de minha orelha, pus uma mão em minha cintura e a outra eu usava para tirar e colocar o veneno que havia em meus labios.
Andei mais um pouco pelo jardim e vi Zayn encostado em uma árvore a fumar também.
Não tentei segurar o sorriso que cresceu em meus lábios e me encostei em uma parede na sua frente.
Ele continuou fumando.
"Você havia me dito que não fumava na frente de damas" As palavras saiam de minha boca juntamente com a fumaça que me corroia por dentro (não totalmente), é relaxante.
"É não fumo, mas damas não fazem o que você faz."
"Damas querem fazer o que eu faço" Sorri para ele e devolvi o cigarro para os meus lábios.
"Beber que nem loucas?"
"Sim, damas tem problemas, são perfeitinhas demais, vivem em um cubo social do qual não podem sair" Falei com o cigarro entre os dentes e dei de ombros.
"É"
"Claro que é, ué."
"É o que?"
"É o que deve ser." Sorri.
"É o que deve ser?"
"O que deve ser, será."
"É o que será?"
"Só o tempo dirá." O seu cigarro acabou e ele jogou na grama, e eu fiz o mesmo, mas meu cigarro ainda estava na metade.
"Foi bom conversar com você, como sempre." Ele deu um sorriso de lado e eu quase deslizei na parede com tanta perfeição.
"O prazer foi meu."Declarei e ele se levantou e passou por mim.
"Não vai me dar seu número?" Perguntei alto e ele riu, mas apenas desapareceu no escuro que tinha ali.
Abaixei a cabeça e mais uma vez a mecha do meu cabelo caiu em meu rosto e eu a coloquei para trás, e sorri de lado, gostei dele.
Logo eu estava morrendo de rir, como se eu podesse gostar de alguém realmente, não depois do que aconteceu.
Domingo, 12:34 AM.
Acordei com um fecho de sol iluminando minha cara e me incomodando.