*Michael Is a Fucking* Snap Six

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Acordei com o maldito sol batendo em minha cara. Sou tomada por uma dor de cabeça terrível. Suspiro pesadamente, levantando-me da poltrona ao lado da maca de papai.

- Porque não acorda pai? – Beijo sua bochecha, ao mesmo tempo bagunçando seus cabelos.

Caminho em direção a porta, passando por ela rapidamente. Prendi meus cabelos de uma forma bagunçada. Fui em direção ao banheiro, abri a porta logo me deparando com algumas médicas e enfermeiras conversando.

Encarei-me no espelho, percebendo olheiras profundas, e minha pele um tanto quanto pálida. As mulheres dentro do cubicúlo cochicham coisas sem nexo algum, como:

- Olha lá, a filha do Chris Pratt.

- Ela deveria tomar mais cuidado.

Bufei. Odeio quando falam de mim. Quando falam coisas sem sentido algum, deixando-me mais confusa do que já sou. Molhei meu rosto, deixando a água gelada escorrer pelo mesmo.

Rapidamente olhei meu telemóvel. Há trocentas mensagens de Luke. Um sorriso fraco apareceu em meu rosto molhado.

Lhemmings5sos: Onde estás? Passamos a noite no hospital.

Lhemmings5sos: Se for nos procurar, saímos, precisavamos comer.

Lhemmings5sos: O hospital não dá comida para quem não tem parentes internados.

Lhemmings5sos: Responda-me poxa.

Lhemmings5sos: Sinto sua falta.

Lhemmings5sos: Será que Chris Pratt gostará de ter-me como parente? Não lembro como chama-se.

Lhemmings5sos: Desisto.

Soltei uma risadinha, digitando uma rápida mensagem.

JustFell: Não preocupa-te Hemmings, papai acha-te louco, mas gosta de ti. (Emoji Heart)

Voltei minha atenção para a porta. Corri. Queria ficar longe deste lugar. Detesto hospitais desde o dia em que nasci. Sinto falta de uma figura materna em minha vida, mesmo confessando todos os dias, que Chris, é o único que pode ocupar os dois lugares.

Jack as vezes tem sorte. Sorte em ter um pai e uma mãe. Tem sorte de ter as duas figuras em sua vida, incluindo uma irmã. Neste caso eu.

Soltei uma gargalhada de meus pensamentos, acabando por bater a testa contra uma janela entre aberta.

- Ai. – Reclamei, colocando a mão em cima de tal lugar. – Que dia... – Disse, andando até a bancada da cantina do hospital.

O cheiro de pão fresco invade minhas narinas, aguçando mais ainda meu estômago.

- Calminha amigo. Já vou te alimentar. – Eu realmente preciso comer e parar de viver com Jack. Estou ficando completamente pirada.

Peguei apenas um copo de leite e uma fatia de pão com geléia de morango. Sentei-me em uma mesinha afastada dos outros, apenas para que eu consegui-se observar todas as pessoas que entram e saem deste lugar.

Sou interrompida de meus pensamentos por um ser de cabelos claros, sentando-se a minha frente.

- Oi Michael. – Sorri de lado para ele, terminando de tomar meu pequeno café.

- Helena, você tem que parar de arrancar os cabelos. Você não podia voltar a fazer isso... – Ele diz, pousando sua mão sobre a minha.

- Michael, você sempre soube de meus problemas, e nunca esteve presente na minha vida cem por cento, então por favor, não de pitaco. – Respondi, pousando o copo de vidro sobre a mesa.

- Helena, presta atenção no que você está falando. – O mesmo eleva um pouco o tom de voz.

- Michael, presta atenção você. Você nunca esteve presente nos meus dias, nunca soube o que eu sofro com a falta de uma figura materna na minha vida, você sempre teve sua mãe e seu pai... eu não. Só tenho Chris e Jack comigo. Então PARA DE DAR OPINIÃO SOBRE A MINHA VIDA. – Elevei a voz, sem mesmo perceber.

Michael levantou-se, voltando a caminhar para fora do lugar. Michael é um maldito.

Mas continua sendo meu primo.

Levanto-me, voltando a andar em direção ao quarto em que estava. Preciso voltar a ficar com papai. Não posso deixa-lo, assim como não posso deixar Jack.

Abri a porta branca, deparando-me com a melhor coisa que poderia acontecer.

Corri em sua direção, agarrando seu pescoço, mesmo com o ser ainda deitado.

- Papai eu senti sua falta. – Deixei as lágrimas rolarem, molhando todo o travesseiro em que está deitado.

- Fica calma querida. – Sinto ele sorrir, enquanto aperta-me em seus braços.

- Pelo amor de Deus, nunca mais faça isso comigo. Eu voltei de Sydney voando. Literalmente. – Revirei os olhos com minha própria fala.

- Eu estou bem minha filha. – Ele ri.

- Por favor, nunca mais dirija um carro na sua vida. – Aperto-o mais, sentindo o mesmo soltar um gemido de dor. – Desculpa. – Solto-o rapidamente.

- Chris, como é bom revê-lo. – Uma mulher aparece no quarto, toda sorridente.

Não posso negar que tal pessoa se parece bastante comigo.

- Quem é ela pai? – Pergunto, sentando-me ao seu lado.

- Emma? – Ela pergunta, chegando perto de mim.

- O nome dela é Helena, Jasmin. Helena. – Responde meu pai, encarando-a com certa raiva nos olhos.

- QUEM DIABOS É ELA? – Berro, ao menos, prestaram atenção em mim.

- Querida, eu sou sua mãe. – Ela sorri mais ainda, andando mais alguns metros, aproximando-se de mim.

- Não. Minha mãe está morta. – Lágrimas escorrem por meu rosto.


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