A Princesa Perdida (part.2)

Capitulo 17.

1 ano depois...

Melinda hoje estaria completando 7 anos. Arthur está quase para completar 1 ano e estou muito feliz, mas por dentro estou triste em não ter minha filha perto de mim.

Miguel não desiste de procurá-la, ele sempre sai cedo e volta tarde. Sua cara mostra o quanto ele está cansado, mas Miguel sempre diz a mesma frase " Como um rei e como um pai eu não desisto da minha filha" , ele nunca deixa eu ir procurar junto com ele, diz que é perigoso e que Arthur precisa de mim. Ele tem razão, não confio em nenhuma das serviçais.

- Majestade! - Ouço Ivo gritar.

Arthur começa a chora em meu colo e eu o balanço para que pare de chorar.

- Ivo, você quer matar meu filho de susto. - Digo assim que o vejo.

- Uma carta, majestade. - Ele me entrega.

Rapidamente abro a carta e a leio.

" olá, saudades da mamãe? Que tal uma visitinha estarei aí daqui a algumas horas, espero que me receba bem ou sua Melinda irá pagar o preço"

- O que diz? - Ivo pergunta.

- Ela... Vem aqui. - Minha voz falha.

- Com Melinda?

- Não sei, ela disse que é para a gente receber ela bem... Mande preparar um banquete.

- Posso mandar colocar veneno?

- Não, ela ainda está com Melinda. - Balanço Arthur nos braços.

- Você que manda, majestade. - Ivo sai correndo.

(***)

Ando de um lado para o outro. Arthur esta nos meus braços, todo cuidado é pouco nessa hora e pedi para que Ivo ficasse ao meu lado.

As portas do castelo se abrem, Irina aparece com um sorriso no rosto e Jane me encara sério.

- Não acredito. - Irina solta uma gargalhada - Você teve outro filho? Vejo que a fábrica não parou.

- Pensei que você vinha com Melinda. - Digo.

- Não ia correr o risco. - Ela sorrir - Como ele se chama? Se parece bastante com você, pequena Alice.

- Arthur. - Respondo.

- Isso parece coisa do destino. - Irina rir - Quando estava grávida sempre achava que seria um menino e eu ia o chamar de Arthur. - Irina aproxima seus passos - Mas quando você nasceu e seu pai viu aqueles olhos verdes brilhantes disse que se chamaria de Alice... E aqui está você. - Ela anda em passos lentos - Uma pena que ele não está mais entre nós para ver seus netos crescer.

- Pena que você também não!

Foi muito rápido, Jane enfiou uma faca na costa de Irina que varou no seu peito.

- Não! - Grito. Jane saiu correndo. - Guardas! Peguem ela!

Ouço tiros e vejo Jane cair no chão, rapidamente coloco Arthur nos braços de Ivo. Corro em direção a Jane.

- Não! Não! - Me ajoelho perto de Jane - Por favor, diga onde está minha filha? Por favor.

- Na floresta...perto de uma cachoeira. - Sua voz sai falha - Você tem que correr, ela só tem comida para cinco dias. - Jane coloca um sorriso vitorioso nos lábios - Ache ela se puder.

- Que floresta!?

- Daqui do reino... Corra pequena Alice. - Ela sorrir e sua cabeça tomba para o lado.

- Não! - Deito sobre o corpo morto de Jane, lágrimas escorrem dos meus olhos. Metade do reino é floresta e existe milhares de cachoeiras. Lembro- me que meu tio que levava sempre e eu brincava, mas agora não faço ideia por onde começar e eu só tenho 5 dias.