Dake Na Mente Da Mell

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-Esse ano...Irá fazer três anos que eu tirei dos meus pais à filha deles. Tinha uma irmã gêmea, ela se chamava Adelina. Eu era o seu oposto, à garota malvada e rebelde, ela era à princesinha mimada, à filha que todos pais desejam para si. Ela era boa em tudo, na escola, com os garotos, com nossos pais.... As pessoas à amavam e quanto à mim, péssima no colégio, nunca me interessei por nenhum garoto. As pessoas me viam como uma revoltada, me odiavam. Eu não era boa pessoa, sempre estava aprontando. Lissa e Drica são provas disso tudo. Um dia, vi um cara com o Empala-65 um carro clássico e lindo.
Foi então que me interessei por carros. Me apaixonei pela primeira vez, por algo que me deixava viva. Eu fiz corridas clandestinas, nunca fui pega pela polícia, digamos que eles nunca conseguiam me acompanhar. Fui ganhando fama e convidada para fazer uma corrida entre os melhores. Cada corrida, como recompensa era o carro do adversário, ganhei todos.
Minha irmã era boa em tudo, ela sempre demostrava que era superior à mim. Bom, quase tudo. Eu era melhor que ela em uma coisa apenas: Correr!
Ela fez uma aposta comigo na ponte, apenas nós duas, minhas amigas estavam supervisionando. Eu estava na frente, ganhando, então ela me alcançou e ficamos lado à lado ela olhou para mim e sorriu. Dizendo: “Essa corrida é minha” então eu acelerei, ela mais uma vez me alcançou, perdendo a droga da direção.... e .... Foi quando ocorreu o acidente, o carro que ela estava capotou várias e várias vezes, gritei pelo seu nome. Parei perto do carro e ela estava toda ensanguentada o carro ficou detonado, ela ainda estava lá.... Viva .... Me aproximei dela, mas não conseguir removê-la de lá, olhou no meus olhos e disse: “Mell você ganhou, tenho orgulho de você. Minha pequena e doce Mellina. Tive inveja de você, por esses anos, pois você sempre fez o que lhe agradava e não se importava com mais nada, eu era aquilo que à mamãe sempre quis que eu fosse: A FILHA PERFEITA,seu fantoche. Sempre seja você mesmo.” Essas foram as últimas palavras de minha irmã.  A mamãe me culpa, por tirar à filha dela, ela tem razão à culpa foi minha. Nunca mais troquei ao menos duas palavras no dia, com minha mãe durante esses anos. Essa é minha história...
-Ele fica em silêncio por alguns minutos, senta ao meu lado.
-O que foi? Tayler?!
-Agora entendo o porquê você ficou histérica no estacionamento e na ponte, me desculpe. Eu não sabia que...
–Ei você não tinha como adivinhar. – ele me dá um abraço surpreso que me conforta, uma lágrima caí. –Eu também o abraço forte e brinco com os seus cabelos ondulados acima da nuca.
-Tudo bem, o momento de desabafar passou. –Eu o solto porém ele continua à me abraçar me aperta mais forte dizendo:
-Não! Espere mais um pouco.
-Ficamos assim por alguns minutos. –E eu quebro o silêncio dizendo:
-Ei? Já estar de boa. –Me levanto, dou uns passos e sinto que os meus joelhos já melhoraram como se nenhum ferimento estivesse mais lá.  
-Uau! –Falo com muita admiração. –Como é possível? Quando eu levo apenas um corte demora semanas para poder cicatrizar.
-Ele fala sorrindo. –O que foi que eu lhe disse quando terminei sua “cirurgia”? –Ele faz as aspas com os dedos. –Sou um médico de mão cheia. Lembre-se que você ainda me deve dois favores.
-Tudo bem Doutor. Agora eu preciso de um banho e se você me der licen... –Ele me interrompe levantando-se.
-Gostaria que eu lhe desse banho também? Eu poderia fazer esse sacrifício.
-Estar fora de cogitação! Seu babaca.
-Calma ai, só ofereci minha ajudar.
-Dispenso ela. Engraçadinho!
-Está com fome? –Pergunto, abrindo a porta da garagem. –Peça para à Sra. Beth lhe fazer um lanche.
-Valeu. Pensei que nunca ia me oferecer, estou faminto. –Ele fala passando à mão na barriga, fazendo caretas.
-Você sabe onde é a cozinha então só basta ir até lá, pronto peça, o que quiser.
-Está bem. Ele vai em direção a cozinha, eu subo às escadas para ir ao meu quarto. Chegando lá, uma das empregadas preparou um banho quente,separou minha roupa.
-Até que ela tem um bom gosto. Tiro minha roupa, e entro no banheiro. Vejo que à banheira está com pétalas de rosas. Tiro à faixa dos meus joelhos vejo que restou apenas uma cicatriz.
-Caramba isso é incrível, nem parece que acabei de me machucar.
Ao terminar o banho, entro no quarto, me seco, visto um short cinza com detalhes brancos, uma camiseta preta com um rosto sinistro nele, bem o meu estilo, jaqueta curta de couro preta. Coloquei uma meia-calça preta e sapatos pretos.
Olhei para o espelho mais uma vez e desejei ver ela. Fiquei imaginando-a pensando nela, mas nada vinha. Apenas o meu próprio reflexo. Sentir um frio na espinha, indo até à janela, olhei na persiana vendo alguém me observando, com os braços cruzados, encostado em uma arvore do meu jardim, eu sentir como se fosse...
-Dake! –Suspirei pelo seu nome. Até que ponto você vai me perseguir?
-Isso depende de você!
-Mas o quê?
–Sua voz em fração de segundos tinha invadido minha mente. Dei um passo para trás e ele já não estava mais lá. –Mas que diabos está acontecendo?
-Sai do meu quarto desci às escadas correndo, abri à porta e ele não estava mais lá. Fiquei nas escadas do lado de fora por alguns minutos procurando por ele. Mas nada encontrei.
-Estar fazendo o que? Tayler vem ao meu encontro.
-Eu apenas pensei ter visto alguém, escutado esse alguém em minha mente. Foi isso que aconteceu Tayler. Como tudo isso é possível? Eu não acreditava em nada disso em alguns dias atrás, mas agora eu acredito em qualquer coisa.
-Do que você se refere quando fala “Acreditar nisso”?
-Me virei olhei para ele com um sorriso.
-Em algo fora do normal como...SOBRENATURAL. Além do que você pode ver ou sentir. É isso que eu me refiro.
-Ele olha fixamente em meus olhos, me analisa soltando um suspiro. -Você realmente acredita em algo como além do normal? Como você acabou de descrever?
-Aceno a cabeça confirmando.
-Você nem imagina o quanto essa frase é sem sentido, falando nessa forma. Mas quem sou eu para duvidar da quilo que nem mesmo o mundo sabe? –Ele continua me olhando sem ao menos piscar os olhos e prossegue.
–É isso que eu admiro em você, não tem medo de encarar as coisas, seja ela qual for. E o que te leva a acreditar em coisas desse tipo?
-O mundo, meu caro Tayler. O mundo. Toda humanidade tem seu próprio segredo, seja ele qual for. Todos nós temos um segredo, mas uma hora ou outra sempre serão revelados. Pode se passar anos, até mesmo séculos, mas tudo é desvendado.
-Ele pisca várias e várias vezes, soltando o ar,que parecia preso. -Nossa! É assim que se fala.Gostei da sua roupa. Tudo bem essa convença me deixou faminto. Vamos à algum lugar, depois nos divertimos e conversamos sobre ... –Ele dá uma pausa levanta ao mãos e começa mexer todos os seus dedos e prossegue. –Segredos...
–Babaca. –Falo me aproximando dele, dando um soco. Vamos, mas espere um pouco... Você não acabou de comer?
-Sim!
-E ainda estar com fome?
-Como eu disse essa conversa me deu fome. Ei vamos logo. –Ele me puxa descemos às escadas passamos pelo jardim, vamos em direção onde seu carro estar.
-Também vejo que o seus ferimentos já se foram. –Ele aponta para os meus joelhos. –Você pode até andar direto. Confesso que você é muito pesada. –Ele começa a mexer os seus ombros fingindo que estar com dor.
-Ei Tayler! Cala boca se não quiser morrer.
-Ele corre e vira para mim, levantando suas mãos como rendição.
-Abre à porta do carro, saímos em direção à diversão ou confusão.

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