capítulo 4

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Estávamos rodando a mais ou menos 30 minutos me aproximei do rosto dele e falei mais alto que pude :
- Onde estamos indo ? Não gosto de sair com quem não conheço!
Ele relaxou os ombros , parecia rir e disse:
- Sorte sua que eu saio. Estamos indo para fora da cidade .
Apertei sua cintura com força e disse :
- Pare agora mesmo!
Ele foi diminuindo até que encostamos perto de um bar de beira de estrada.
- Você quer ir ao banheiro? - Disse ele ao descer da moto , tirou o capacete e sacudiu a cabeça . Sabia que eu estava olhando , queria chamar atenção e chamou! Seus cabelos negros desgrenhados convidando a me aproximar.
Tirei meu capacete louca da vida ele não iria amolecer meu Coração tão fácil , sabia que eles estava acostumado a ter qualquer uma com o mais leve sorriso mais comigo era diferente :
- Que papo é esse de sair da cidade , minha mãe vai chamar a polícia quando se der conta que eu sumi e tem a Sara e o Peter acha que ninguém vai perceber?
- Sinto muito não vejo outro modo de te manter segura. - Pareceu sincero , mas eu não podia dar o braço a torcer.
- Eu não pedi para você me manter segura! - Parecia indignada passei as mãos nos cabelos , praticamente joguei o capacete nele .
- Estou voltando pra minha casa fique longe ! - Sai batendo os pés pesadamente no chão , ouvi o som do motor da moto olhei para trás lá vinha ele .
- Escuta eu te levo sobe , não seje burra. - Disse ele me oferecendo o capacete , eu não estava pensando racionalmente porém ele tinha razão ainda andei uns bons km até que meus pés começaram a doer mais brava ainda, ele ainda estava ao meu lado andando com a mesma velocidade porém em cima da sua Harley , peguei o capacete e subi sem dizer nenhuma palavra ele me levou para casa , esperou eu descer e me seguiu bem atrás , logo na entrada notei a porta da frente aberta , a sala bagunçada , senti um aperto no peito , a mesa do papai estava de cabeça para baixo, nem queria pensar o estado dos quartos e fui até a cozinha peguei o telefone e liguei para polícia , quando olhei para a porta lá estava ele recostado me olhando.
- Qual seu problema mandei sumir !
-Você não pode mandar em mim Lara.
Disse ele de forma sarcástica , fui até ele e o botei para fora aos empurrões , senti o rosto esquentar as lágrimas caindo , ele parecia surpreso mas muito sério , segurou minhas mãos e me abraçou tão forte que me tirou o ar .
- Por favor não me peça isso anjo .
Minhas lágrimas caiam mais intensamente e la estava eu parecendo um bebê soluçando e chorando , já sentia sua camisa grudar no meu rosto .
- Por favor Gabriel desde que você apareceu , algo mudou e não foi para melhor .
- Não foi por que eu apareci que mudou , te observo desde sempre Lara , estou cansado de só te olhar de longe e agora que tenho a oportunidade de cuidar de você , por favor não pede pra eu sumir .
- Você está dizendo que é algum tipo de herói a espreita para salvar a moçinha? .
Tinha certeza que ele notou o sarcasmo.
- Estou dizendo que quem pegou seu pai não terminou o serviço .
Aquilo me fez tremer como ele sabia de papai eu tinha certeza que não tinha falando nada , bem quase certeza. Olhei para ele séria mais a polícia havia chegado ele foi me soltando e então eu falei aos sussurros antes de deixa - lo ir:
- Temos muito que conversar, ainda não acabou . Ele respondeu afirmativamente e saiu com a sua moto . Tive um dia difícil expliquei tudo , bem quase tudo aos polícias que atentamente anotavam minha história.
- Eu e minha melhor amiga , marcamos de ir ao cinema e acredito que foi neste meio tempo quando voltei para a casa estava assim . Eu não sabia mentir estava com medo de que eles pedissem o número da Sara ,eu era horrível com mentiras estava na cara que eu não estava sendo sincera o policial mais gordinho sr Gutiérrez parecia olhar cada centímetro da casa e logo foram embora queria ligar para mamãe , mas afirmei que estava tudo bem várias vezes . Levei os policiais até a porta da frente e começei a arrumar a casa , liguei para Peter e Sara contei a eles que haviam entrado na minha casa mas eu não estava eles até se ofereceram para dormir aqui em casa mas recusei , Peter e Sara vieram me ajudar a arrumar o restante da bagunça e Peter até arrumou a fechadura da porta da frente , ficaram comigo até o último segundo possível , Sara queria saber o que aconteceu nos mínimos detalhes já que caso os polícias procurassem por ela , teria de mentir e queria um bom motivo , prometi a ela que eu contaria no outro dia na aula.
Aproveitei os minutos sozinha para tomar um banho recostei a cabeça na banheira e fiquei pensando no ocorrido , em Gael para ser mais exata , ele parecia bem interessado em cuidar de mim e o papo , de que a morte de papai não foi um assassinato aleatório isso estava me deixando louca ,quando sai do banho , verifiquei pelo menos 4 vezes cada janela e porta de casa , e coloquei minha cômoda na frente da porta , me daria alguns minutos caso eu tivesse de sair as pressas , meus ossos pareciam ter sido desintegrados me sentia tão cansada , a noite toda sonhei com batidas nas portas e me acordei diversas vezes , até perder o sono e voltar a pensar em como Gael sabia que algo iria acontecer, eu estava com medo não poderia falar com mais ninguém sobre isso . Queria tanto que ele estivesse aqui agora , por que me sentia assim eu mal o conhecia , me esforcei e então me esforcei mais , porém tinha certeza de jamais ter visto ele antes , como ele me observará à tempos sem eu ao menos ter sentido a presença dele é difícil não nota-lo eu teria notado sabia que o que eu havia sentido antes , achando que estava sendo seguida não tinha nada haver com ele o que eu sentia quando ele estava por perto era outra coisa ... Me virei e depois de novo mas o sono não veio.

GabrielOnde histórias criam vida. Descubra agora