Querido Diário,
Hoje acordei com um bocado de dores de cabeça, mas não muito fortes, devido a pancada de ontem. Novamente acordei nos braços do Danny, como eu me sinto segura nos seus braços. Acordamos os dois e arranjamo-nos para ir para a escola, tomamos o pequeno almoço e fomos.
No caminho para a escola, fomos nos lembrando nas nossas histórias, tudo aquilo que passamos juntos. Então veio a conversa, que um certo dia, dia de chova daquela que não parava, estava eu e o Danny, mais algumas pessoas da nossa turma, nesse dia a Flávia,a Ju e os meninos tinham ido a um concurso representar a escola. O que aconteceu nesse dia, foi que, estávamos todos a ir para educação física, e eu só ia assistir, por motivos femininos, estava cheia de dores de barriga e não ia fazer. Então como estava a chover muito, eu levei guarda chuva e estava a abrigar o Danny, nisto veio um vento muito forte, e estragou o meu guarda chuva, para não bastar, com o humor que eu estava e com as dores, tropeço numa pedra, e caiu mesmo em cima de uma poça, ficando toda molhada. Para não bastar toda a escola estava a ver e a rir-se. Fui a correr para o quadro de banho e o Danny veio atrás de mim e deu-me a sua roupa de ginástica, era um bocado grande, a camisola ainda serviu, mas as calças, então ele lembrou-se que a sua irmã tinha andado com a sua mochila para física e encontrou lá umas leggins dela, e ele deu-me e serviu-me. Vesti o casaco dele, e prontos fiz um coque com o cabelo, e já estava minimamente arranjada.
Também nos lembramos de uma aula de ciências do básico, não me lembro bem em que ano, só sei que estávamos a ver corações e rins, e a Alicia, a queque da turma, estava a dizer todos os nomes, e o Danny virou-se para ela a dizer, que ela era muito esperta num tom irônico, e toda a turma começou a rir-se.
Foi tão bom relembrar destes momentos com ele, momentos dos quais que nunca vão voltar, momentos apenas para recordar.
Chegamos a escola, e tivemos furo na primeira hora, então fomos um bocado para o carro dele para namorar mais à vontade. Quando a primeira hora acabou, fomos para o bar, ter com o Duarte, o André e as meninas.
Então quando os meninos jogavam tênis de mesa, nós estávamos dentro da rádio a passar música, e a combinar coisas para depois do treino, a Flávia tinha que ir para casa ajudar a mãe com os seus irmãos, e a Ju não tinha nada para fazer, então combinamos ir dar uma volta. Eu gosto imenso das meninas, mas eu e a Ju sempre nos demos melhor. Eu conheço a Ju desde de sempre, pois as nossas mães eram amigas, ainda nós não tínhamos nascido, por isso a amizade já era longa, e sabíamos coisas uma da outra, que mais ninguém sabia. Então, como ela é uns meses mais velhos do que eu, já tem a carta, então ela disse que ia me levar a um sítio, mas não me disse aonde pois ia ser supressa.
Depois do intervalo, fomos para as aulas, e novamente as mesma coisas, aula intervalo, intervalo aula, aula e almoço.
Almoçamos todos juntos, nós, as meninas começamos algo leve, e os rapazes algo mais exagerado, mas isso não me impediu de tirar algumas batatas fritas ao Danny. Depois do almoço fomos todos para os treinos.
No treino da claque, ficamos a saber que se aproximava uma competição nacional, tive pena em dizer, que não podia participar com elas, pois não ia estar cá. A claque era uma das minhas paixões, e não participar com elas deixava me triste.
Depois da claque, despedimo-nos dos meninos e eu e a Ju fomos sair. Pelo caminho cantávamos, e eu reconhecia as ruas em que passávamos, então até que chegamos lá, chegamos ao nosso sítio preferido, que ao tempo não íamos, nós íamos sempre com os nossos pais, e passávamos horas a brincar e a falar nos nossos segredos, e respirar aquele ar puro das montanhas.
Quando chegamos, foi tão bom respirar aquele ar novamente, fez me lembrar de todos os bons momentos que passei lá, todos os momentos desta cidade, dos momentos com os meus amigos, com o Danny, foi como um flashback tivesse passado pela minha cabeça o que me fez sentar e chorar. A Ju abraçou-me e disse para parar de chorar que não valia a pena. Disse para eu me levantar, ela não pediu, ela mandou, levantei-me, ela deu-me um lenço para limpar a minha cara e que amassa-se o o papel e pôr lá toda a tristeza, e atirar por lá baixo, foi o que eu fiz. E quando o fiz me senti mais leve, a Ju sempre sabia o que fazer nestas alturas, sempre me ajudou a superar muita coisa. Ficamos lá até escurecer e ficamos a ver as estrelas, e como já estava a ficar muito tarde tivemos que voltar para casa.
Pelo caminho me senti muito mais solta, e muito mais feliz, aquilo me tinha feito muito bem.
Cheguei a casa, e soube que logo na sexta-feira nós íamos embora, desta vez não desatei a chorar, apenas mantive-me calma, ajudei do jantar, jantamos, e eu subi, liguei a televisão numa série qualquer e liguei o computador para fazer skype com o Danny, ficamos a falar durante algum tempo, mas como o sono estava a vir, pedi para ele esperar um pouco, desci as escadas e preparei um bocado de chá, e umas bolachas de chocolate, subi as escadas e enquanto falava com ele bebia o chá e comia as bolachas.
Agora que ele foi ao quarto de banho, e a sua mãe o chamou para não sei o que, e aprovei agora para te escrever.
Bom Querido Diário, vou continuar a falar com ele até adormecer, e amanhã volto para te contar como foi o dia.
Um Beijo.
Chloé
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Querido Diário
DiversosDesabafos de uma rapariga, onde ela se despede de uma vida para começar uma diferente , novas amizades, novas rotinas e um novo amor, resumidamente uma nova vida