Capitulo 16 - Elena

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Aturar a Anna não estava sendo nada fácil. Ela só sabia falar de Will, e eu estava a segurando firmemente na GoGo para não deixa-la ir se encontrar com ele.

Um filho da puta!

Fica praticamente esfregando na cara dela, que ele está feliz com outra. Como? Porra, todos os jornais estão anunciando seu relacionamento perfeito. Anna tem dormido comigo e todas as noites chora.

O que me faz pensar que é hora de agir, e por isso me passei por ela – pegando seu celular e mandando mensagem pra ele, marcando um encontro. E o viado – inapropriado, eu sei... Tadinhos dos viados, eles não tem nada a ver com esse maldito canalha – aceitou sem pestanejar, ainda fez exigências. Idiota!

Coloquei minha roupa mais poderosa – claro que no estilo Elena, porque se eu usasse da Petrovich ia abalar Bangu. Usava uma saia social de cintura alta e colada ao meu corpo, minha bota Louboutin de cano baixo de oncinha e uma camisa de seda marrom. Adam – meu cumplice – me trouxe uma peruca ruiva e lentes verdes – exigência do traste. Os fios estavam cacheados e eu os joguei de lado. Para completar meu look de matar, passei um batom marrom bem escuro e só delineei meus olhos.

Eu queria esculachar o Cammil. E claro... Uma pequena e maravilhosa ligação para uma amiga jornalista – ela se acha A jornalista, mas ela apenas cobre as fofocas – lhe contando que irei ter um jantar com o novo queridinho e nada solteiro Will Cammil. Claro, que ela disse que estaria lá, e queria uma exclusiva minha e obvio que aceitei, mas com a condição de que eu fosse tratada como uma "amiga do casal" ou "algum cliente do restaurante". Não podia me queimar assim, e para não perder o furo – tive que ameaçar que iria divulgar isso para outro cobrir – ela aceitou.

Tomava mais um gole do champanhe que havia pedido há dez minutos, quando cheguei. Will já estava aqui, mas decidi fazer um suspense. O celular da Anna vibrou.

Cadê você? Já estou te esperando, tenho um compromisso logo mais, não demore.

Sei que tipo de compromisso você tem seu canalha. Terminei o meu champanhe e segui em direção a mesa que ele estava sentado, com um copo de whisky, bem típico de homens como eles – traidores.

O sorriso malicioso que Will carregava em seus lábios, quando me reconheceu se transformou numa linha reta e uma carranca enorme surgiu em sua testa. Balancei o telefone da Anna que estava em minhas mãos e sorri totalmente sacana pra ele, antes de me sentar a mesa. Cruzei meus braços e o encarei.

Ele passou as mãos por sua cabeça e olhou em volta e depois voltou a me encarar.

- O que faz aqui, Elena?

- Eu acho que é muito obvio.

- Não é... Ela sabe que você está aqui? – Arqueei minha sobrancelha e ele deu um riso anasalado – Claro que não, Anna não seria capaz disso.

- E você achou que eu deixaria minha melhor amiga, cair nas garras de um canalha mentiroso?

- Canalha mentiroso? – Ele riu fechando os olhos.

- Do que eu deveria te chamar? – Revirei meus olhos.

Me levantei e sentei ao seu lado e passei a mão por seu peitoral. Sabia que Sayonara estava sentada na mesa ao lado, com uma câmera escondida. Will era um bastardo tão filho da puta, que nem ao menos me parou, então me inclinei para sussurrar no seu ouvido.

- Eu deveria cortar seu pau fora e mandar pra dondoquinha da puta que você chama de namorada.

Will me afastou delicadamente – eu sabia que ele não iria querer chamar atenção para nós, por isso eu sabia exatamente como mexer com a cabeça dele, e fazer parecer para Sayonara que estávamos em um encontro caliente. Sorri e acenei para o garçom, que logo veio nos atender.

Disk ElenaOnde histórias criam vida. Descubra agora