Uma Nova Luta

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Já se passou um tempo desde o último ocorrido, e rolou muita coisa desde então... A verdade é que aceitei o amor próprio dentro de mim e resolvi colocar em prática. Eu estava esperando (e querendo) passar um bom tempo sozinha, dar férias pro meu pobre coração. Até passei um tempo sem falar com aquele menino, e ele veio falar comigo, e eu descobri que ele terminou com ela, e tipo, durou pouco tempo eles dois. Eu até que fiquei feliz né hehehe, nem precisei fazer macumba (brincadeirinha).

O fato é que agora estou em outra fase da minha vida, que na verdade começou bem antes do que eu esperava. Encontrei um cara, não vão falar o nome dele, então vou me referir a ele com H. Bem, o H. e eu nos conhecemos numa sessão de fotos para um desfile que ia ter num baile, e eu fui chamada e ele também, entre outros meninos e meninas. Quando eu cheguei na sala onde estava ocorrendo o ensaio, ele estava lá, parado, todo de branco, lindo, aquele rosto, aqueles olhos, aquele jeito. (MDS!!!) Foco. Isa. Foco. Eu meio que fiquei paquerando ele e torcendo para que eu tirasse foto com ele. E quando eu terminei de tirar minhas fotos, adivinha com quem eu tirei depois? Hahaha, ele mesmo. Aquele garoto sem nome, no qual eu estava fissurada. Nós batemos algumas fotos e ficaram lindas. Depois, a outra vez que nos vimos, foi no baile em que a gente desfilou, depois do desfile, eu passei o baile todo paquerando aquele menino e ele não parava de flertar comigo, OMG! Mas eu não tive coragem de ir falar com ele, e nem ele comigo. Na volta pra casa, fiquei me lamentando a noite inteira por não ter ido falar com ele, e fiquei frustrada por temer que eu nunca mais fosse ver ele.

Mas aí, ele me enviou uma solicitação de amizade e eu aceitei, depois conversávamos todas as noites por mensagem, e confesso que não esperava que ele gostasse de mim. Tipo, nunca achei que ele fosse reparar em mim slá. Só sei que depois de muita conversa, eu aceitei ficar com ele, tipo juntos, sabe? E toda aquela minha história de ficar só por um tempo, e de dar férias pro meu coração foi por água abaixo. Mas era uma questão de pegar ou largar, eu sabia que se eu não aceitasse talvez deixaria passar a oportunidade, já que tinha várias garotas afim dele, e por acaso ele me escolheu e eu não iria desperdiçar isso. Então aceitei. Marcamos dele vim aqui em casa, e ele veio no final de semana, mas não nos beijamos. E depois ele veio de novo. Só que dessa vez foi diferente, tipo, a gente tava comendo pastel, daí de repente eu avisto aquela pessoa, olho e olho de novo, não pode ser, não agora! Daí a pessoa me olha e dá um sorriso magnífico, aquele sorriso pelo qual eu tinha me apaixonado e sofrido por 1 ano e 4 meses. Vamos chamar o dono desse sorriso de E. O E., meu primeiro e grande amor, o amor que eu nunca vou esquecer. Sabe aquele amor que demora a sair do coração, e talvez a gente nunca supere? Pois é. Se bem que eu superei. Demorei, mas superei. Só que o primeiro amor a gente nunca esquece né? E ele continua mais lindo a cada dia.

Pedi licença e me levantei da mesa, fui falar com o E., que me deu um sorriso largo (e por sinal, maravilhoso) , um abraço e um beijo na bochecha. Foi rápido o nosso encontro, mas foi o suficiente para me fazer pensar naquele sorriso a noite intera. Depois do nosso breve encontro, voltei a mesa. Depois fui deixar o H. na parada, e de novo não ficamos.

Não sei o que é isso, mas apesar de todos os defeitos do H. eu gosto muito dele. Ah, e eu já falei que ele é tipo, meio que um CPA (Ciumento.Possessivo.Amenizado) Pois é, ele é bem ciumento e desde que começamos, já tivemos várias discussões por causa disso. Ele tem muito ciúmes dos meus amigos, que na maioria são homens, tipo normal, eu sei. Mas veio passando dos limites de um tempo pra cá. Ele já se meteu em várias confusões por minha causa. Ninguém pode nem me chamar de feia, mesmo que por brincadeira, e eu e meus amigos, temos uma amizade muito louca. Ele já brigou com meu melhor amigo, o Euds, brigou com 2 dos meus ex's o J. e o V., e tem muito ciúmes das minhas amizades. Tirando o fato de que ele nem faz tanto o meu tipo assim... Quer dizer, é legal que ele jogue basquete, vôlei, surfe, tenha vários skates, uma moto, more praticamente sozinho, seja bonito, tem um corpo lindo, cabelo, sorriso... Foco. Isa. Foco.Mas enfim, ele é meio que muito sentimental e um pouco imaturo pra mim. Ele tem 15/16, mas mentalidade de 12(pelo menos em questão de relacionamentos) Tipo, beleza que eu tenha só 13/14 anos, mas eu sei me dar muito bem com situações e não levo as coisas muito ao pé da letra. Enfim, digamos que eu tenho maturidade. Sou uma pessoa bem extrovertida, e brinco muito. Mas sei ser madura quando é preciso. Maturidade não é questão de idade, aprendi isso com o meu professor de História e Geografia, que por sinal é lindo e dá excelentes aulas. Ele disse uma coisa que eu já sabia, mas falou melhor e deixou tudo mais claro. Idade não define maturidade, existem pessoas de 20 com mentalidade de 12 e existem pessoas de 12 com mentalidade de vinte. Tudo depende de como você enxerga a vida e as coisas ao seu redor. De como você lhe dar com situações que muitas vezes nos é exigido maturidade que na maioria das vezes ainda não temos. A vida é assim. Eu tive que ter maturidade muito cedo. Mas nem por isso deixei de ser criança. Tive relacionamentos muito cedo, e não aconselho isso pra ninguém, porque só antecipa a dor das decepções amorosas. Mas eu soube lhe dar com tudo isso depois, e isso me fez crescer.

O H. também já passou por muita coisa, os pais deles se separam e ele teve que ter uma responsabilidade muito novo, cuidar dos irmãos sozinho, da casa, e ele foi morar com a mãe no Rio de Janeiro e voltou esse ano pra Fortaleza. Só que o pai dele, não dá muita atenção pra ele,só quer saber da mulher dele e tal. Tipo, na minha opinião o H. já tem que lidar com muita coisa muito novo, e slá, acho que ele já deveria ter mais maturidade com certas coisas. Mas talvez ele só precise enxergar tudo de outra forma. Temos que aprender a tirar vantagem até de coisas ruins que nos acontecem. As vezes gosto de pensar que a vida é como se fosse um jogo, mas real, como se fosse aqueles jogos apocalípticos, em que não podemos confiar em ninguém e que temos que lutar por suprimentos, e pela nossa vida. E que temos que tomar decisões drásticas muitas das vezes. As vezes penso que sou um personagem desse jogo, e preciso lutar para sobreviver, e preciso tirar vantagem de tudo, e aprender com tudo. Preciso aprender a lutar e a utilizar armas de fogo, e que alguma vez vou precisar atirar em alguém, e que muitas vezes vou estar sozinha e vou precisar aprender a cuidar dos meus ferimentos e fazer curativos e me virar do jeito que posso. E pra falar a verdade, é bem assim mesmo. Tenho pena, dessas pessoas inocentes, que muitas vezes já enfrentaram dificuldades, já superaram e não percebem. Pessoas que vivem uma fantasia, não sei explicar... Acho que temos que ser mais realistas com as coisas e olhar o mundo com outros olhos, e enxergar como são as coisas de verdade. Sonhar não faz mal, mas precisamos muitas vezes manter os pés no chão, e saber a hora que precisamos decolar. Precisamos saber nos dar com situações de emergência. O mundo não liga se você vai sofrer ou não. O mundo não liga pras nossas lágrimas. O mundo é egoísta, e só pensa no bem próprio. E as vezes temos que ser um pouco egoístas também. Não me entenda mal, é que se não pensarmos em nós, ninguém mais pensará.

Muitas vezes deixei de pensar no melhor pra mim, muitas vezes deixei o meu pobre coração de lado, para pensar nos sentimentos das outras pessoas. Mas com o tempo aprendi, que precisava fazer mais por mim, o que eu fazia pelos outros. É claro que temos que ser pessoas caridosas, e precisamos pensar nas pessoas, ajudar quem precisa. Sempre fui assim, sempre botei as pessoas na minha frente, sem olhar pra mim mesma. Mas devemos tomar cuidado. Temos que aprender que não podemos fortalecer o outro, quando estamos fracos.

Sei que vai ser difícil, mas vou tentar. Vou tentar ajudar o H. e mesmo que não dê certo nós dois. Eu sei que ele levará o aprendizado pra toda vida dele. Temos que estar preparados por que der e vier. O H. surgiu sem que eu esperasse por ele, foi tudo de repente. Não estava pronta, mas a vida é assim mesmo, cheia de imprevistos. Ela não espera para que nos recuperemos de nossa última batalha, ela não nos dá um tempo para que curemos as feridas. Ela simplesmente acontece. De repente. Imperceptivelmente. Temos sempre que estar de vigia, preparados a todo custo. Vestir a armadura do nosso coração e preparar as armas. Não sei do que será daqui pra frente. Só sei que terei que enfrentar uma nova luta.

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