- Uhn... Que dor de cabeça. - Zart disse ainda deitado.
Ele se encontrava em uma sala com varias camas distribuídas não muito distantes uma das outras, as paredes de cores violetas só serviam para aumentar a dor de cabeça de Zart.
- Finalmente acordou?. - Uma voz feminina disse.
- Com essa dor de cabeça preferia não ter acordado... - Zart disse levantando a parte superior do corpo.
A mulher a sua frente tinha cabelos ruivos que se encaracolavam nas pontas, seus olhos verdes estavam marcados pelas olheiras que o acompanhavam, embora ela estivesse sorrindo Zart sentiu apenas medo daquele sorriso. Ela usava um traje igual aos dos alquimistas com os quais havia se encontrado antes, um sobretudo totalmente brancos com detalhes pretos, sua calça era branca e ela usava um chinelo com correias vermelhas. Em suas costas ela carregava uma mochila que provavelmente caberia uma pessoa escondida e em sua mão esquerda se encontrava um recipiente onde se encontrava um liquido preto do qual saia fumaça.
- O que está bebendo?. - Zart perguntou mexendo em seus cabelo.
- Café, eu não tenho tido tempo para dormir por isso preciso de algo que consiga me manter acordada, e essa bebida faz isso.
Zart concluiu que aquela era uma das coisas que fazia o reino ser único, ele estava vestido com uma camisa e calças simples que lhe cabiam perfeitamente.
- Onde estão minhas roupas? - Zart procurou por elas no quarto.
- Estão próximas a porta estava preste a mandar aqueles trapos para a fogueira. - Disse a mulher.
- Toque nelas e garanto que serão a ultima coisa que tocara nesta vida mulher. - Zart por um instante a fuzilou com o olhar antes de se controlar e sorrir . - Desculpe mas... elas me são muito importantes, por favor as devolva para mim.
Ela suspirou.
- Tratar assim a pessoa que cuidou de você, como posso dizer, não acha um pouco rude? E eu tenho um nome, eu me chamo Fernanda e sou a Enfermeira chefe da Academia. - Ela disse exibindo um simbolo de + vermelho do lado esquerdo de seu sobretudo.
- Oh, e eu sou um mercenário que agora fui obrigado a vir a esse lugar.
Ela olhou Zart por algum tempo examinando as suas palavras.
- Não me importo com o que seja, apenas cuido de quem é trazido a minha enfermaria.
Zart virou seu corpo e colocou seus pés no chão, o frio sentido ao contato arrepiou os pelos da sua nuca.
Ele se sentia um pouco fraco ainda, mas ele não queria ficar mais tempo parado naquele lugar, na verdade ele não queria estar tão próximo de seus alvos por não poder sumir como geralmente fazia depois de matá-los.
- Porque ele tinha de estar aqui... - Zart pensou em como sua vida se complicou completamente no último dia.
A porta se abriu em um estrondo, Houser apareceu vestido de uma cota de malha e um calça verde camuflada, aquela era uma combinação estranha mas provavelmente não atrapalharia os movimentos.
- Está em pé? Ótimo, se troque e me siga-me, você está dormindo a dois dias e tem de ir a aula... - Ele disse sem dar espaço para reclamações.
- Não posso apenas voltar a dormir? - Zart pensou no momento em que ouviu aquilo mas disse a Houser. - Está bem.
Zart colocou suas roupas surradas, elas eram muito velhas mas o sobretudo preto, uma camisa branca que mais parecia preta de tão suja, e sua calça cinza eram as roupas com quem passou os últimos tempos.
Ele virou-se para Fernanda e ao mesmo tempo tatuada seus bolsos.
- Onde estão minhas armas?.
- Estão com Houser. - Ela estava sentada em um cadeira enquanto tomava alguns goles do que chamou de "café".
Houser fez sinal para segui-lo com a cabeça e saiu da sala, Zart o seguiu e ao passar pela porta a fechou.
Seguindo Houser ele percebeu estar em um conjunto de salas, mas todas pareciam idênticas a qual tinha saído.
- Esse é o bloco da enfermaria, Deus mandou fazer várias salas para nunca fica-sem sem tratamentos os que se machucarem.
Eles saíram do bloco é Zart viu um caminho que levava ao que deveria ser o centro da Academia.
Após algum tempo andando longas áreas verdes onde haviam pessoas treinando ele chegou a uma grande estrutura que se erguia não tão alta como a torre de Deus mas ainda era algo impressionante.
Ele seguiu Houser pelo estrutura e chegou a uma sala onde eles pararam.
- Vamos entrar, essa será sua sala. - Ele abriu a porta e entrou.
Zart se sentia pelado sem suas armas, mas seguiu a ele.
Ao entrar todos estavam com as roupas brancas de alquimistas, mas não se pareciam com as que viu nos gramados.
- Hun, esse é Zart, ele é um estudante que estava com alguns problemas pessoais e só poderá começar as aulas hoje. Fale algo Zart.
Zart não tinha nenhum interesse em falar com aquelas pessoas, mas tinha menos interesse em pessoas em seu caminho então ao decidiu o que fazer.
- É... Prazer sou Zart e como posso dizer... - Ele bocejou. - Sou um mercenário e não tenho o mínimo interesse em estar aqui, mas o problema é que um velho trapaceiro me obrigou a vir. - Ele disse sem mudar seu tom, sem expressar nada em seu rosto e esperou a reação padrão.
Uma risada estourou entre os alunos, todos riam do que ele havia dito e podia se ouvir entre as conversas coisas como " Ele um mercenário?", " Ele não se parece nada com aqueles homens", " Que Idiota".
Aquela conversa apenas o irritava, pelo que parecia eles achavam que mercenários eram algo mais irreal, e a sua aparência não parecia levá-los a crer que era um mercenário.
Uma garota entre a todos se levantou, seu rosto estava pálido e ela apontou para Zart.
- Você... Como ousa aparecer aqui depois do que fez a Tom. - Ela o encarou mas aquele olhar não passava pressão nenhuma e nem amedrontada a Zart.
- Ah. - Zart pareceu se lembrar dela. - A quanto tempo, como anda aquele jovem?. - Ele disse sem nenhum remorso.
A conversa começou a mudar pouco a pouco mas rodavam em volta de " O homem que fez aquilo a Tom..." e " Ele não está vestido de negro?"
Houser bateu a mão na parede e os silenciou quase instantaneamente.
- Vamos fazer treinamento, todos sigam-me.
...
Nos campos de treinamento.
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Alquimia
FantasiUm homem buscando vingança contra o Deus do maior reino que já existiu, esse Deus sendo o criador da Alquimia e o homem que lhe tirou tudo...