Capítulo 3

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Um mês já se foi, começando tudo de novo, agora 10o fase da facul, e aqui estou no hospital terminando meu turno para correr para casa e depois pra facul, chegou um paciente de ultima hora, tive que atender, não deu tempo de passar em casa parti direto para faculdade, as vezes essa de um policial na minha cola me irrita, mas são necessários. assim diz o doutor perfeição, esse homem não sai da minha cabeça, não sei o porque, talvez seja porque ele me irrita de mais, é com certeza isso.
cheguei bem mais que atrasada oque fez com que a aula voasse, fiquei um pouquinho a mais porque me atrasei em copiar o texto no quadro, sai de lá um pouco tarde não tinham mais ônibus, e um lugar ruim para taxi, e não tinha nenhum policial, oque me soou estranho e me deu um certo medo, mas resolvi ir andando até achar um taxi.
Andei alguns quilômetros e nada de um táxi, mais na frente tinha um carro parado, um frio percorreu minha espinha mas não podia voltar e também poderia não ser nada, então segui em frente, quando cheguei ao lado do carro estacionado alguém saiu, aquele rosto, eu conhecia.. era ele, eu congelei.

-Ora, Ora, quem esta sem proteção hoje, parece que hoje você não me escapa.

Oh meu deus pensei em correr mas nada adiantaria, pensei em gritar mas ninguém me ouviria, não aqui nessa rua deserta, cadê aqueles infelizes quando eu preciso deles.

-Por favor não faça nada que possa se arrepender, eu não tive culpa, fizemos todo possível pelo seu irmão, por favor!

-você poderiam ter feito mais, mas não ele era um bandido, fizeram de proposito agora você vai pagar caro, muito caro. Eu senti que nada do que eu falasse me ajudaria, então disquei pro numero daquele grosso em pessoa, para pelo menos tentar dar uma pista a ele do que estaria acontecendo, sorte minha é que na própria ligação enviava minha localização, agradeço mentalmente por ter comprado esse celular, falei mais algumas coisas para fazer Fernando entender oque se passava e cuidar para o Jonas não perceber ou eu acabaria antes da policia chegar.

-Por favor jonas, Seu irmão não iria gostar disso.

-Cala boca Dra. Que hoje chegou sua vez, mas ainda tenho que me vingar do seu namoradinho.

Ele estava fora de si eu estava com muito medo mas enfrentaria aquilo, se fosse minha hora não adiantava fugir. Quando ele estava me forçando a entrar no carro as viaturas chegaram, ele mais rápido que eu me fez de refém, tentaram de tudo mas nada deu certo, consegui me soltar, e corri o máximo que pude ate que ouvi um disparo, depois em sequencia mais três e eu não venci chegar na viatura, cai antes no chão, estava ensanguentada, eu havia sido baleada e a única coisa que ouvi foi o Fernando dizendo que eu ficaria bem. Apaguei vendo aquele olhar azul que rezei desde o começo para me salvar.

Pensei varias vezes em morrer, mas não imaginaria que isso aconteceria aos meus 22 anos fazendo oque mais amava e aqui estou eu sem saber se morri ou aonde estou, ouvia vozes parecia ser conhecidas e aos poucos fui acordando, eu estava nos braços do senhor Bonzão então significa que eu não morri.

-Aonde eu estou? Oque aconteceu?. Perguntei a ele.

-Estamos a caminho do hospital, você foi baleada, procure não falar por favor, poupe suas forças estamos chegando.

-Eu que sou medica lembra, eu sei disso, mas to com medo e isso me da a certeza que ainda estou viva.

-Ate assim é marrenta, e não fale assim você não vai morrer, estão todos no hospital aguardando sua chegada você será muito bem atendida.

-E você ate em uma hora dessas é grosso, se for morrer preferiria qualquer lugar menos com você. Foi ultima coisa que eu disse e ouvi um Por favor não me deixe ..antes de apagar novamente.

Acordei um tempo depois chegando no hospital, ele segurava minha mão e gritou que tudo ficaria bem, antes de eu entrar na sala de cirurgia os médicos que me atenderam começaram me informa como eu estava.

-Dra. Emylle a senhorita levou três tiros, um atingiu seu pulmão e os outros dois não perfuraram nenhum órgão, mas vamos ter que operara-la para parar uma hemorragia ok, você é alérgica a algum medicamento? Pode me responder? -Dra. Emylle?

-Não! Eu não sou alérgica!. Respondi antes da escuridão me tomar novamente.

Quando voltei a minha consciência, ouvia vozes ao meu redor, nenhuma me chamava atenção, estava totalmente cansada, e um pouco dolorida, meu olhos não me obedeciam, fiquei assim por um longo tempo. pode ser que foram segundos mas aquela agonia de acordar me cansava cada vez mais. Lutei mas logo a escuridão me tomou de novo. Muito tempo se passou, oque para mim parecia uma eternidade, mais vozes e dessa vez reconheci algumas, uma era do senhor bonzão que me socorreu, o meu herói, oh Deus! Oque eu estou pensando. A outra pessoa era com certeza a Dra. Melissa e alguma enfermeira.
-Eu não entendo o porque de tanta preocupação com ela. A Dra. Disse Com um tom de voz elevado.

-Nada de mais, só quero me certificar que ela está bem, afinal tudo aconteceu por irresponsabilidade nossa. Ouvi Fernando responder, logo após uma batida de porta, ele esta preocupado comigo, que amor! Oque esta acontecendo comigo. Sem mais esperanças de acordar, dormi de novo, pois essa luta de abrir os olhos me cansava cada vez mais.

Não faço ideia de quanto tempo fiquei desacordada, mas finalmente consegui abrir meus olhos, e aqui estou eu sozinha em um quarto do hospital, meu segundo lar, nunca pensei que acabaria sendo eu salva por algum herói de branco e tem também o herói de azul, falando nele, ele não está aqui e um enorme desapontamento me abalou, eu e meus pensamentos novamente, oque você queria Emylle um galã com um buque de rosas, com um lindo sorriso branco ao lado da cama segurando sua mão, uma vozinha me disse lá no fundo da minha cabeça. Agora é só esperar alguém vir me ver para me ajudar, preciso ir ao banheiro!

Não vou esperar ninguém, eu mesma posso ir. Me levantei bem lentamente da cama, nem parece que eu levei tiros e sim que um caminhão me atropelou. Assim que me levantei tentei me arrastar ate o banheiro mais fui impedida por uma mão extremamente forte, é sim com certeza é o senhor bonzão.
me perdi naquela imensidão azul à minha frente.
-A onde a mocinha pensa que vai?. Ele me disse assim que me segurou bem de frente a ele.
-Eu vou ao banheiro, necessito muito!

-Vou chamar uma enfermeira para te ajudar! Ok?

-Não precisa, eu vou sozinha.

-Está ok, então eu mesmo te ajudo, vem eu te levo!!

-Obrigada.

Ele me levou ate o banheiro me deixou la e depois me ajudou a sair, e deitar novamente na cama.

-Você esta bem? Queria me certificar que estaria, afinal foi falha nossa.

-Está tudo bem sim, e vocês não tem culpa de um lunático me perseguir e tentar me executar, se foi só isso já viu que estou bem.

-Nós tivemos nossa parcela de culpa, então tudo que eu poder fazer para me redimir eu faço.

-Foi só por isso que ficou aqui, por culpa?

-Na verdade um pouco de sim. Mas.. fomos interrompidos por alguém, claro, a Dra. Melissa.
-Oque você faz aqui Fernando ?

-Eu vim ver como estava a Dra. Emylle, e fazer sua segurança já que o Jonas não foi pego.

-Dra. Emylle ? ela é só uma estagiaria! Que eu saiba ainda não se formou.

Ela disse extremamente grossa, isso é oque eu tenho que ouvir uma hora dessas.
-Melissa por favor olha os modos, ela tem que descansar, e um dia será sim uma grande medica ou melhor já é porque atende super bem todos os pacientes.
Uau ele me defendeu, as palavras dela me magoaram eu pouco prestei atenção no que eles disseram, só lembro que ela saiu braba e disse que esperava ele lá fora, e assim que se despediu de mim ele se foi, deixando um policial de guarda na porta do meu quarto, recebi a visita da Amanda e do medico que me operou o Dr.Marcelo um gato moreno, de olhos castanhos, foi super atencioso me informou que já posso ter alta se me comportar certinho, talvez amanhã a tarde ele já me libere mas terei que fazer muito repouso, um mês pelo menos, um mês sem meu hospital, sem minha faculdade e pior com um policial de guarda na minha porta por tempo indeterminado, acho que ficar aqui no hospital seria a melhor escolha.
Resolvi deixar minhas frustações para amanha e ir dormir que preciso e muito, fiquei um pouco rolando, aquele senhor bonzão não saia da minha cabeça, realmente não sei oque esta me dando e as palavras da Amanda ainda ecoa na minha cabeça : Emylle você pode estar se apaixonando, e ele é o homem da Dra. Melissa, ele cheira a problema! Ela tem razão em algumas partes, mas me apaixonando não, não tem como ser, Emylle acorda pra vida minha deusa interior me alertava, não demorou e adormeci.

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