Prólogo

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É.. Oi, eu me chamo Verônica e to escrevendo isso em uma sala de aula do curso onde faço preparatório para entrar na melhor escola do ensino médio da cidade. Confesso que tô com medo de não passar, apesar de estar estudando muito de manhã e a tarde na escola. Eu faço o nono ano do fundamental numa pequena escola particular daqui, namoro com um cara chamado Bruno e ele tá bem aqui do meu lado conversando com o amigo dele - Roger - sobre animes que aula produtiva.

Bom, meu começo de namoro foi bem engraçado, a gente se olhava muito na escola ele é da minha sala e a gente se conhece há um bom tempo, estudando juntos e tudo mais. Então com toda aquela troca de olhares e eu notando como ele é bonitinho, comecei a me interessar por ele e logo em seguida gostar dele.
A gente passou a voltar da escola juntos, e finalmente começamos a namorar graças a mim, que tomei iniciativa pra tudo. Ele sempre foi um molenga, bom acho que é pelo fato dele ter 14 anos e não saber nada sobre meninas, mas eu só tenho 13 anos e também sou totalmente inexperiente nessa coisa de namoro e por isso amarelei na hora de dizer pra ele o que sinto, vai entender né... Sempre saímos os três: Bruno, eu... e Roger; o Bruno as vezes me deixa de lado pra fazer coisas com Roger, e isso me irrita.

Enfim, começamos a namorar em Agosto, agora estamos no final de Outubro, prestes a fazer prova da escola; praticamente todo mundo da minha turma do nono ano tá fazendo curso junto comigo o que dá no total de umas doze pessoas; é, minha turma é bem pequena.
Estão todos ansiosos para a prova, já eu não, nunca fui de me martirizar com ansiedade, principalmente porque atrapalharia meu rendimento na prova, prefiro manter a calma, é o lógico a se fazer.

A aula é de Matemática agora, e as minhas amigas não fecham a boca, a gente precisa se concentrar.

"Duda, cala a boca o professor já começou a aula." Ela parou de falar com Geovana e disse: "Tá bom chata."
Enquanto isso Bruno e Roger não paravam de falar sobre Naruto. Suspirei e comecei a copiar o que o professor havia escrito no quadro.

O dia da prova chegou.
Como combinado (comigo mesma), fiz com calma e concentração. Daqui uma semana sai o gabarito e meu ensino fundamental está com os dias contados.
Agora tô muito apreensiva, é final de ano e pensar que ano que vem tudo irá mudar, que talvez não verei meus amigos com tanta frequência, meu namoro como vai ficar se a gente não estudar na mesma escola? Vai ser difícil pra gente se ver... E os outros? alguns não vão passar e vão  estudar em escolas diferentes, e essa nova escola se eu não passar? Eu tenho que passar.

O dia do gabarito chegou, e chorei, acreditei que não iria passar de modo algum com minha nota baixa, minha mãe tentou me consolar - foi inútil.
Passaram-se algumas semanas, as aulas acabando e nada da escola publicar a lista de aprovados. Todos da sala ansiosos pra saber quem passou, outros tristes pelas notas horríveis, já sabendo que não iriam passar.

Ensino fundamental completo yeeesss! Último dia de aula e pra comemorar coloquei Misery Business pra tocar, a música preferida minha e dos meus melhores amigos Duda e Tiago ou Ti. Eduarda tem 14 anos, cabelo liso castanho claro na altura do peito, branca e o rosto arredondado combinando com seu corpo cheinho, ela ta sempre de vestido ou alguma outra coisa floral. Tiago só anda com as meninas e tem um jeito um tanto quanto delicado demais até no corpo, ele é moreno tem a cintura fina e o quadril bem largo com a voz fina e rouca. Somos inseparáveis, brigamos as vezes, de fato, mas não deixamos isso nos abalar; falamos sobre tudo um com o outro.

Depois de cantar muito fomos nos despedir das professoras e da diretora, que apesar deu ter dado muito estresse a ela com todas as confusões que já fiz, ainda sim é muito gentil comigo.
Após os adeus todos fomos pra casa a pé todo mundo morava perto da escola sorrindo e fazendo bagunça na rua.
As semanas se passaram e Bruno e eu quase não nos víamos, eu ainda ia casa dele de vez em quando, mas ele nunca vinha na minha medo eu acho. O ano tava acabando e achei que devia acabar com nosso namoro sem sal, afinal a gente ia mudar de escola, conhecer novas pessoas, não queria tá presa num namoro que não tava legal. Dito e feito, terminei com ele na última vez que fui até a sua casa, ele reagiu bem eu acho:

"Então tá tudo bem entre a gente né?" Perguntei analisando seu rosto. Bruno olhou pra mim sem expressão e respondeu: "Tá sim."
"Tá bom então, vou indo... Tchau."  "Tchau." Disse ele acenando pra mim.

Verônica - livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora