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Ok, não deu pra começar  da melhor maneira possível, vocês não devem estar entendendo nada. Meu nome é Eric Rhymes, tenho dezessete anos e sou um garoto comum, que vive numa casa comum, com uma família comum... Até demais...

"Eric, dá pra descer para o jantar? Já está na mesa há um século" grita minha mãe num grau extremo de impaciência.

"Já vai, mãe!" Grito de volta, levantando correndo da cama e pausando o videogame. "Joe, melhor a gente ir, senão o jantar vai ser ensopado de Eric..." Joe ri e me responde:

"Não acredito que vamos ter que parar na melhor parte... Não tem nenhuma regra de atraso de mais 10 minutos? Já estamos praticamente no fim da fase, e, só pra constar, aqui não é a Inglaterra" 

Descemos eu e Joe, sentamos à mesa então meu pai resolve quebrar o silêncio: "Vocês deviam ter vergonha..." Diz meu pai enquanto pega um prato e coloca uma fatia do filé que está logo na sua frente.

"Ah, sr. R, qual é, era a melhor parte do jogo" reclama Joe. Meu pai não se incomoda, afinal, somos amigos desde o jardim de infância, logo estamos todos acostumados com a sinceridade de Joe; meu pai só olha e ri.

Alguns minutos depois, todos terminam de comer, então eu e Joe decidimos subir para terminar a fase que estávamos jogando. Era uma noite quente de um sábado. O verão escaldante da Califórnia acaba comigo. 

Joe parece bem compenetrado no jogo. Ele não para pra piscar nem um segundo. As vezes não consigo entender qual a graça de videogames, mas quando penso não me questiono muito pois, afinal, não posso falar muita coisa. Morremos pelo menos umas 4 vezes antes de finalmente derrotar o chefe da fase. 

"ALELUIA, PORRA! NÃO ACREDITO, CARA! GLINGOR NÃO É PÁREO PARA JOE STEVENS!" Eu não consigo me conter. Começo a rir como se o mundo fosse acabar daqui a um mísero minuto. "Ah, qual é, Eric... Vai ficar de brincadeira aí? Até parece que você não ficou no mínimo aliviado que o super Joe conseguiu fazer algo que você, sozinho, não ia conseguir nem em mil anos." Ele parece meio revoltado, mas eu não presto atenção e continuo rindo.

"Cara... É... É que..." Não me contenho e caio na gargalhada de novo, quando percebo que ele começa a ficar chateado "Ah Joe, pode parando por aí. Estou proibido de rir na minha própria casa, é isso mesmo?"

"Não cara, não é isso. Você sabe que eu não suporto quando você fica tirando sarro de mim assim." Responde ele ainda meio chateado.

"Cara, a gente se conhece a vida toda, não vamos ficar mal por uma briguinha ridícula dessas, não é?" Eu digo.

"É, dane-se... Você tem razão. Mas tem que admitir que eu sou realmente o melhor jogador do mundo de Starships Attack 3." Ele diz, então começa a dançar como se fosse um bêbado que acabou de beijar alguém em uma festa.

"É, demorou, mas foi uma missão concluída com êxito." Eu respondo e então me junto a ele naquela dança completamente retardada e incomum, então cantamos juntos como duas crianças que acabaram de ganhar um sorvete "Derrotamos o Glingor, lá lá lá lá lá lá". Quando ouvimos alguém bater na porta.

Ela abre, e é meu pai já de pijama. Já passava das onze. "Ok, Obi-Wan e Anakin, já entendi que vocês são os melhores da galáxia mas tem gente no outro quarto que quer dormir, se é que vocês se importam." 

"Ih, foi mal sr. R. Já estávamos indo dormir mesmo, não é mesmo, Eric?" Eu assinto. "Além do mais, não temos muito o que fazer mais no jogo mesmo..."

"Ótimo, então vamos todos pra cama." Ele apaga a luz do meu quarto e fecha a porta.

"Isso foi bem esquisito." Eu digo. Então Joe me olha e começa a rir.

"Foi DEMAIS! MELHOR NOITE DE TODAS!" A parede atrás de mim treme. Com certeza é meu pai reclamando de novo. "Foi mal, sr. e sra. R." Deitamos e resolvemos que era melhor dormir. 

Eu acordo com Joe em cima de mim. Ele parece estar animado.

"Sei que é a coisa mais aleatória pra se fazer num domingo de manhã, mas você canta e toca piano." Tento entender onde ele quer chegar com isso "Te desafio a gravar um vídeo e postar agora na internet".

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Próximo capítulo sai sábado pessoas!

Tô bem animado, minha primeira história *-*


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