Capítulo 7

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[ Amor não é àquilo que queremos sentir; e sim, àquilo que sentimos sem querer... ]

Narração de Jean Clark

- Sente- se - Ordenei

Ela se sentou na cadeira de frente a mim, eu não conseguia parar de olha-la. Era incrível como ela se parecia tanto com minha pequena...

- Como se chama? - Perguntei

- Isabella Collin - Seu tom era tão doce e suave...

- Quantos anos tem?

- Dezoito - Um ano mais velha à minha pequena...

- Trabalha em que setor?

- Criação - Respondeu novamente mas nunca olhando nos meus olhos.

- Hm... Onde você mora? - Eu simplesmente não conseguia parar de olhar para ela.

- City of Westminster

- Hm... Casa ou apartamento?

- Compartilho uma casa com uma amiga. - Me respondeu

- Olhe para mim. - Meu tom era firme e aos poucos seus olhos encontraram com os meus, azul com azul. Tentei decifrar seus olhos, mas isso era algo que eu não conseguia fazer neste momento, posso até dizer que transmitiam medo.

Eu precisava te-la, precisava senti-la, por uma noite talvez, mas para o bem do meu ego, eu precisava te-la. Antes que eu conseguisse formular algo coerente, as palavras sairam de minha boca:

- Você aceitaria ser minha submissa? - Ela voltou a abaixar os olhos, e um silêncio irritante tomou conta do meu escritório, esperei por mais alguns instantes, mas não consegui me segurar - Você ouviu oque eu disse? - Falei firme

- Oque é uma submissa? - Ela me perguntou. Oh! Ela não sabia o que era uma submissa. Seu rosto aparentava inocência, mas não sabia que era tanta. Eu poderia explica-la, mas me sentia incapaz, sua inocência me deixou desarmado! Oque essa garota está fazendo comigo, quando eu poderia imaginar que Jean Clark, ficaria sem reação perante a inocência de uma garota.

- Saia - Ordenei, se ela não saísse da minha sala, provavelmente ela sairia machucada depois.

- Desculpe Senhor... - Quando ouvi sua voz doce não me controlei.

- SAIA PORRA !!!! - Gritei,
ela pulou assustada de sua cadeira e não olhou para mim uma última vez, simplesmente se levantou e saiu.

Merda! Mil vezes merda!

Sua inocência me deixou frustrado, depois de quase doze anos, algo me deixou encantado. A inocência dessa garota.

Continuei meu trabalho, mas não conseguia me concentrar em nada, os olhos dela vinham à minha mente, seu rosto angelical e Inocente , seus cabelos loiros! Droga! Peguei um vaso que estava em uma mesinha e atirei com tudo contra a porta.

Peguei um copo de uísque e liguei para uma de minhas garotas.

- Oi benzinho! - Seu tom era meloso que me dava vontade de vomitar, mas eu precisava descontar oque eu sentia em alguém, e ela assinou um contrato me permitindo fazer oque bem entender dela.

- Preciso de você - Falei seco

- No seu flete?

- Não, na casa da mãe joana - Ironizei

- Calma docinho, você pode esperar? Estou meio ocupada agora

- Não. Eu te pago uma quantia muito boa para voce me fazer esperar. Quero você em vinte minutos no meu flete- Falei e desliguei.

InocenteOnde histórias criam vida. Descubra agora