Acordei bem tonta, eu ainda estava sem roupa, minhas pernas e minha boca estavam cheia de sangue e eu não me lembrava direito do que tinha acontecido. Fui ao banheiro para tomar banho, liguei o chuveiro, a água estava morna, enquanto eu me lavava via a água descer meio vermelha, minha cabeça latejava, e quanto mais eu lembrava do que tinha acontecido, ficava com mais e mais medo, muitas e muitas perguntas, e uma delas era se eu deveria sair daquele banheiro...
Desliguei o chuveiro com receio, não escutava barulho nenhum na casa, achei que estava sozinha, me enxuguei, vesti a roupa, e antes de sair me olhei no espelho, vi que minha boca estava inchada e roxa, no meu pescoço tinham marcas de dedos vermelhas indo para um tom de roxo mais claro.
Sai do banheiro e fui direto para meu quarto, olhei o relogio, eram 13:42, deitei na minha cama e voltei a chorar, tava desesperada, sem saber o que fazer, eu não sabia o que tinha acontecido e nem a que ponto aquilo era grave, então procurei na internet e vi que aquilo se chamava sexo, em alguns sites existiam outras palavras, mais achei que todas eram vulgos para a mesma palavra.
Também vi que aquilo nunca se fazia com filha, vi que é assim que as mulheres ficam gravidas, vi reportagens mostrando muitos pais que foram presos por fazer isso, e me toquei que aquilo era muito grave.
De repente escutei barulhos em casa... ele tinha chegado... escutei que ele chaveou a porta da cozinha e veio em direção ao meu quarto, quando os passos estavam bem próximos tudo ficou em silêncio, e depois de um tempinho ele bateu na porta...__ Ketheren, abra essa porta, preciso falar com você.
Eu entrei em panico e não consegui responder.
__ Ketheren você ta surda? Sua bastarda vagabunda abra essa porta, se você não abrir eu mesmo abro, mais dai quebro tua cara de novo...
Eu corri para porta e a destravei, mais nao abri a porta, então ele mesmo abriu, viu que eu estava chorando, deve ter visto os ematomas que ficaram em meu rosto, ele mandou eu me sentar na cama, ele sentou-se do meu lado.
__ Sobre o que aconteceu ontem... não fale sobre isso pra ninguém, se algum dia você abri a boca eu mato sua mãe, o teu irmão e você, fui claro?
Eu apenas concordei com a cabeça, queria perguntar e falar muitas coisas mais não tive coragem.
__ E outra coisa filha, enquanto isso no teu rosto não sumir você não vai pra aula, já peguei atestado pra você com um amigo meu, estamos entendidos? Então vai preparar o almoço, fiz compras...
Ele levantou e foi na sala assistir, e eu leventei pensando em mil e uma coisas, e enquanto preparava o almoço, fiquei pensando no que iria fazer, eu queria sair dali correndo, mais tinha medo que ele fosse atraz da minha mãe, queria contar pra alguém mais não queria ninguém morto, além dele.
Eu já tinha visto ele matar, sabia do que ele era capaz para manter sua reputação e se manter rico, mexer no dinheiro dele era como passar carniça no corpo e esperar os urubus vim pegar.
Terminado o almoço,deixei tudo certinho na mesa, avisei ele que estava pronto e fui deitar de novo, estava com muita ansia, minha barriga, minha cabeça, meu rosto e minhas pernas estavam doendo muito, então tomei 5 analgesicos, enquando eu me torturava com as lembranças da noite anterior o remedio começou fazer efeito, me deu sono, e dormi...
Acordei eram 21:30 da noite, ele ja estava na cama, eu começei pensar em tudo aquilo de novo e começei chorar... eu não queria mais pensar nisso, e aqueles remedios tinham me ajudado muito, então peguei mais 8 analgesicos, tomei e deitei esperando o feito...
Uma semana se passou, e nessa semana essa foi minha rotina, dormir, chorar, tomar analgesicos e dormir, nem comer mais eu conseguia, eu já acordava com ansia e muitas vezes vomitando.
Meus machucados não estavam mais inxados, ainda estavam meio roxo com verde amarelado, mais já não doiam tanto.
Já era sexta,o final de semana estava ai, e eu morrendo de medo que aquilo acontecesse de novo, então sabado liguei para minha amiga Cristina e a convidei para vim posar na minha casa... esse foi meu pior erro... ela veio, chegou, viu meus roxos e perguntou por que eu não tinha ido para escola equela semana. Eu não soube o que responder, apenas disse que eu estava de atestado, mais quando falei isso, sem eu mesma perceber os meus olhos se encheram de lágrimas e começei chorar, ela notou que tinha alguma coisa errada e me abraçou... foi quando meu pai apareceu na porta, e, provavelmente, achou que eu tinha contado tudo pra ela...ele estava catingando cerveja...entrou no quarto, empurrou Cristina pro lado do armario longe de mim e começou gritar.__ Ketheren sua troxa, cinica, o que foi que você falo pra ela?! eu disse que ia te matar sua puta otaria...
Eu não conseguia responder, apenas começei chorar de novo e pedir desculpas, mais não adiantou ele me bateu, vi Cristina vindo atraz e tentado segurar o pai, ele virou empurrou ela na parede e começou a dar tapas.
__ Você é outra puta, gostosinha mais é puta, dá pra todo mundo e vem aqui querer dar uma de santa, eu falei pra Ketheren não te contar, então o que vai acontecer com você é culpa dela, assim como se vc abrir a boca, o que vai acontecer pra sua mãe vai ser sua culpa...
Eu não estava enchergando direito, mais vi que ele veio em minha direção, senti ele me amarrando na cama. Depois, foi pro lado da Cristina e fez com ela o que tinha feito comigo...
Eu já estava bem consiente,quando ouvi ele abrir a porta e mandar Cristina embora, dizendo pra ela se lembrar do que ele disse, escutei ele cadeando a porta e vindo pro quarto, ele entrou me olhou e disse você me paga.
Ele tinha amarrado meus dois braços na cabeçeira da cama, ele voltou com mais duas cordas e amarrou minhas pernas, uma de cada lado da cama, eu estava chorando, pedindo desculpas, pedindo pra ele não fazer isso, mais novamente não adiantou de nada... pegou uma cinta, e começou me bater com ela nas pernas, e toda vez que eu gritava ou falava ele me dava a cintada no rosto, levei umas 2 ou 3 no rosto e fiquei quieta a partir dai, vi que gritar ou pedir para ele parar não iria adiantar,então não tinha o por que eu ficar levando bordoadas na cara... um tempo depois que ele notou que eu tinha ficado quieta, deu uma risada cinica...__ Até que enfim entendeu, assim mesmo que eu gosto da minha filhinha, quietinha, obediente e gostosinha...
Eu continuava quieta, com o corpo todo ardendo das cintadas. Ele largou a cinta do lado da cama, tirou sua roupa, foi tirar a minha mais como eu estava amarrada ela não saiu, então ele rasgou, começou passar a mão nas minhas partes intimas, tirou a cueca se deitou em cima de mim, e aquilo aconteceu de novo, logo ele tirou aquele negocio de dentro de mim, senti um liquido quente na minha barriga, ele saiu de cima, desamarrou minhas mãos, disse boa noite, e foi dormir...
Eu me sentei e desamarrei minhas pernas, fui no banheiro tomei banho, e por mais que eu em lavasse 10 vezes na mesma hora, ainda me sentiria suja.
Voltei pra cama...lá se foram mais 8 comprimidos e o sono veio...
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Quando o passado não passa
Literatura Faktu...Nao sei mais o que fazer, a ferida se abriu novamente, a dor não para, a agonia fere que nem bala, cada lagrima que escorre me deixa com mais duvidas, a minha vida nunca mais foi a mesma depois dos 11 anos, quando meu pai tornou-se meu pior pesa...