Capítulo 24 - Elena

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Eu sabia que não devia corresponder aquele beijo. Eu sabia que era insano da minha parte o desejar. Achar que ele me via como uma mulher normal.

Mas toda vez que seu corpo roçava no meu, e que seus lábios devoraram cada vez mais os meus, eu me permitia ceder. Eu o desejava, da forma que já desejei vários outros homens, mas que por algum motivo, a ele eu não queria resistir. Mas ao mesmo tempo em que meu corpo correspondia, minha mente dizia para pará-lo, não deixa-lo avançar.

Eu não podia dar de bandeja meu corpo a ele. Suas mãos adentraram meu vestido e apertaram minha carne. Gemi em seus lábios e ele moveu seu quadril no meu.

Abri meus olhos, só para me deleitar com seu rosto contorcido de prazer. Eu estava em suas mãos, da mesma forma que ele estava nas minhas. Eu sabia que nós dois poderíamos fazer qualquer coisa que quiséssemos que o outro não se importaria.

Minhas unhas se cravaram no seu pescoço e ele parou e se afastou, apenas o suficiente para me olhar. Eu estava ofegante, sedenta por mais. Sim, eu queria mais do que aquele roçar, queria seus dedos brincando comigo, queria sua boca em cada parte do meu corpo. Queria sentir o quanto ele desejava se enterrar em mim.

Sabia que era loucura, e seus olhos não me enganavam. Ele queria o mesmo!

- Porra!

Ele afundou seu rosto no meu pescoço. Meu coração batia acelerado, e isso porque não fizemos nada demais. Mas toda sua provocação durante a noite, me fez deseja-lo cada vez mais.

Em um ato de insanidade, pego seu rosto e trilho beijos até sua boca. Eu tinha a certeza que não podia brincar com ele, que no fundo eu iria me queimar ainda mais. Mas o lado de mim que amava provocar os homens, falava mais alto.

Peguei em sua mão e guiei para dentro da minha calcinha, automaticamente seus dedos entraram dentro de mim, me fazendo fechar os olhos e me deleitar com aquele prazer momentâneo.

Seus lábios puxaram os meus em uma mordida e quando ele ia se afastar, o prendi a mim. Não! Ele não ia tomar o controle disso. Eu o usaria como uso todos os homens. Eu desmancharia num orgasmo e depois o colocaria para fora. Ele mordeu mais uma vez meus lábios, enquanto afundava mais um dedo dentro de mim.

Nunca imaginei que ao salvar aquela menina indefesa na porta da boate, eu estaria na cama de Jack Daniels, com seus dedos entrando e saindo de mim, sem nenhum tipo de protesto. Nunca imaginei que seus lábios iam me atacar sem pudor algum.

- Petrovich.

Grunhi com raiva e tentei afasta-lo, mas ele colocou ainda mais seu peso sobre meu corpo e seus lábios ficaram mais agressivos. Mordi seu lábio inferior com força e ele se afastou, parando qualquer tipo de contato do seu corpo com meu. Sua mão foi para seu lábio e ele me encarava.

Sentei-me e me afastei dele. Eu era uma idiota. Quase me deixei levar, por uma noite ilusória.

- É melhor você ir embora.

Ainda ofegava, meu corpo ainda sentia o seu em cima do meu, mas minha cabeça não estava mais em sintonia com meu corpo. Ela não desejava mais seu corpo junto ao meu, mesmo ele protestando ao contrário.

Ele piscou algumas vezes e depois me encarou. Seus olhos passaram de desejo para ódio, assim como os meus. Ele se levantou sem dizer nada e foi em direção à porta. Eu não ousei chamar seu nome, nem ao menos pedir uma nova explicação para o que aconteceu.

Até porque não precisava, eu tinha consciência do que fizemos. Não foi contra minha vontade. Nunca. Eu sabia o que eu queria dele, mas ele teria que fazer por merecer, se tornar meu cliente, assim como os outros.

Disk ElenaOnde histórias criam vida. Descubra agora