Querido Diário,
O Danny veio me buscar a casa, e eu fui calada o caminho todo. Mal consegui dormir, comer e falar,muito menos ainda, aquela situação ainda custava a engolir. Chegamos a esquina para virar para a rua da escola, e ele parou, olhou para mim nos olhos e perguntou o que se passava, eu respirei fundo e as lágrimas começaram a correr-me pelo rosto, e nesse instante ele me abraçou, me confortou, e disse para eu explicar com calma, então eu comecei a explicar tudo, que eu não queria sair dali, não queria deixar a cidade onde nasci, onde estavam os meus amigos e onde estava ele. Ele tem sido a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida. Ele respondeu-me com um abraço ainda mais apertado, e por fim disse, que ia estar sempre do meu lado custa-se o que custa-se, isso ainda me fez chorar mais, pois eu achava impossível, como nos íamos estar os dois juntos? Estando eu a quilómetros dali. Então ele sorriu. E disse para eu dar tempo ao tempo, e que ia ficar tudo bem.
Na verdade, Danny, já e maior de idade, apenas estava no 12º ano, pois tinha reprovado um ano. Fiquei mais sossegada com que ele me disse mas mesmo assim, continuei triste, o caminho que restava até a escola.
A rotina das aulas, voltou rapidamente, ora estávamos dentro de uma sala de aula 50 minutos, ora estamos no intervalo, e foi assim a manhã toda. As aulas estavam uma seca e a professora de Português, ainda mais exigente estava. A melhor aula de todas foi mesmo de psicologia, o que é de estranhar, pois estivemos em trabalhos de pares e eu pude ficar com o Danny, o que me consolou mais.
Na hora do almoço, fomos almoçar num café à frente da escola, fui eu o Danny e o nosso grupo de amigos, a Flávia, a Ju, o Duarte e o André. Comemos um cachorro quente cada um porque a seguir íamos ter treinos na escola, os rapazes futebol e as meninas da claque. Mas eu não estava com vontade nenhuma de dançar, e disse a Flávia para avisar a treinadora que não iria, pois não me estava a sentir muito bem, como ela é a chefe da claque, percebeu e disse para não me preocupar, elas acabara de comer e foram embora, pois íamos recrutar novas raparigas para a claque. Os rapazes continuaram a comer e eu fiquei com eles, quase não comi nada, se não fosse o Danny a obrigar-me a comer, eu nem tinha almoçado, ele sabia que eu não estava bem tanto que ele disse alguma coisa ao Duarte e ficou comigo enquanto os outros dois iam embora. O Danny pegou na minha mão e levou-me até sua casa, onde tinha o seu carro estacionado, pediu-me para entrar. Então ele levou-me passear até a praia. Embora estivesse frio, a praia estava calma, e ele sabia o quanto a praia me acalma, ficamos lá sentados, num cobertor que tinha no carro, e ficamos apenas a olhar para o mar encostados um no outro, e ficamos lá a tarde toda, até que o sol se pôs e fomos embora, ele perguntou se eu queria ir logo para casa ou se queria jantar com ele, eu disse que não tinha muita fome e que me apetecia ir para casa, ele ofereceu-se logo para ficar comigo até adormecer, eu sorri e disse que podia, já que ia ficar sozinha, pois os meus pais estavam a tratar de tudo para a mudança.
Levou-me até casa, e subimos para o meu quarto, mudei de roupa, ele também e deitamos-nos, ele depois saiu, e voltou com uma tabuleiro com duas tigelas de cereais e um filme, onde eu consegui comer, e aproveitei agora para escrever um pouco.
Ele vai passar cá à noite, o que vale os meus pais não estão em casa e também não se importam, visto que ele me ajudou bastante.
Bom querido diário, amanhã volto-te a escrever
Um beijo
Chloé
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Querido Diário
RandomDesabafos de uma rapariga, onde ela se despede de uma vida para começar uma diferente , novas amizades, novas rotinas e um novo amor, resumidamente uma nova vida